Grau°

domingo, 11 de janeiro de 2015

Charlie Hebdo, O atentado! Uma Reflexão!


O ataque ao semanário desperta o debate sobre a liberdade de expressão. Quatro cartunistas reconhecidos mundialmente estão entre as vítimas do massacre que também deixou 11 feridos. Eles sofriam ameaças de morte devido a charges que satirizavam Maomé e o Islã. Segundo a polícia, europeus jihadistas são os autores do massacre.
Jihad, em árabe:جهاد; é um conceito essencial da religião islâmica e significa "empenho", "esforço". Pode ser entendida como uma luta, mediante vontade pessoal, de se buscar e conquistar a fé perfeita. Ao contrário do que muitos pensam jihad não significa “Guerra Santa”, nome dado pelos Europeus às lutas religiosas na Idade Média, ao exemplo: Cruzadas, por mimetismo com o contacto com um Islão que, durante 500 anos antes destas, invadira metade do mundo cristão. Aquele que segue a Jihad é conhecido como Mujahid.

A explicação quanto as duas formas de Jihad não está presente no Alcorão, mas sim nos ditos de Maomé:
·         Uma, a "Jihad Maior", é descrita como uma luta do indivíduo consigo mesmo, pelo domínio da alma; e a outra:
·         a "Jihad Menor", é descrita como um esforço que os muçulmanos fazem para levar a teoria do Islã a outras pessoas.
Pois bem, voltando ao raciocínio, longos 5 minutos para o crime que chocou o mundo! Dois homens de preto encapuzados mostraram eficácia militar, descarregaram friamente contra alguns dos famosos nomes do cartum francês. Um carro patrulha ainda atendeu ao chamado, mas não resistiu às metralhadoras automáticas. Mataram, bateram em retirada e bradando vingança por Maomé!

O ato criminoso de violênciaatentado – deixou um saldo de doze (12) mortes, onze (11)  feridos, quatro (4) em estado crítico. Horas depois as pistas reforçavam uma suspeita: europeus jihadistas por detrás do massacre! O terror sem senso de humor não venceu à solidariedade! Os franceses, ao invés de se recolherem ao medo, foram para as ruas... Cem (100) mil por todo o pais!
Esse ataque terrível foi motivado pela política, não pela religião. Temos que compreender o contexto dessas ações. Tais não surgiram do nada... O contexto é político, um contexto onde reside muita violência no mundo muçulmano, principalmente nos últimos 15 anos. Há muito desafeto e alienação das minorias muçulmanas no Ocidente.  Se não entendermos de onde vem tudo isso, acabamos dizendo que as diferenças culturais explicam tudo. Desta forma não estaríamos fazendo as perguntas certas e coisas assim continuarão acontecendo.

O protesto na França e no mundo, pós-ataque, volta-se contra o obscurantismo de extremistas religiosos que se julgam no direito de matar quem insiste:
·         no direito de liberdade de expressão,

·         no direito de crítica, de ironia e sátira.
Neste aspecto, Charlie Hebdo era eclético, debochava de tudo e de todos, sem poupar religiões. Católicos, judeus, muçulmanos eram sempre o alvo principal desses jornalistas que, ora mortos, tinham a tradição de anticlericais, ou seja, pessoas profundamente laicas, e, em sua maioria, ateias. Essa paisagem não seria a mesma se eles não fizessem parte dela.

Tem gente que considera importante o trabalho jornalístico ser feito de outra forma, tem gente que considera, sem dúvida, que às vezes, esses jornalistas exageravam. Mas acredito que esses mesmos jornalistas e cidadãos franceses apreciavam a ideia de se “ir um pouco mais além!” Era o expressar-se da alma francesa, de parte de muitos franceses. E quem sabe, reside pretensão nesta afirmação:
Morreram os possíveis herdeiros de Voltaire, em uma época de ouro da sátira política na França, que transcende para o mundo humano”!
Recentemente, o professor de relações internacionais Fernando Brancoli - PUC/RJ, durante entrevista no curso destes eventos, declinando que...

