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sábado, 27 de maio de 2017

SEIS – O número e aniversário de ISABELA – seis anos em vida plena




SEIS ANOS... O Número 6 (seis) compõe-se sob o ponto de vista hermético, de Água vaporizada pelo Fogo, ou de “Água ígnea”, isto é, o fluido vital carregado de energias ativas. A Água virtual possui a característica de estar a serviço da edificação e da alimentação contínua do cosmo. A união do Fogo e da Água é representada graficamente por uma figura muito conhecida por Signo de Salomão.

Dos dois triângulos entrelaçados, um é masculino-ativo e o outro é feminino-passivo. O primeiro representa a energia individual, o ardor que se eleva da própria personalidade; o segundo, representado por um triângulo invertido, em forma de taça, é destinado a receber o orvalho depositado pela unidade através do espaço.

A estrela entrelaçada de “seis pontas” corresponde ao Macrocosmo, isto é, do mundo em toda a sua extensão infinita. Há seis diferenças de posição: acima, abaixo, à frente, atrás, direito e esquerdo. Uma figura sólida, de uma coisa quadrada, tem Seis superfícies. Porém sólido é o meu saber e não superficial. As imagens dos vários instantes proporcionam-me a certeza vista:

Retrata este vídeo, uma oportunidade especialíssima,
Momento que minha neta Isabela, apresentando-se Belinha,

Com toda a exuberância de sua vida encantadora, chora,
Sorri, anda como pode e onde deve, mastiga e se lambuza,
Canta, dança e interpreta, vivendo segundo seus personagens,
Todo o seu querer, no que pode alcançar, pensar e imagens.

No colégio da netinha, a Belinha, "um café com a vovozinha"...
Uma tarde feliz, de verter lágrimas nos olhos, de pingar o nariz...
Quanta emoção, no coração, nos pelos da pele, de tremer a mão.
Só não chorei mais, pois, tantos felizes, muitas gurias e guris.


Roberto Costa Ferreira, 25Mai2017



quarta-feira, 10 de maio de 2017

RESISTÊNCIA - REPETIÇÃO - PULSÃO "CAMPEONATO BRASILEIRO de TRIATHLON" – João Pessoa/PARAÍBA

Paulo Henrique Ferreira

Palavras chaves como Resistência, Repetição, Pulsão, contidas nas mãos de um experiente treinador e praticadas por um competentíssimo triatleta, nos levam a explorar o conceito de repetição em psicanálise. Freud e Lacan objetivaram obter uma visão abrangente do conceito, que é fundamental para a teoria e mesmo posto em prática.

A última acima, a PULSÃO, designa em psicanálise um impulso energético interno que direciona o comportamento do indivíduo, no caso o meu amigo Paulo Henrique em plena competição, até consigo mesmo, momento que... “mas insisti em continuar”.  O comportamento gerado pelas pulsões diferencia-se daquele gerado por decisões, na oportunidade em que, “durante a prova pensei em desistir...”, por ser aquele gerado por forças internas, inconscientes, alheias ao processo decisional.

É oportuno que se destaque que “a pulsão” distingue-se do “instinto”, por este, o instinto, ser ligado a determinadas categorias de comportamentos preestabelecidos e realizados de maneira estereotípica, enquanto aquela, “a pulsão” refere-se a uma fonte de energia psíquica não específica, que pode conduzir a comportamentos diversos. Meu querido amigo Paulo decidiu pelo correto: agir! O conceito de pulsão, ora abordado, foi utilizado por diferentes teorias da motivação, sendo dentre as mais importantes a de Sigmund Freud e a de Clark L. Hull.

A compulsão à repetição é trabalhada por Freud no texto "Repetir, Recordar e Elaborar" de maneira singular. Lacan acrescenta que, neste texto, como o primeiro momento na obra freudiana a destacar, de forma articulada, a presença no psiquismo de uma compulsão à repetição. Por tal a importância da “constância no treinamento repetitivo” – desenvolvimento ciclístico, natação, no triathlon, por exemplo.

Nesse momento, Freud circunscreve a transferência no campo da repetição de forma incisiva:

"Logo percebemos que a transferência é, ela própria, apenas um fragmento da repetição..." (Freud, v.XII:166).

Entendemos então que, enquanto o triatleta se encontra em intenso treinamento, ‘não pode deixar de ter esta compulsão à repetição’, que é uma maneira de recordar, sem que o atleta se dê conta do que efetivamente está ocorrendo, ou seja, “quando o triatleta repete, ele atua sem saber que está repetindo, por diversas oportunidades”.

Desse modo, trabalhando na perspectiva da primeira consideração, Freud acredita que “para lidar com a repetição e superar a resistência é preciso tornar consciente o que está inconsciente”. Aqui o precioso detalhe, considerado pelo hábil e experiente preparador: trabalhar este material com o triatleta para que ele possa elaborá-lo, tudo isto através do manejo da transferência.

Para Freud, nessa oportunidade, “a repetição está identificada à resistência”, que está relacionada com as lacunas de memória. Portanto, o treinador atua, trabalhando através das devidas orientações, até em planilhas de, aparentes, repetitivos treinamentos, adequando o seu atleta e, “espera-se que o trabalho analítico supere as resistências com o preenchimento das lacunas de memória através das interpretações do material inconsciente”.

Logo se compreende que a compulsão à repetição é um impulso à ação que substitui o recordar; sendo assim, quanto maior a atuação, maior a resistência e menor a recordação. “Logo, a “repetição” é definida como algo que faz oposição ao saber, sendo ela da ordem da ação”. Por tal, no aparente esgotamento, surge a superação!

Nesta perspectiva, cabe ao treinador, utilizando-se da “transferência” e da posição que esta lhe confere, saber isolar a repetição na transferência (durante os treinamentos preparatórios) e possibilitar que o seu atleta possa passar de uma “neurose comum, convencional” – o dilema de parar ou não – a uma neurose de transferência, que abrirá campo para a intervenção sugestionada, ”inconscientemente”, por parte do treinador, momento que o vivente do dilema possa se superar e concluir, brilhantemente: “...mas insisti em continuar, e graças a minha insistência, o resultado veio”... Brilhante!

Paulo! Verdadeiramente já conhecíamos antecipadamente de suas capacidades, restou a você prova-las, suficiente e soberbamente. E soubeste materializá-las. Parabéns!

Roberto Costa Ferreira, 09Mai2017.