O ator Carlos Meceni, interprete de Leopoldo Paroni - dono do Jornal Vigilia Republicana.
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Thamy Dorazio é Rosa, repórter, Geraldo Ferreira é representante da Fábrica de papéis Sangone, Renam Felix, o jovem tipógrafo e Fábio Godinho é o Editor Chefe, pretenso dono da Vigilia Republicana. |
L'imbecille, O LIVRO, tem a data da primeira publicação fixada em 10
de outubro de 1922. Autor: Luigi
Pirandello (Agrigento, 28 de junho 1867 — Roma, 10 de
dezembro 1936), que foi um dramaturgo, poeta e romancista siciliano,
que pela sua posição de grande autor moderno da dramaturgia mundial passeou e
dança pelos nossos palcos.
A família de Pirandello,
inicialmente, gostaria de encaminhá-lo para os estudos técnicos, devido ao trabalho de seu pai que comerciava com enxofre, mas, desde
sua opção pelos estudos clássicos, a veia humanista de Pirandello preponderou,
levando-o a estudar em Roma e, posteriormente, na Alemanha, quando teve oportunidade
de conhecer os estudos desenvolvidos por Freud. Um grande renovador
do teatro, com profundo sentido de humor e grande originalidade:
· Que se configura como um ardente defensor do
teatro direto não só em razão do sentimento, assim como também à inteligência,
com vistas à intenção do desenvolvimento e com pano de fundo estratégico da
viagem humana através de sua obra, exercendo-se pela conexão entre teatro e
filosofia;
· Que ilustra, de maneira enfática, a dramática
situação do homem que não consegue ajustar-se às oprimentes normas impostas pela sociedade. A desilusão vivenciada pelos personagens criados por Pirandello é passível de ser reconhecida nos atos e comportamentos excêntricos e bizarros que caracterizam
suas trajetórias nessa sociedade finissecular;
· Que mostra, em seus textos, a grave crise de
identidade que caracteriza a sociedade italiana do final do século XIX, diante de seu
complicado processo de unificação linguística e política.
O escritor, que nasceu na
Sicília, não poderia desconsiderar essa conturbada fase da cultura
italiana que aportará um expressivo número de modificações no repertório
artístico da pátria de Dante. Ele recebeu o Prêmio Nobel de Literatura de 1934 por
"seu poder quase mágico de transformar a análise psicológica em um bom
teatro" e doou sua medalha do Prêmio Nobel.
O Imbecil é uma comédia em um
ato, em adaptação de Carlos Meceni para o texto da novela de Luigi Pirandello –
L’imbecille – com duração de quase 50 minutos, em gênero Drama, merecendo o Prêmio Zé Renato de Teatro.
Magnífica noite, cujo espetáculo
até nos faz rir! Exatamente no momento onde as redes sociais influenciam
fortemente o indivíduo, é oportuno destacar o significativo trabalho da Cia Theatro São Paulo que, partindo da
adaptação da novela, proporcionou demonstrar a discussão da atitude do
indivíduo dentro de seu grupo social que, em síntese:
“Na redação de um jornal de grande
circulação, um encontro inesperado entre dois rivais, que dessa rivalidade
nascida de um xingamento público, reúnem motivos banais que os levam a
comportamentos cretinos e típicos da sociedade onde são amados e admirados”.
Só pipocas depois!
A comédia original foi
apresentada pela primeira vez no Teatro Quirino, em Roma, em 10 de outubro de
1922, acontecendo em Costanova, no apartamento de Leopoldo Paroni,
"líder" do Partido Republicano e diretor do jornal "Voz do
Povo". Deitado em um sofá, Luca Fazio, visivelmente doente, permanece
imóvel na escuridão. Da redação vêm as vociferações de Paroni e os
editores da "Voz do Povo". Então vem um vendedor...
Retrato cínico de uma imprensa
política sem consciência, o jornal provincial "Vedetta Repubblicana" é um pequeno jornal político cuja equipe
editorial está na mesma casa que seu diretor Leopoldo Paroni. As horas antes de
sair das bancas são frenéticas: os editores trazem informações animadas sobre
uma batalha de rua entre partidários de partidos políticos opostos.
Entre as outras novidades, chega
à equipe editorial quem relata que o amigo comum, Lulù Pulino, gravemente
doente, tirou a própria vida se enforcando. O diretor comenta cinicamente sobre
o incidente:
“PARONI: Ele teve que fazer melhor! Nós
estávamos dizendo isso um para o outro. Já que ele teve que se matar para fazer
o bem a si mesmo, ele poderia fazer o bem aos outros primeiro, ao seu país,
indo matar o inimigo de todos, Guido Mazzarini, em Roma! Não lhe custaria nada,
nem mesmo a jornada; eu teria pago a ele, palavra de honra! Então ele morreu
como um tolo!"
Suas obras mais famosas são:
· Seis
personagens à procura de um autor;
· Assim é,
se lhe parece;
· Cada um a
seu modo, e mais...
Romances:
· O falecido
Matias Pascal;
· Um,
Nenhum e Cem Mil;
· Esta
Noite Improvisa-se, etc.
Sua primeira peça de
teatro foi:
· O Torniquete, escrita entre 1899 e
1900 e encenada pela primeira vez em 1910.
Roberto Costa Ferreira, 27 de Abril de 209,
em noite de Teatro – Teatro Leopoldo Fróes, Santo Amaro/SP.
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Roberto Costa Ferreira, na oportunidade, ladeado por Geraldo Ferreira e Josué Torres, que interpretou Lucca Fazio, um médico moribundo. Brilhantes atores! |
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