“existem uma série de movimentos no Líbano que usam a expressão “Não em meu nome”, criando até o hashtag: #not in may name, argumentando que as ações do estado islâmico não são ações que dizem respeito a todos os muçulmanos e que, em sua maioria, inclusive os islâmicos, não são a favor desse tipo de comportamento e ação, mas, obviamente, ficamos sabendo dos mais radicais que chamam mais atenção e cometem este tipo de barbárie”!
Pois bem, então indago: E quanto aos terroristas, o que querem? O que os terroristas querem é provocar uma reação... Querem evidenciar esse suposto choque entre civilizações. Querem mostrar que os ideais de Tolerância do Ocidente são superficiais, que eles podem fazer com que todo o aparato de segurança do Ocidente seja reforçado e mostrar como o Ocidente odeia o Islã.

O ataque ao semanário francês Charlie Hebdo, entendo, desperta ainda o debate sobre liberdade de expressão e, até que ponto se deve evitar a publicação de artigos e ilustrações que ofendam a fé religiosa de eleitores! Porque atacar um jornal que simplesmente faz charges satíricas, etc.?
Assim, entramos num outro tema clássico que é essa tensão entre a ideia segundo a qual nós vivemos da sacralidade da liberdade de expressão e as coisas que outras sociedades, outras culturas enxergam como sagrado! Então aqui, evidentemente, há um desencontro...  Entre o que para nós pareceria de mau gosto, ao exemplo, se agora realizasse uma peça de humor sobre esse ataque, isto seria visto ou lido “de muito mau gosto” e com muita razão.
No mundo árabe muçulmano algumas coisas são vistas “como de mau gosto” e para nós são vistas como normais. Portanto, as charges contra o profeta Maomé entram nesta categoria. É certo que há algo a se investigar! É certo ainda que nada justifique um ataque deste, esta tamanha violência...

Não há cartunista, jornalista que mereça este tipo de violência, portanto isto está dado de pronto, mas, acho que existe a necessidade de uma reflexão aqui no Ocidente em relação à questão “liberdade de expressão e a relação com o Islã” que é descobrirmos o momento que passamos da “mera sátira” para a “mensagem de ódio”, porque creio que, talvez, o Charlie Hebdo tenha ultrapassado essa fronteira, em algum momento, porem, com isto não quer dizer que “merecia ser atacado” nem que ele ”deveria ser atacado”. Mas é certo que nós precisamos fazer esta reflexão sobre quando nós passamos da mera sátira à mensagem do ódio, a participar de “uma onda de islamofobia”. Muito cuidado!

Alguns estudiosos têm debatido, definindo o envolvimento de causas e características como a um tipo de racismo. Outros comentaristas tem postulado um aumento da islamofobia resultante dos ataques ocorridos em 11 de Setembro, enquanto outros ainda, tem associado o aumento devido a presença de muçulmanos em nações seculares.

É algo para muito se pensar, refletir... E Normalmente as reflexões são efetuadas por pessoas que "pensam", "questionam" o que as rodeia. A reflexão psicológica é muitas vezes utilizada na Filosofia. Refletir é pensar, abordar um tema, que nos intriga, por vezes... Como e elencado!

Roberto Costa Ferreira, Jan2015.
 
 
 
 

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Dia do ATLETA – O Triathon e “Atletas Medleyanos”


21 de dezembro: No dia que se festeja o Yule, uma celebração do Norte da Europa pré-cristã. Os pagãos Germânicos celebravam o Yule desde os finais de Dezembro até aos primeiros dias de Janeiro, abrangendo o Solstício de Inverno.

O Solstício de Dezembro: Verão no hemisfério sul e inverno no hemisfério norte, portanto, o dia mais longo e a noite mais curta no hemisfério sul e o dia mais curto e a noite mais longa no hemisfério norte, ocorre também o Dia de São Pedro Canísiso.

Também é o Dia de São Tomé, em espanhol: Día de Santo Tomás; em basco: San Tomas jaia sendo uma das festas mais importantes em várias cidades do Pais Basco espanhol, nomeadamente, Bilbau e Mondragón. A origem da festa é provavelmente a celebração dum mercado popular que coincidia com o dia de pagamento de rendas, apesar do seu nome religioso.

É, 21 de Dezembro, o 355.º dia do ano no calendário gregoriano (356.º em anos bissextos), faltando, portanto, 10 dias para acabar o ano. Então, comemora-se neste dia – 21 de Dezembroo Dia do Atleta.

