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quinta-feira, 2 de maio de 2024

DIA da LITERATURA BRASILEIRA!

    Dia da Literatura Brasileira, oportunidade de celebrar a riqueza e a 
    diversidade da literatura produzida, e de reconhecera a importância
 dos escritores e seus respectivos trabalhos para a formação cultural
 e intelectual da sociedade brasileira.

O dia 1º de maio transcorrido recentemente é feriado - Dia do Trabalho - mas, também é Dia da Literatura Brasileira. Celebram-se assim a literatura nacional e seus autores.
A data é uma homenagem ao nascimento de José de Alencar (1829-1877, 48 anos), um dos principais autores do Romantismo brasileiro.

Ele que foi o maior autor de romances românticos do Brasil. Alencar estudou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo. Morou no Rio de Janeiro, onde exerceu:
  • a profissão de jornalista, tornando-se chefe de redação no Diário do Rio de Janeiro,
  • escreveu crônicas e críticas literárias,
  • além de escritor, ele era advogado e político.
O político, jornalista e jurista cearense escreveu obras célebres, tais como:
  • “O Guarani” (1857),
  • “Lucíola” (1862) e,
  • “Iracema” (1865).
Algumas delas, bem mais tarde, entraram para as listas de leituras obrigatórias em vestibulares e processos seletivos.

É o principal e mais versátil romancista do romantismo brasileiro, com romances indianistas, urbanos, regionalistas e históricos. Também escreveu para o teatro, com peças relevantes, como:
  • O demônio familiar (1857) e,
  • As asas de um anjo (1860).
Em razão de curiosidades, temos que José Martiniano de Alencar foi grande amigo de Machado de Assis (1839-1908), figura que o nomeou patrono da cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras.
Em homenagem a José de Alencar, na cidade de Fortaleza encontra-se o “Teatro José de Alencar”, inaugurado em 1910.

Pregressamente, é oportuno considerar que em razão da literatura brasileira, em seu início, surgiu em congruência com as manifestações literárias trazidas de Portugal. Isso porque os escritores e artistas da época ou eram portugueses de berço ou brasileiros que tinham formação acadêmica em Portugal.
As primeiras formações literárias em solo lusitano começaram por volta dos séculos XII e XVI, entre a Baixa Idade Média e o Renascimento. Com a vinda dos colonizadores ao Brasil, seus ideais aqui também chegaram.

Por conseguinte, sempre que falamos em literatura, nos deparamos com as expressões estilos de época ou estilos literários. Esses, marcam a forma como cada movimento se inicia, muitas vezes por conta de um grande fato histórico ou de uma grande obra revolucionária.

A literatura pode ser dividida em dois períodos, a saber: colonial e nacional. A colonial é chamada assim porque:
  • foi composta por um grupo de pessoas que buscavam copiar os estilos, padrões e tendências de Portugal.
  • Já a nacional é formada por escritores que foram criando estilos com características próprias, muitas vezes refletindo sentimentos dos acontecimentos da época.
Portanto, atento e transitando na sequência do indice adiante, temos os periodos demarcados e respectivas escolas, cujo desenvolvimento reduzido exponho apenas em razão do tempo que nos atinge, a saber:
  • Quinhentismo (Séc. XVI);
  • Barroco (Séc. XVII);
  • Arcadismo ou Neoclassicismo (Séc. XVIII);
  • Romantismo (Séc. XIX);
  • RealismoNaturalismo (Segunda metade do século XIX);
  • Parnasianismo (Final do século XIX, início do século XX);
  • Pré-modernismo (1902 até 1922);
  • * Modernismo (1922 até 1930);
  • * * Pós-Modernismo (Dos anos 50 até hoje).
Iniciou, tal periodo denominado Modernismo, partindo da Semana de Arte Moderna de 1922, momento que:
  • os textos passam a ser mais diretos,
  • com humor e uma maior liberdade de escrita, ainda,
  • com temas urbanos.
Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e Mario de Andrade são exemplos de autores dessa escola literária.

** Esse tipo de literatura é o que perdura até os dias de hoje, denominado Pós-Modernismo. Tem como base elementos que marcam o capitalismo contemporâneo, influenciado pelos seguintes meios:
  • tecnológicos,
  • inovações científicas e,
  • pelas atitudes do homem pós-moderno.
O sentimento é de liberdade imensa, com opções infinitas de possibilidades. O prazer da leitura, porém, é o que se dá sem obrigações, de acordo com os educadores.

