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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O Dia das Tradições de Santo Amaro


Santo Amaro...

Os moradores mais antigos de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, não fazem muita questão de se proclamarem paulistanos. “Somos, acima de tudo, santamarenses”, dizem os eternos apaixonados!

Com origem ligada a uma aldeia indígena às margens do Rio Jurubatuba – a expressão JURUBATUBA, segundo o Dicionário Ilustrado Tupi Guarani, refere-se ao significado tupi jeri’wa: jerivá, palmeira da Mata Atlântica +  tybaajuntamento - nome indígena do local onde passava o Rio Jurubatuba, na atual Zona Sul de São Paulo. Hoje é o Rio Pinheiros e este era sinuoso, quase uma grande várzea, e inundava regularmente.

Tal região foi anexada a São Paulo em 22 de fevereiro de 1935. E, “o brasão de Santo Amaro ainda significa muita coisa para a gente santamarense. Lá está escrito: “pertenço à mais antiga gente paulista”. Portanto, “ser santamarense” é quase como torcer por um time de futebol. Não é difícil encontrar Santo Amaro  quem saiba contar a história do local. “Santo Amaro era o único município de São Paulo que produzia batatas”, como registro de memória!

Esta produção, em texto e vídeo, é resultado do olhar de um observador, tomado de forte amor e ingresso nesta arte de amar Santo Amaro, de modo Justo e Perfeito! Assim, formamos fileiras... Vivemos e comemoramos o Dia das Tradições de Santo Amaro, no último dia 13 de Agosto. O café reuniu imprensa, personalidades históricas e formadores de opinião em segmentos variados. Na ocasião, em uma disputada coletiva, jornalistas e presentes entrevistaram o vereador Ricardo Nunes, autor da Lei 15.871/3.

A Cerimônia de comemoração da Semana das Tradições de Santo Amaro, agora instituída por lei, que no curso do cerimonial contou com palavras do vereador presente, assim se expressando:

“Me sinto feliz e honrado por criar uma lei que reconhece a importância do bairro para toda a cidade. Que antes município e hoje um bairro, primeira cidade acima do nível do mar!”

O surgimento do bairro e suas tradições foram apresentadas pela Supervisão de Cultura, com Antônia Andréa de Souza e, mais adiante complementado pelo Presidente do Centro das Tradições de Santo Amaro, Sr. Alexandre Moreira Neto, em rico encontro onde memórias afetivas e laços efetivos com a terra dos “Botinas Amarelas” proporcionaram o tom da conversa.

Igualmente, o Subprefeito de Santo Amaro Valderci Malagosini Machado, em sua fala discorreu sobre a significação da Lei, proporcionando criar o Dia das Tradições de Santo Amaro, e da importância em valorizar a história de um bairro que um dia já foi município de São Paulo.

Neste evento falou-se até do local Casa de Cultura de Santo Amaro, atual "Manoel Mendonça", antigo Mercado Municipal que teve como ultimo administrador Alfredo Bruno. Ainda, da “nossa Praça Floriano Peixoto” que mais uma vez, bem frequentamos!

A professora de língua portuguesa, Adozinda Kuhlmann, orgulhosa da profissão herdada do pai, que qualificou de “a mais bonita do mundo”, esteve lembrada, e seu depoimento esteve presente na homenagem, assim como no presente trabalho.

Ela que, por cerca de 75 anos se dedicou à arte de ensinar, nascida em Cuiabá - MT, filha de Gustavo Fernando Kuhlmann e Emília de Azevedo Kuhlmann, nasceu no dia 26/04/1917, casou-se com Phidias Kuhlmann em 05/02/1944 com quem teve 2 filhos: Stella Renata de Azevedo Kuhlmann, promotora de justiça e Gustavo Guilherme Kuhlmann, médico, tornando-se avó e bisavó.

Muitos alunos passaram por ela. Desde as colegas do primário, em Penápolis, ajudadas por Adozinda após as aulas, até tantos outros que estudaram na escola pública Alberto Conte, em Santo Amaro, onde a professora aposentou-se. Nunca se importou de sair cedo da cama.

Assim, durante a Cerimonia de Comemoração da Semana das Tradições de Santo Amaro, ao final, destacou o Subprefeito de Santo Amaro:

“... tive a grata surpresa de receber de duas ilustres Santamarenses: Maria do Carmo e Bia Nogmach os elogios...”.  

Tais palavras encontram-se expressas em formulários apropriados que se encontram postados no vídeo, disponível para conhecimento.

Roberto Costa Ferreira, Agosto de 2015.



Um comentário:

  1. Brilhante reportagem! Magnífico registro! Apurada produção aúdio/visual! Já tinha visto e revejo agora para meu gáudio!

    Grata por me permitir reaver e reviver nossas ações e proposições enquanto Supervisora de Cultura.

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