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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

A BUSCA e o ENCONTRO da FELICIDADE!



Por ocasião do aniversário de minha neta Maya, residindo em Vila Velha – Cobilãndia/ES - Setembro de 2015, oportunidade que lá estive, fui privilegiado com o momento de falar aos presentes sobre a importância daquela ocasião e sua significação - seu aniversário - e a nossa responsabilidade face à construção de felicidades!

Momento oportuno de vivência plena e repleta de felicidades constantes que, devemos vivê-la sempre, e constantemente, nas diversas ocasiões construídas de nossa existência, promovendo o significado maior de nossa vida neste plano, qual seja, “ser feliz plena e constantemente, sempre”!

Pois que, toda ação humana é realizada em vista de um fim. Se, pois, as ações tendem a um fim e este, por sua vez, deve ser um bem soberano, então, o fim último das ações é o bem. Para Aristóteles, o bem soberano é a felicidade, para onde todas as coisas tendem. Ela é caracterizada como um bem supremo por ser um bem em si. Portanto, é em busca da felicidade que se justifica a boa ação humana. Todos os outros bens são meios para atingir o bem maior que é a felicidade. Aristóteles também refere que:

“Toda arte e toda indagação, assim como toda ação e todo propósito, visam a algum bem; por isso foi dito acertadamente que o bem é aquilo a que todas as coisas visam”.
(Aristóteles, 1992, 1094 a, p.)

Dotado de razão, o homem carrega consigo toda a potencialidade de ser um homem virtuoso. Ainda, para Aristóteles,”a virtude é a uma atividade da alma responsável pelo agir do homem e é adquirida pelo hábito”. Dessa maneira, é agindo virtuosamente que o homem se torna virtuoso. É escrevendo constantemente que se torna um bom escritor. Portanto, a virtude adquirida pelo hábito e aperfeiçoada pela razão é a excelência moral do homem e por ela se alcança a felicidade. Então, assim, comenta Nodari:

O que faz a marca específica do homem é o pensamento e a razão que o segue. É a atividade intelectual. Nesta encontra-se a fonte principal das alegrias do homem, ou seja, a fonte donde provém a verdadeira felicidade. Com efeito, a felicidade do homem consiste no aperfeiçoamento da atividade que lhe é própria, ou seja, na atividade segundo a razão. O homem deve, então, subordinar o sensível ao racional. A subordinação da atividade sensível à atividade racional se impõe. É o preço da felicidade humana e a condição da moral humana”. Portanto, para ser feliz, o homem deve viver pela inteligência e segundo a inteligência.                                                                                                (NODARI, Paulo Cesar. 1997, p. 390).

A pergunta latente da ética é - como atingimos a felicidade?

A felicidade é o bem supremo, autossuficiente, desejado por si e por causa de si e nunca em vista de outro bem! Ela é adquirida constantemente. Não é algo estanque, mas um movimento de ação que dá vitalidade ao homem. Portanto, a felicidade é um bem propriamente humano e essencial para a vida do homem.

Todas essas considerações acerca da felicidade são aproximações parciais da felicidade, porque:
  • a virtude, a justiça, os bens da alma e os bens exteriores, são bens relativos à ação individual de cada homem.

Entretanto, “nenhum homem só” consegue ser feliz plenamente!

Por isso, Aristóteles enfatiza que o homem é por natureza um ser político, o qual não consegue viver sozinho, por isso ele realizaria a sua felicidade plena na polis. Assim, é na cidade (pólis) que acontece a completude da felicidade, porque o homem somente pratica as ações virtuosas na polis e não teria sentido algum ele ser virtuoso se não fosse pelo motivo de compartilhar com demais cidadãos.

Em suma, a felicidade não é um bem realizável totalmente, mas é um bem que se busca constantemente na ação de viver. Logo, “a felicidade é um fim último e um bem supremo que todos os homens desejam” e eu, não serei diferente nesta busca, indiferente a tais possibilidades... Buscá-la-ei incessantemente mesmo nos olhos de quem só assiste!


Roberto Costa Ferreira, 31Ago2017.



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