O local onde morava... Uma
modesta casa que à época, habitava a periferia. Um dia, ainda criança, um
dentinho lhe caiu...
Assim, quando a fase banguela
chega, pais e filhos já estão sabendo como encarar a queda do primeiro dente,
presumível o primeiro aos 6 anos até a do último, aos 12 anos. E, para tornar o
momento ainda mais especial e menos traumático para aquela criança, os pais
lançam mão de brincadeiras e fantasias, conhecidas suas e de seus tempos como,
por exemplo, a lenda da Fada do Dente.
Substancial e diversamente, cá entre nós, essa é a lenda mais famosa envolvendo
a queda dos dentes das crianças. Ao contar essa história para seus filhos, os
pais dizem que “quando o dente de leite
cai, ele deve ser colocado embaixo do travesseiro para que a Fada venha
buscá-lo à noite. Em troca, ela deixará uma moeda ou um presente para a criança”.
Por conta disso, muitos
pequeninos esperam ansiosamente por tais seguidos momentos... Como nessa idade
não tinha travesseiros, sequer colchão, o repousar de sua cabeça encontrava
aconchego nos seus bracinhos que, não raro, confidenciou-me, acordava em horas
idas de sono com um monte de formigas, parecia, no braço servido e, até
amanhecia em outras com “o travesseiro adormecido! Com o mesmo objetivo das
outras histórias, essa consiste na possibilidade da criança jogar seu dente de
leite no telhado de sua casa e fazer um pedido (alguns pais misturam as lendas
e falam que os pedidos devem ser feitos para a Fada do Dente). Assim, a cada
dente jogado, a criança terá seus pedidos atendidos. Ele fizera o seu. Disse-me
que até sonhou! Porém, um dia após o sonho, já então acordado, notou que o
dente antes jogado havia ao solo voltado.
Então concluiu que tal sorte não o atingiria
e, assim, reservou-o no interior de um gibi que muito se lia à época - O Fantasma, o primeiro herói
mascarado tido em apelido como "O espírito que anda", não detentor de superpoderes e confiante
em sua força, inteligência e imortalidade de renome para derrotar seus
inimigos, cujo personagem tem um grande amor – Diana Palmer, com quem é casado e que vive sempre
distante, como voluntária da ONU, cujo namoro e noivado percorreu quase 40 anos
antes do casamento. Este é um verdadeiro recorde de causar inveja a qualquer
solteirão mas, o mais duro desafio para o herói, pior que enfrentar um tigre
dente-de-sabre, foi mesmo encarar a terrível sogra Lily Palmer que não gostava muito do genro, pois que o considerava
um tanto quanto estranho. Ainda, um lobo treinado chamado Capeto o acompanha e
um cavalo que atende por Herói. Como os Fantasmas descendentes, ele vive na
antiga Caverna do Crânio, ou da Caveira que conta com uma
cripta, na qual estão os 20 antepassados da linhagem. Foi o primeiro herói
fictício a vestir um traje colante, portando uma máscara preta e um
uniforme vermelho!
Como se observa, ele, ainda
criança sonhava com o impossível! Acreditava muito no forte pensar e movido
pela fé, um dia pegou do dentinho guardado e o jogou ao alto, para ser levado
pelo vento como a uma semente, pensando que este brotaria proporcionando a uma
flor, talvez em terra distante... Do alto do arremesso, nunca soube onde caíra
tal dente e qual seu paradeiro. Talvez num campo florido de terras largas, de Campo Grande! Então, decorridos anos
e largo tempo de experiências vividas restou, a meio caminho desse tempo, um
dia morador nessas terras antes sonhada. Que tempos! Então hoje, me diz
confidencialmente que, por instantes ao se se afastar das suas terras, ao
retorno, distintivamente do comentário do quadro visto pelo antropólogo Levis-Straus que, “quando vindo ao Brasil à convite e chegando
na baía da Guanabara - 1935 - indagado do que achava, disse entender
tal imagem com o Pão de Açúcar junto, assemelham-se a raízes de dentes
perdidas nos quatro cantos de uma boca desdentada", minha boca "vai às escancaras" e "todos os meus dentes se põem à mostra"...
sem a ausência de um dentinho sequer!
É natural que, em meio a tanto
entusiasmo, se encontrem também críticas e até mesmo impressões em que as
decantadas belezas decepcionaram. Portanto, traz ele consigo tal certeza madura
de que pisando no seu terreno, de braços dados com Santo Amaro e tendo sob seus pés um largo Campo Grande, terras da região Centro-Sul, em área de 13,1 km², de
considerável evolução demográfica, com expressivo e “muito elevado IDH” em
razão da Cidade de São Paulo, tal região de Campo Grande surgiu através de
um loteamento e pretendida urbanização através da Cia City, a partir de 1953. Tal Companhia City, é o nome pelo qual é conhecida a empresa
fundada em 1912 com o nome de "City of São Paulo Improvements and Freehold
Land Company Limited”, que participou ativamente do processo
urbanístico da cidade de São Paulo. Fundada
em 1912, urbanizou vários bairros importantes de São Paulo, como o Jardim América, City Butantã, Alto da Lapa,
Planalto Paulista, Alto de Pinheiros e Pacaembu, todos com a presença de
Urbanistas ingleses!
Campo Grande, assim, abriga fábricas, sedes de complexos
industriais de diversas multinacionais, ainda inúmeros e isolados galpões do
setor industrial, todos instalados ao longo das avenidas Nações Unidas e Eng.
