Grau°

quarta-feira, 16 de maio de 2018

DIA das MÃES – DOMINGO de MAIO


Neste domingo, 13 de Maio - Dia das Mães - volto para lembrar a importância da data e homenagear as mães que transitam, as que transitaram e as que percorrerão este precioso e iluminado caminho, por esta minha existência, magnificativamente sendo vivida, em cada instante, cada momento, como um presente!

Um presente, pois que, este não é só mais um dia na minha vida... É o único dia que me foi dado: o HOJE foi dado para mim e para as mães presentes... Um presente! É o único presente que vivi, e tenho certeza, todas as mães de minha vida tiveram neste exato momento, o hoje, e a única reação apropriada é a GRATIDÃO!

Gratidão significando que toda a energia recebida, vivida, deve e foi devolvida intensamente. É o ato de reconhecimento de uma pessoa por alguém que colaborou... E colaboramos neste benefício! Esta Gratidão é uma emoção envolvente, e hoje, frequentemente acompanhada por desejos de agradecimentos e reciprocas! É a alegria que surge no recebimento de tantas e brilhantes presenças, todas juntas e reunidas, mesmo distantes, mas muito presentes!

Assim, neste dia, nesta data, vivemos um tempo IMPAR... Abrimos nossos corações para os incríveis presentes que a vida nos proporcionou. Sentimos os perfumes, os olhares, o calor, e fomos abençoados por todas as mães. Algumas, só pelos pensamentos, outras pelas vibrações, pelos toques, até pelas lágrimas de saudades... Só pela simples lembrança da presença não presente!

Mamães! O Dr. Robert Emmons - um professor de psicologia da Universidade da Califórnia - avaliou que "A Gratidão é o "fator esquecido" na pesquisa da felicidade". Aliás, opinião endossada por outro - Dr. Todd Kashdan - adjunto de psicologia da George Mason University e um dos pioneiros da "Ciência da Felicidade". E declarou ainda que, se tivesse de nomear três momentos essenciais para criar felicidade e dar sentido à vida, estes seriam:
  • Relacionamentos significativos,
  • Gratidão e,
  • Viver no momento presente com ‘atitude de abertura e curiosidade’.

Praticamos neste dia e durante, o “curtimento do presente", nos estreitando em braços e abraços, a gratidão transbordou em toda sua plenitude e nos abrimos para a vida, projetando através dos olhares a curiosidade menina. E então, vivemos realmente um magnífico dia!

Na imagem adiante, minha lembrança daquela que soube cultivar o jardim, cuidar das flores e preservar os perfumes. Tinha nos olhos físicos o esplendor da caridade, muita fé e transbordava-se em esperanças!

Roberto Costa Ferreira, Domingo, 13Mai2018


quarta-feira, 9 de maio de 2018

A PÁ e a LAVRA – PALAVRA


A Palavra - A pá lavra
A Pá

Do latim “pala”, pá de cavar. Utensílio que consiste numa lâmina larga e chata, de ferro ou madeira, como se fosse uma grande colher, adaptado a um cabo comprido,  usado em atividades agrícolas, etc., cavando o solo, removendo a terra, areia, carvão, lixo... Ainda, o braço de hélice ou de outro instrumento rotativo similar.

A Pá de cal... “Jogar uma Pá de cal”.
Tal expressão popular que remete ao costume de se encerrar um sepultamento com a cal. Tal procedimento maximiza a decomposição e evita a contaminação do solo. Ainda, “encerrar”, “dar por acabado”... É dizer que fará uma última referência a um assunto não prazeroso.

A LAVRA
Cuja ação ou efeito que compreende preparar a terra para o cultivo, a lavoura, utilizando ferramenta ou aparelho agrícola; revirar. Bordar ou realizar ornamentos em: Lavrar uma peça em ouro.