Atleta é o profissional dos desportos (preferencialmente atléticos) e das atividades físicas. O termo iniciou-se com os que praticavam atletismo. Depois estendeu-se aos praticantes de luta (em jogos solenes) na Grécia e Roma Antiga. Também pode significar um homem ou mulher de sólida compleição.

Segundo Krieger, (2007) o atleta:

é qualquer pessoa que pratique qualquer manifestação de desporto, seja educacional, de participação ou rendimento, podendo ser classificado quanto à forma de sua prática, em amador, não profissional e profissional.”

Mesmo os que apenas correm pelas ruas da cidade a fim de melhorar a forma física e a saúde não o deixam de ser, no sentido mais amplo da palavra.

O atleta amador é o praticante eventual, que o faz apenas por prazer, saúde ou vaidade, é o corredor ou o ciclista de fim-de-semana ou fim de tarde aquele que corre para manter a forma, ou até o que participa de maratonas ou outros torneios, sem o intuito de lucrar, mas pode ter o espírito desportivo de pura competição. Amador é aquele que leva a sério o ideal de Pierre de Coubertin, onde o “importante não é vencer, é participar”.

O atleta não profissional é o que pratica algum desporto sem receber remuneração, podendo, porém, receber incentivos materiais ou patrocínios.

Já o atleta profissional é aquele que faz do esporte seu meio de sustento, auferindo além dos louros da glória esportiva lucro financeiro através de sua atividade. Nas modalidades mais populares perfazem grandes cifras em dinheiro e acabam por tornarem-se personalidades públicas.

Um atleta (americano e britânico Inglês) ou o desportista, desportista (British Inglês) é uma pessoa que compete em um ou mais esportes envolvendo:

· Força física,

· Velocidade e,

· ou Resistência, podendo serem, como já referido, profissionais ou amadores.

A maioria dos atletas profissionais têm particularmente físicos obtidos por um extenso treinamento físico e exercício intenso, acompanhado por um rigoroso regime alimentar bem desenvolvido e adequado.

A palavra "atleta" é uma romanização do grego:

· (άθλητὴς), atletas → aquele que participa de um concurso;

· de (ἄθλος), athlos, ou (ἄθλον), Athlon→ um concurso ou feat.

É o termo geral para todos os participantes em qualquer esporte físico; sua aplicação para aqueles que participam de outras atividades, como passeios a cavalo ou de condução, é um tanto controverso.

Um "atleta all-around" é uma pessoa que compete em vários esportes em alto nível, por exemplo:

· Alexander ("Alex") "Sasha" Baumann, nascido em 21 de abril de 1964 é um atleta canadense, que ganhou duas medalhas de ouro e dois recordes mundiais na natação nos Jogos Olímpicos de 1984 em Los Angeles. Born in Prague (former Czechoslovakia) , Baumann was raised in Canada after his family moved there in 1969 following the Prague Spring .Nascido em Praga (antiga Checoslováquia), foi criado no Canadá, depois que sua família se mudou para lá em 1969 na sequência da Primavera de Praga.

Exemplos de pessoas que jogaram diversos esportes profissionalmente incluem:

· Jim Thorpe, Lionel Conacher, Deion Sanders, Danny Ainge (masculino) e,

· Babe Zaharias (feminino). 

Outros incluem Ricky Williams, Bo Jackson, e Damon Allen, cada um dos quais foi elaborado tanto pela Major League Baseball e por profissionais de futebol de ligas como a NFL e do CFL. O japonês Kazushi Sakuraba, um atleta, competiu em ambas as modalidades misturando artes marciais e wrestling profissional, sagrando-se em ambos os esportes.

"O grande atleta do mundo"

O título de "Maior Atleta do Mundo" pertence, tradicionalmente, aos melhores concorrentes do mundo do decatlo (masculino) e heptathlon (feminino) em pista e campo. O decatlo é composto por 10 eventos:

· 100 metros, salto em distância, arremesso de peso, salto em altura, 400 metros, 110 metros com barreira, lançamento de disco, salto com vara, lançamento de dardo e 1500m. 

O heptathlon consiste em sete eventos:

· Os 100m com barreiras, salto em altura, arremesso de peso, 200metros, salto em distâncias, lançamento de dardo e 800 metros.

Estas competições exigem um atleta detentor de todo o espectro da capacidade atlética, a fim de ser bem sucedido, incluindo:

· a velocidade, força, coordenação, capacidade de salto, e resistência.