Por que, então, não aproveitar a extensão do feriado, mesmo depois, para começar um livro novo, hein?
Apesar da sedução pelo novo e por best-sellers — e não há problema com isso recomendo dez clássicos.

Em agosto de 2009, a Revista Bravo! (Editora Abril), dedicada às artes e à cultura, hoje apenas na versão digital, publicou na edição impressa uma lista com os 100 livros essenciais da literatura brasileira. A seguir, confira os dez primeiros colocados:
  • Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis
  • Dom Casmurro (1899), de Machado de Assis
  • Vidas Secas (1938), de Graciliano Ramos
  • Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha
  • Grande Sertão: Veredas (1956), de João Guimarães Rosa
  • A Rosa do Povo (1902), de Carlos Drummond de Andrade
  • Libertinagem (1930), de Manuel Bandeira
  • Lavoura Arcaica (1975), de Raduan Nassar
  • A Paixão Segundo G.H. (1964), de Clarice Lispector
  • Macunaíma – O Herói Sem Nenhum Caráter (1928), de Mário de Andrade
Contudo, se a preferência for por escritores estrangeiros, lembramos os 21 livros para se ler antes de morrer, conforme a editora Penguin, por ocasião do Dia Mundial do Livro, em 23 de abril.

Quais seriam? O dramaturgo britânico:
  • William Shakespeare, responsável por “Hamlet”, “Romeu e Julieta” e tantas outras obras teatrais,
  • o romancista espanhol Miguel de Cervantes, autor de “Dom Quixote”, e,
  • o peruano Inca de la Vega, escritor de “Comentários Reais dos Incas”.
Uma pessoa de qualquer canto do planeta pode ter pensado que um dia conseguiria ler todos os textos já produzidos pela humanidade. Se isso ocorreu, certamente, foi há mais de meio milênio, antes da invenção da máquina de imprensa pelo alemão Johann Gutenberg (1398-1468).

Em 2010, um levantamento do Inside Google Books mostrou que, por aquele ano, existiam quase 130 milhões de títulos disponíveis ao redor do globo. Mas acalme-se.
O importante não é ler tudo, de acordo com os especialistas. O desafio é manter o hábito da leitura quanto mais constante, principalmente, para benefícios da saúde mental.

Para quem não sabe por onde começar, a editora britânica Penguin Random House selecionou 21 livros para se ler antes de morrer.
O Grupo Penguin, a saber, pertence ao 4º maior conglomerado editorial do mundo:
  • o alemão Bertelsmann, e,
  • no Brasil, controla a Companhia das Letras desde o fim de 2018.
Sem mais "meia-volta", afinal, vamos à lista.

21 livros para ler antes de você morrer:
  • A história secreta, de Donna Tartt
  • O amor nos tempos do cólera, de Gabriel García Márquez
  • O olho mais azul, de Toni Morrison
  • Lá não existe lá, de Tommy Orange
  • A Cor Púrpura, de Alice Walker
  • Dez de dezembro, de George Saunders
  • Os vestígios do dia, de Kazuo Ishiguro
  • Quando Tudo se Desmorona, de Chinua Achebe
  • Um conto para ser tempo, de Ruth Ozeki
  • Vida querida, de Alice Munro
  • Os irmãos Karamázov, de Fiódor Dostoiévski
  • A vida secreta das abelhas, de Sue Monk Kidd
  • Uma constelação de fenômenos vitais, de Anthony Marra
  • A metade perdida, de Brit Bennett
  • Terra Descansada, de Jhumpa Lahiri
  • Estação Onze, de Emily St.
  • Dentes Brancos, de Zadie Smith
  • The Underground Railroad: Os caminhos para a Liberdade, de Colson Whitehead
  • No tempo das borboletas, de Júlia Alvarez
  • A Mulher Do Deus Da Cozinha, de Amy Tan
  • O Deus das Pequenas Coisas, de Arundhati Roy
Roberto  Costa  Ferreira,  1° Maio  2024
HILASA-InstitutoHistoria,Letras,Artes
SANTO AMARO  - SÃO PAULO  / SP.



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