Em 1975, o dia 8 de março foi
instituído como Dia Internacional das Mulheres, pelas Nações Unidas.
Atualmente, a data é comemorada em mais de 100 países — como um dia de protesto
por direitos ou de edulcorada celebração do feminino, comparável
ao Dia das Mães. Porém, em outros tantos países, a data é ignorada. É de se lamentar!
Uma vez que, estes tantos países
não conhecem, reconhecem e mesmo relutam sequer observar e memorar uma jornada
de manifestação pela igualdade de direitos civis e em favor
do voto feminino partido da organização do Dia das Mulheres,
em 20 de fevereiro de 1909, em Nova York ... Que
em Copenhague - 1910 - foi
sugerido, pela líder Clara Zetkin, que o Dia das Mulheres passasse a ser
celebrado todos os anos, sem que, no entanto, fosse definida uma data
específica ... Que, partindo de 1913, as mulheres russas passaram, as mesmas
que sofrem com ações decorrentes da atual guerra, a celebrar a data com
manifestações realizadas no último domingo de fevereiro ... Que em 8 de março
de 1917 (23 de fevereiro, no calendário juliano), ainda
na Rússia Imperial, organizou-se uma grande passeata de mulheres, em
protesto contra a carestia, o desemprego e a deterioração geral
das condições de vida no país ... Que jornada!
Ainda, com a finalidade de
lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres,
independentemente de divisões nacionais, étnicas, linguísticas, culturais,
econômicas ou políticas, em 2008, a ONU lançou a campanha “As Mulheres Fazem
a Notícia”, destinada a estimular a igualdade de
gênero na comunicação social mundial.
Porém, tendo em vista a Semana
da Mulher no seu transcurso, com vistas à maior amplitude, considera-se que
a celebração do Dia Internacional da Mulher tenha tido o seu sentido
original parcialmente diluído, adquirindo frequentemente um caráter festivo e
comercial, como o hábito de se distribuírem rosas vermelhas ou pequenos mimos
... Não basta!
Tais ações em nada evoca o
espírito das manifestantes, principalmente face à significação maior em
reverenciar à mulher, a mãe, sendo certo que maior que qualquer definição mãe é
amor! E nada se compara à amplitude de “ser mãe” ... Aliás, como já escrevera Mário
Quintana:
“MÃE...és do
tamanho do céu e apenas menor do que Deus!”.
É no abraço dela que alcançamos o
infinito, a cura do incurável, o amor indescritível ... E nas horas onde não
temos mais força, ela se transforma em nosso porto seguro.
Roberto Costa
Ferreira, 08 de Março 2022
Professor – Psicanalista – Pesquisador
Universidade Federal de São Paulo –
CEP UNIFESP
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