Lavra ainda é sinônimo de CULTIVAÇÃO... De FABRICAÇÃO: vinho da sua lavra, LABORAÇÃO: versos da minha lavra, tendo por ANAGRAMA, entre outras “lavar”, “alvar” e “varal”!
Assim, passemos ao exercício de reflexão sobre as possibilidades de realização de “juntura de palavras”, cujo fenômeno significa “juntura intervocabular”.

A PALAVRA


“A palavra tem o dom de ferir...!” Podem, as palavras, até curar, mas também, “ferir profundamente quem as ouve”!
Um ferimento positivo, claro, nem sempre fere negativamente. Nem sempre a gente tem a oportunidade de “ser ferido” de maneira positiva pela palavra!

É tão mais comum a gente “ser ferido” pelo lado negativo dela... Mas a palavra é uma “pá que lavra”, que abre a terra “... Da mesma forma que nós precisamos “abrir os sulcos” para que as sementes sejam depositadas!
Então, você olha para aquele chão duro e, quando possível, é preciso “passar um maquinário... Se o tivermos!” Se não, “vamos à nossa enxadinha mesmo”!

Eu me lembro de que, tantas das vezes ajudei a minha mãe “a fazer canteiros”... (Conversávamos sonhando com o futuro possível) Então a gente plantava os nossos sonhos! As alfaces, “as nossas alfaces”, “nossas couves”... Almeirões e tomatinhos!
Um pouco já fui agricultor também, no sonhar de minha mãe! A gente adubava aquela terra... Sendo que o Primeiro Passo era “quebrar a dureza”! Com uma “enxadinha de pensar” ela me ensinava e a gente “ia revirando aquela terra”... E a medida que a gente revirava a terra, a gente ia ferindo aquele chão, a gente ia jogando adubo que, na verdade, “eram os estercos que a gente catava”... Também já “passei por esta humilhação”: de recolher BOSTA!

Feliz humilhação! No fim do dia “você precisava ser jogado fora”, pelo cheiro que ficava! Sim, a gente nos sonhos, também passeava pelos pastos e coletava BOSTA! Então, juntos, a gente “cortava aquela terra”, “lavrava”... Logo, o lavrador é aquele que lavra!
Desse modo eu tenho comigo uma “Pá que Lavra”! Que abre os sulcos pra que eu tenha condições de jogar ali as minhas sementes... Nós somos assim também!

A estrutura mental precisa ser ferida, necessita sofrer a “poda neural” para aprender. Foi tão interessante descobrir que “o aprendizado é outra coisa senão o ferimento delicado cerebral”!
Quando eu tenho o “registro de uma informação que até então eu não tinha, e o cérebro, quanto mais ele conhece mais ele vai ficando cicatrizado”...

As inúmeras formulações que nós vamos fazendo, as sinapses que vão me permitindo conhecer, aprender as coisas do mundo, tudo porque um dia eu “exercitei ler, ouvir”, e aquilo foi guardado “dentro de mim”, tornou-se uma informação, começou a fazer parte de mim e depois você já não consegue nem mais “separar-se daquilo que você sabe”... É você!
É tão interessante que o crescimento muscular é a mesma coisa. Não cresce o músculo todo, deitadinho, esperando as coisas acontecerem... Se faz um esforço, provoca nele uma “micro lesão” que depois o alimento, o sono, importantíssimo, vão sedimentar uma “cicatrização”, tornando-te mais forte!

"Os especialistas dizem que quanto mais a gente fortalece a nossa musculatura na juventude, menos dores a gente sentirá na velhice”!
O músculo precisa ser forte... Eu me lembro de que quando a minha mãe foi fazer uma cirurgia na perna, sob o risco de trombose, já com avançada idade, o médico comentou: “Que musculatura forte tem a sua mãe”!

E não foi nas academias que ela adquiriu tal consistência naquela musculatura... Foi fazendo “agachamento, curvando-se para pegar a roupa lavada e torcida na bacia, após cobrar-se no tanque para esfregá-las e então, levantar-se para, na ponta dos pés, alcançar o alto varal em bambu, pendurando a roupa limpa, quer no frio, ou sob intenso sol de verão”!
Assim, a musculatura forte também “ela foi lavrada” todo dia, “pelo esforço, pelo sacrifício, ela cresceu, tornou-se forte, envelheceu”... A mesma coisa a nossa mente!