Embora o título de "maior atleta do mundo" parece um ajuste natural para estes dois eventos, a sua associação tradicional com o decatlo / heptathlon começou oficialmente com Jim Thorpe que, nomeadamente, também competiu profissionalmente no futebol, beisebol, futebol americano e basquete; e ainda no Collegiate competiu em Lacrosse e fez a dança de salão.

O Rei Gustav V da Suécia, ao conceder a Thorpe o ouro do decatlo disse:

"Você, senhor, é o maior atleta do mundo." Esse título tornou-se associado com o evento decatlo desde então.

Então, você sabe o que é preciso para ser mentalmente forte como os melhores atletas do mundo? No esporte de competição, o objetivo último do treino é o máximo rendimento. Dia após dia atletas e treinadores aperfeiçoam a metodologia do treino, incrementando:

· Cargas, melhorando técnicas, inovando táticas,

· tudo com o objetivo de alcançar a melhor performance possível nas competições mais importantes.

O atleta esforça-se para estar no seu pico máximo de desempenho, na sua competição mais importante, no caso dos atletas de elite, triathlon, por exemplo, tendo em vista Jogos Olímpicos, Copa do Mundo, ou Campeonatos do Mundo.

É nas competições mais importante de uma determinada época que se enfrentam os melhores adversários e consequentemente onde a competição se torna mais exigente e difícil. É neste tipo de competições que o atleta é colocado à prova. É a razão pela qual o atleta:

· trabalha tão duro,

· em todos os aspectos do seu esporte,

· objetivando um excelente desempenho e,

· atingimento do pico de performance.

Assim, o dia “D” é o momento em que o esportista se define como um atleta pleno. Ele mostra a si mesmo:

· do que é capaz de fazer,

· apresenta as suas habilidades para os outros,

· o quanto está bem preparado fisicamente, e mais importante,

· como é forte psicologicamente.

Todo o trabalho na psicologia do esporte é direcionado para:

· o pico de performance,

· para o máximo rendimento, nas competições importantes.

Prepara o atleta mentalmente para conseguir “ter um elevado desempenho sobre pressão”, e igualmente, “como ultrapassar momentos críticos em competição”.

Principais características psicológicas associadas à estrutura mental diferenciadora dos atletas de elite:


Autoconfiança:

· Ter uma crença inabalável na sua capacidade de atingir as metas competitivas,

· Reunir qualidades únicas que o fazem melhor do que os seus adversários.

Motivação:

· Ter um desejo insaciável e motivação interna para ter sucesso (você realmente tem que querer isso),

· Capacidade de se recuperar das derrotas e do fraco desempenho com determinação crescente para ter sucesso.

Foco:

· Permanecer totalmente concentrado na tarefa em mãos perante distrações específica da concorrência,

· Capacidade de mudar o foco sempre que necessário,

· Não ser negativamente afetado pelo desempenho dos adversários ou pelas suas próprias distrações internas (preocupação, padrão mental negativo)

Compostura sobre pressão/ Manipulação:

· Capaz de recuperar o controle psicológico na sequência de acontecimentos inesperados ou distrações, prosperando sobre a pressão da concorrência (abraçando a pressão, entrando no momento oportuno),

· Aceitar que a ansiedade é inevitável na competição e saber que pode lidar com ela,

· A componente-chave da tenacidade mental é aprender a condicionar a sua mente para pensar com confiança e ser capaz de superar a frustração / autocrítica negativa (resignificação de auto verbalização para o que deseja que ocorra).

Enfim, no dia do atleta é oportuno considerar que todas as estratégias cognitivas, que se pode denominar de Estratégias Mentais de Êxito, estabelecem uma forte relação com a capacidade que o atleta possa ter para ser “proativo” – “positivo”.

O “pensar positivo”, ter uma atitude proativo-positiva, expressar verbalizações positivas revelam-se tão importantes em treino quanto em competição. Portanto, em competição, quanto mais você enfrenta a adversidade, mais reativo situe-se, “positivando-se”, situação que lhe proporcionará construir a sua “necessária confiança” e “autoestima”.

Nesta oportunidade, siga em frente atleta, “triatleta medleyano”, e Bom Ano!
Roberto Costa Ferreira