Cida Campos,
Àquela conversa trocada entre
duas ou mais pessoas, o necessário diálogo que, juridicamente, se ajusta a um
“despacho interlocutório”, o interlúdio, o entreato, a intermediação, a
moderação, condições sinonímicas que pressupõem a existência de “sujeitos que
se comunicam a partir de situações da realidade social concreta em que se
encontram”.
Saiba que originalmente significa
'diálogo', mas o significado foi estendido a toda forma de interação e
comunicação entre os sujeitos. O processo de construção desse diálogo do saber
ocorre em determinadas situações, a dita “interlocução”, com diferentes pares
situados no mesmo espaço geográfico ou não, e exige relativa dedicação,
experiência, consideração para com o próximo, um dedicado olhar para a situação
e a causa, ou seja, muito amor ao ato, a dedicada linguagem do amor!
E tal uso dessa linguagem é a
capacidade que os seres humanos têm para produzir, e a poucos é dado tal
exercício de desenvolver e compreender a língua e outras manifestações da
comunicação — como pintura, música e dança. E a essas manifestações, cujo
conjunto organizado de elementos (sons e gestos) que possibilitam a comunicação
assertiva, adequada, do “olho no olho”, diz respeito à linguagens básicas pelas
quais o amor é expressado e compreendido. E
cada indivíduo nasce com uma maneira específica de identificar, receber
e dar amor, a chamada de 'linguagem', e as várias maneiras de expressá-la que
são chamadas de “dialetos”, "papos retos", "um chega mais"!
A tentativa de “demonstrar o amor
por meio de determinada linguagem para alguém” que também carrega uma linguagem
particular requer um dedicado esforço e atento olhar... Muita paciência e
dedicação! Difícil!!!
Assim, o primeiro passo para expressar seu amor por outra pessoa é saber identificar sua linguagem do amor e também a linguagem que a pessoa amada utiliza para isso. Deve-se considerar que todo ser humano é único. O que muitas vezes deixamos passar e acabamos não dando importância é justamente para as particularidades de cada um, colocando a nossa forma de enxergar o mundo ao nosso redor como prioridade sobre as outras pessoas.
Sendo assim, é fundamental estar
sempre atento à energia que propagamos ao nosso redor por meio das palavras,
pois elas podem prejudicar não só as pessoas que nos rodeiam, mas também a nos
mesmos. O ideal é que estejamos atentos, e, sempre que possível, ofereçamos o
apoio, por meio de palavras de afirmação a quem estiver precisando de algo
neste sentido. É uma das linguagens mais essenciais na atualidade. Acontece
que, com a correria e a quantidade de demandas que necessitam da nossa atenção
diariamente, acabamos deixando de passar um tempo ou de encontrar pessoas que
são importantes para a nossa existência em si.
Com isso, vamos perdendo o
contato, e, conforme a vida se desenrolando, 'mesmo a condição de aposentadoria
e outros que tais', podemos até não encontrar mais maneiras de retomar a
convivência com estas pessoas. Assim, é fundamental que encontremos um tempo,
que dediquemos um período para nos aproximarmos, mais do que presentes. O que
essas pessoas de fato querem e merecem é que estejamos com elas de corpo e
alma, com ou sem preocupações aparentes, mas atentos à necessária 'condição de
interlocutora'.
E esse mister é a característica
nata em você, Cida Campos, querida amiga!
Parabéns para nós, por tal
precioso tempo e à nossa particular e extensiva dedicação, o próximo!
Roberto Costa Ferreira,
in “A Interlocução”, em 27 de Outubro de 2019.
https://www.facebook.com/roberto.ferreira2/videos/2527851830818213/?t=0
https://www.facebook.com/roberto.ferreira2/videos/2527851830818213/?t=0
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A desinformação é o ato de silenciar ou manipular a verdade, habitualmente nos meios de comunicação de massa. O meu dever de publicar o que penso e escrevo e incontornável, absolutamente imprescindível!
Então, você pode, durante tomar um café, aprofundar-se numa agradável e suficiente leitura e até, ao mesmo tempo, ouvir uma boa música. Encontrar tudo isso através deste meu blog - #GRAUᴼ - é algo muito suficiente... E necessário!
As relações entre Educação, cultura e conhecimento são sempre polissêmicas e provocativas. Neste acesso, trago para sua leitura diversas experiências, perspectivas, reflexões... Encontros que se fazem em diferentes ãmbitos: literatura, música, dança, teatro, artes visuais, educação física, mídia, etc.
E considere: é entre a manifestação da literatura, as artes visuais, a música, a dança e o teatro que a educação e o conhecimento acontecem fora do curricular, do convencional!