Eusébio Stevaux, considerando que, atualmente alguns estão sendo desativados e
seus terrenos estão sendo incorporados por grandes construtoras. Contamos
também com três times de várzea muito tradicionais da região: o
tradicional Grêmio Campo Grande, o Vila Anhanguera e o Estrela. Espaços
preciosos também com escolas tradicionais, quer particulares, mesmo estaduais e
até as de competência municipal e que, além do dinamismo do setor industrial e
construção civil, somos detentores de grandes centros comerciais como os diversos
Shopping’s instalados e respectivos Parques como o maior parque indoor da
América Latina, o temático Parque da Mônica ocupando área de
12.000m², dois cemitérios de importância regional estão situados no
distrito tais como Cemitério do Campo Grande e Cemitério de
Congonhas.
O meio de transporte é generoso e
saudável. Delimita-se pelas avenidas
Interlagos, Yervant Kissajikian, Washington Luis, Vitor Manzini, Ponte do
Socorro e em todo limite sudoeste, pelo Rio Pinheiros, oportunidade que esse trecho do rio também é
conhecido como Rio Jurubatiba.
É certo considerar que nesta extremidade sul, às margens do referido rio está
o Aterro de Santo Amaro.
Ocorrem também as principais vias, junto com Avenida Nações Unidas e a Nossa Senhora do Sabará. Neste
espaço de terras está localizado o mais antigo e principal campo de
golfe da cidade, o São Paulo
Golf Club, próximo ao bairro Jardim
Bélgica, conhecido por suas ruas arborizadas e praças de lazer, sendo
visitado por moradores de diversas regiões da cidade, mais precisamente nas
adjacências, como Santo Amaro, Capela do
Socorro, Interlagos, etc... que se locomovem até as poucas ruas do bairro
para descansar à sombra de frondosas árvores, crianças que vão para diversão e
lazer nas três praças ali existentes. Um encanto!
São Paulo Golf Club é um campo de golfe particular
localizado nesta cidade de São Paulo, primeiro Clube de Golfe fundado no Brasil. No
final do século XIX, ingleses e escoceses, que trabalhavam na São Paulo Railway, e em outras empresas
britânicas, promoveram as primeiras iniciativas para a formação de um grupo de
pessoas interessadas em jogar golfe na cidade de São Paulo. O primeiro
local escolhido para a prática do esporte, então tipicamente britânico, foi a Chácara Dulley, localizada entre os rios
Tamanduateí e Tietê. Posteriormente, a expansão urbana obrigou esses
golfistas pioneiros a se mudarem para outro local. A área escolhida
localizava-se onde hoje está o bairro Bela
Vista, então pouco habitada. Foi nesse novo local que esse grupo
pioneiro, fundaram um clube onde pudessem praticar o golfe, junto com seus
familiares. Nascia assim, em 1901,
o São Paulo Country Club, ainda não São Paulo Golf Club, consolidado com a construção de um novo
campo. Local aprazível, próximo à Avenida Paulista, em cuja via começavam
a proliferar os casarões dos barões do café, este campo de golf passou a ser
conhecido e visitado por numerosas famílias. Como se situava na parte mais
elevada, o local ficou conhecido como “Morro dos Ingleses”.
Outra mudança viu-se necessária,
em razão de tal local atrair muita gente e o progresso, inevitavelmente, chegar
ao local, deslocando-se para o Bairro
do Jabaquara e lá permaneceram até por volta de 1915. Em terreno
adquirido da "Light" e situado em Santo Amaro que até então, um município independente, para
além do Largo 13 de Maio foi
feito um novo campo. Avançávamos para o ano de 1915. Com o Club crescendo,
firmando-se como um dos mais tradicionais do Estado – e agora já com o nome de São Paulo Golf Club - passava a
ostentar invejável status. Era preciso acompanhar o progresso! Assim em
1935 foi processada a primeira reforma, quando o Club contratou os
serviços de um dos maiores nomes em arquitetura de campos de golfe dos Estados Unidos, Stanley Thompson,
que com a ajuda do profissional José
Maria Gonzalez, este com muitos anos de clube, introduziu as
reformas necessárias do campo e “greens de grama”, em substituição aos de
areia.
Em 1964, a antiga sede, que já se mostrava pequena, foi demolida,
dando lugar à atual. A grama existente foi substituída, então, pelo tipo “tifton
328”. Quase todos os “greens” foram remodelados e novos “tees” foram
feitos em quase todos os buracos. Na oportunidade foi construído também o
"driving range" (campo de treino) uma antiga reivindicação dos
associados. Foi também construído um mini campo com 6 buracos, de par 3, na
área compreendida entre buracos números 13, 14 e 15, para o jogo de principiantes
e menores. Tal área do São Paulo
Golf Club totaliza 59,2957 ha. Seu traçado possui 18 buracos e um
mini-campo com 6 buracos todos de PAR 3. Sua topografia apresenta um terreno
levemente ondulado com depressões e pequenos lagos. É totalmente
gramado e arborizado de acordo às normas que regem internacionalmente o jogo de
golfe e, para manter esse padrão, o São Paulo Golfe Club conta com o que há de melhor em
equipamentos técnicos e mantém uma equipe de funcionários formada por
engenheiros, agrônomos e técnicos que dão suporte mecânico e estrutural.
“Chique no úrtimo...”, parafraseando os vale paraibanos,
confidenciou-me o amigo: “... é
habitar terras de Campo Grande”! Este componente valoroso da extensão
territorial, sempre abraçado à Santo
Amaro e que hoje, nesta sintonia, também nos proporciona viver o HILASA – Instituto de Letras e Artes de
Santo Amaro, comemorando seu 1º ano de atividades!
Roberto Costa Ferreira,
19 de Fevereiro de 2020 – para o Hilasa.
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