O profeta, quando ele “lavrava as consciências das pessoas, era justamente para transformá-las”... Qual era a grande missão do profeta?

“Dizer o que a gente não estava acostumada a ouvir!”
Havia um modo de viver que já estava assimilado, perfeitamente assimilado, uma maneira religiosa, social, costumes... Sim! Nós estamos todos moldados dentro de uma mentalidade...


E “o profeta é justamente aquele que percebe que dentro dessa forma de viver, dentro dessa cultura, há aspectos que nos ‘desumanizam’, como um dia foi natural “olhar para o negro” e entende-lo como um ser de 2ª grandeza”!
Sim, pensar que um dia isso foi aceitável... Isso foi jurídico!

Nos EUA, até o século passado admitia-se a possibilidade de “separar os lugares... Aqui os brancos, ali os negros”... E as pessoas achavam isso normalíssimo. De repente uma voz se ergue! Aliás, fez 50 anos recentemente que ele morreu...
Martin Luther King Jr., um pastor protestante que ousou dizer:

“Não, nós não somos inferiores a vocês só porque somos negros... Somos filhos do mesmo Pai... Apenas somos diferentes”!
E este homem sofreu, sofreu, sofreu, “mas ele semeou nas novas consciências”. Ele semeou, ele lavrou, com a sua palavra, com a sua “forma inconformada” de compreender o mundo!

A possibilidade de estarmos hoje, todos juntos e sentados no mesmo lugar, espaço, e nos soaria ”extremamente desagradável” se alguém entre nós se sentisse melhor que o outro “devido à sua cor”!
Infelizmente ainda soa estranho, natural entre nós a gente ‘se achar estranho’ porque temos uma posição política diferente, ou porque temos uma classe social que se acha superior, que temos um pouco mais de conhecimento... Mas as vozes, as palavras dos profetas vão “abrindo as nossas mentes para que ‘o novo sangue corra”!

Para que a gente ache, sim, estranho um ser humano tratar outro (ser humano) de maneira desrespeitosa, “porque ele sabe mais... ou porque ele tem mais dinheiro”! É assim que a gente evolui... As “casas grandes” que nós construímos, eles acham tudo isso um absurdo! Porque eles querem viver, eles querem ser livres, eles querem trabalhar a possibilidade de se casar, de sair deste lugar aqui e morar num outro...
Carro pra que mãe! Se estivesse viva eu diria... Ando de UBER, vou de ônibus... Não quero ter essa despesa, não quero ter esse trabalho, mãe! Nós vamos comprar um apto! Não mãe, pelo amor de Deus! Vou morar de aluguel porque se não gostar, vou morar noutro lugar... Posso mudar!

Nós não...! São outras mentes... Estão “lavradas” pela modernidade que eu não! Se é bom ou ruim, ‘ainda é cedo para se dizer, poder avaliar’!
O que eu sei é que nós somos necessitados de “PÁ que lavre a nossa mente”, pra gente não morrer na mesmice! E se tem uma “” que:

“eu gosto de fazer cavar no chão da minha vida, é a certeza do amor de Deus por mim”!  
E se tem uma “PÁ” que eu gosto de quebrar no solo das pessoas:

“É esta certeza de que nós somos filhos da misericórdia, que não há nada que não tenhamos feito nessa vida, que possa nos tirar da ‘certeza de que Ele nos ama’, que ele cuida de nós”! 
Lavre a sua mente! E permita que a certeza desse amor do Senhor por você seja o seu escudo, seja a sua proteção!


Roberto Costa Ferreira, 30Mar2018 – Paixão Cristo/Iniciação

 restando também à conhecer do amigo padre em 09Abr2018.