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Momento de abertura do evento com autoridades compostos à mesa |
VIGILÂNCIA em SAÚDE I
Este artigo traz minha vivência
decorrente da participação na 1ª.
Conferência Estadual de Vigilância em Saúde, cujo tema “VIGILÂNCIA em SAÚDE: DIREITO, CONQUISTA e
DEFESA de um SUS PÚBLICO de QUALIDADE”, durante 3.060 minutos de atividades
no local Águas de Lindóia/SP, envolveu um contingente significativo de pessoas
comprometidas em retratar o Estado de São Paulo na construção direta do
conteúdo, além das discussões, proporcionando propostas e diretrizes com vistas
ao cenário nacional.
Vigilância em Saúde com seu tema promoveu, em momento que uma
conferência é entendida como uma conquista, com respeito a um direito da
cidadania, onde cada delegado levou a discussão da representação desse direito,
ali, naquele cenário não residiu o silêncio das ruas. Restou evidente a
necessidade de se ampliar o conceito de saúde como eficácia social, de se
trabalhar com pontes (conversas), transversalidades, considerando-se PROTEÇÃO,
PREVENÇÃO, e PROMOÇÃO, momento que a discussão de promover e prevenir, assim
como proteger já se encontra fragmentada.
A oportunidade identificou, a meu
ver, a necessidade de “não se ensimesmar”
e sim fazer política para um projeto societário mais adequado, onde a equidade requer considerar as
diferenças. É necessário “desenvisibilizar
os sujeitos ocultos” da promoção em saúde. A saúde precisa de afetividade,
de amorosidade, de semente, raízes... De horizontes!
A complexidade da realidade
brasileira impõe que a Vigilância em
Saúde se oriente de forma universal, integrada, participativa e territorial,
tendo como protagonistas a sociedade e os trabalhadores do SUS. Deve-se
discutir a necessidade de conceber um sistema de vigilância estruturado a
partir das dinâmicas de:
- Produção, consumo e,
- Formas de viver das comunidades.
A Política Nacional de Vigilância em Saúde, ainda, e segundo meu
entendimento, deve incorporar em seu núcleo central as seguintes categorias e
valores consistentes da:
- Determinação social da saúde,
- Responsabilidade do Estado na regulação sanitária,
- Integralidade, do território,
- Participação da sociedade e,do direito à informação.
O SUS vem sendo discutido por gestores e demais personagens, em razão
das Assistências... A Rede de Assistência. As Vigilâncias “compreendem um
cenário de um SUS silencioso”, expressando-se nas ações. Resta então um
compromisso dos gestores em face das atuais condições, onde as Vigilâncias devem ser pensadas com a
perspectiva de financiamento, planejamento e gestão ou, alternativamente, administração, como trabalhar com
perspectivas integradas:
- das Vigilâncias,
- dos Centros de Controle, dos Laboratórios e sobretudo,
- olhar para os Riscos do território com,
- Diagnósticos “com cara”, ou seja,
- com os “temas relevantes” compondo a Agenda da Vigilância em Saúde.
A Vigilância em Saúde, referindo-me a Novos desafios, para endosso trago o dito do médico ribeirão-pretano Sergio Arouca, O Pasquim, 21, nº 28 de 20
de Agosto de 2002:
“Nós fizemos a reforma sanitária que criou o
SUS, mas o núcleo dele, desumanizado, medicalizado, está errado. Temos de entrar
no coração deste modelo e mudar. Qual o fundamento? Primeiro é a promoção da
saúde e não da doença. O SUS tem de, em primeiro lugar, perguntar o que está
acontecendo no cotidiano das vidas das pessoas e, como eu posso interferir para
torná-la mais saudável.”
Ela, a Vigilância, é considerada
uma das funções essenciais da Saúde Pública e, de acordo com a literatura, três
tipos de informação foram incluídos nos registros das epidemias desde as
primeiras civilizações:
- Desfechos de saúde;
- Fatores de Risco e,
- Intervenções.
Portanto, este é o lugar da
Vigilância no SUS. Ela está, “partindo do nascimento à morte”,
considerando que o Ministério da Saúde gerencia o Sistema de Informação da
Atenção Básica – SIAB, que fornece informações relacionadas ao PACS/PSF; o SINASC – Sistema de Informações sobre
Nascidos Vivos ao SIM – Sistema de
Informações sobre Mortalidade, sendo certo que, pensando nas “condições
sensíveis à vigilância”, qualquer investimento em Vigilância reduz dedicação à Atenção Básica.
Vigilância como ferramenta de
Gestão não basta. São necessárias ações com metas, indicadores e recursos...
Senão, não haverá Investimento!
Roberto Costa Ferreira,
15Set2017
Delegado – Segmento
Usuário
Águas de Lindóia - São
Paulo
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Delegados do segmento Usuário após término dos debates no subeixo. |
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Delegados: Roberto Ferreira (Sto.Amaro, SP) - João (Jabaquara, SP) Vanderlei Scaquete (Marília, SP)- Frederico Soares (Penha, SP) |
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