Será a proposta de uma tendência estética? Sei não…Na França Etiênne Decroux começou a codificar uma gramática para o preparo da pintura facial, partindo para o corporal, resultando numa técnica que acabou sendo as diretrizes para o surgimento de um novo estilo de pantomima.
O mais representativo pantomímico
dessa técnica é Marcel Marceau que criou o personagem Bip e um repertório
neoclássico contagiante! Hoje, essa técnica é identificável como uma linguagem
de acessório nos trabalhos de vários artistas.
Por exemplo, nas coreografias de
Michael Jackson com seus passos de dança sem sair do lugar… Nas performances
dos shows de ilusionismo dos mágicos, como David Cooperfield ou nas performances
cinematográficas do “clown” inglês Mr. Bean. Essa é a pantomima
moderna, a pantomima como se conhece atualmente, que evoluiu partindo da
máscara.
Até em Chaplin a pantomima
era apenas o pantomímico e o palco vazio, tudo dependia da expressão, inclusive
facial, mas graças a ele hoje pode-se utilizar cenário, objetos e figurino,
pois era impossível fazer uma pantomima cinematográfica sem recursos cênicos.
Neste ato, tal não ocorre… O
que vemos é neta e vó, minhas queridas meninas, em nublada manhã de sábado,
nos preparos de base servindo-se de máscara para remoção de toxinas
inflamatórias da pele facial - prometida - do tipo “Máscara PinkPerfect”, que
diz funcionar como um imã magnetizante para cravos e espinhas. Oh my gosh!
Pode?
Roberto Costa
Ferreira, 22/04/2022.
Psicanalista - Pesquisador - UNIFESP/CEP
Universidade Federal de São Paulo-S.Paulo