O carnaval é uma festividade
popular coletiva, cíclica e agrícola. Seus verdadeiros iniciadores foram os
povos que habitavam as margens do rio Nilo, no ano 4000 a.C.. Há uma segunda
origem nas festas pagãs greco-romanas que celebravam as colheitas, entre os
séculos VII a.C. e VI d.C. A gravura abaixo, de Jean-Baptiste Debret - Aquarela
“Dia de Entrudo”, de 1823, já retratava o carnaval no Rio de Janeiro no início
do século XIX.
O nome Entrudo também significava
“entrada para a Quaresma”. Como o
entrudo se tornava, por vezes, violento, ele foi proibido em 28 de fevereiro de
1851, “substituído por passeata carnavalesca, com carros alegóricos e máscaras
a cavalo em carruagens" como até hoje se vê, principalmente no Rio de
Janeiro.
Segundo Estevão Bittencourt, comumente
os autores explicam o nome Carnaval a partir dos termos do latim tardio “carne vale”, isto é, “adeus carne” ou “despedida da carne” que indicaria que no Carnaval o consumo de
carne era considerado lícito pela última vez antes dos dias de jejum quaresmal.
Outros estudiosos recorrem à expressão “carnes
levare”, suspender ou retirar a carne: o Papa São Gregório Magno teria dado
ao último domingo antes da Quaresma, o título de “dominica ad carnes levandas”; a expressão haveria sido
sucessivamente mudada para “carneval”
ou “carnaval”.
Um terceiro grupo de
etimologistas apela para as origens pagãs do Carnaval: entre os gregos e
romanos costumava-se fazer um cortejo com carros alegóricos em forma de nave
dedicada ao deus Dionísio ou Baco. A esses carros alegóricos se dava o nome, em
latim, de “currus navalis”, donde a
palavra “Carnavale”.
Como se vê, não é muito clara a
procedência do nome. O carnaval não é uma invenção ou exclusividade brasileira.
Mas aqui, como em talvez nenhum outro lugar do mundo, ele é comemorado de forma
espetacular. E seria muito bom que ele continuasse a ser comemorado dentro do
espírito de alegria, brincadeiras, galhofas e totalmente sem violência, drogas
e excessos, pois nesses dias as pessoas procuram esquecer seus problemas e dificuldades
e mesmo qualquer crise que possa afetar seu negócio ou País.
É também nesses dias de Carnaval
que as pessoas colocam para fora, de forma brincalhona, mas muito verdadeira,
suas críticas e opiniões sobre governos, políticos e até mesmo qualquer forma
opressora que percebam no seu dia a dia. Rindo, o povo castiga seus opressores
de forma simbólica e muito relevante e inteligente. Assim, o Carnaval é, na
verdade, um misto de fantasia e verdade; de brincadeira e seriedade pois
podemos dizer muitas verdades de forma inteligentemente cômica e sem violência.
Pense nisso. Sucesso!
Roberto Costa Ferreira, 09FevCarnaval2016
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