Os 13 papas chamados Leão: uma linha de poder, fé e legado!
Ao longo de quase 1500 anos, 13 papas tiveram o nome Leon. Alguns foram grandes reformadores, outros governaram apenas alguns dias, mas todos deixaram uma marca na história da Igreja.
Aqui estão todos:
1. Leão I (440–461) – São Leão Magno. Enfrentou Átila, o Huno e consolidou a autoridade do Papa.
2. Leon II (682–683) – Confirmou o Concílio de Constantinopla e foi uma ponte entre o Oriente e o Ocidente.
3. Leon III (795–816) – Coroou Carlos Magno e reforçou o poder papal sobre a Europa.
4. Leon IV (847–855) – Fortificou Roma após os ataques sarracenos e criou a “Cidade Leonina”.
5. Leon V (903) – Seu pontificado foi breve; foi deposto em meio a lutas pelo poder.
6. Leon VI (928) – Governou pouco tempo, numa época instável do papado.
7. Leon VII (936-939) – Apoiou as reformas monásticas e procurou restaurar a disciplina eclesiástica.
8. Leão VIII (963–965) – Considerado por alguns um antipapa, imposto pelo imperador Oton I.
9. Leon IX (1049–1054) – Impulsionou reformas e foi uma figura fundamental antes do Cisma do Oriente.
10. Leão X (1513–1521) – Excomungou Martinho Lutero e viveu o início da Reforma Protestante.
11. Leon XI (1605) – Seu papado durou apenas 27 dias.
12. Leon XII (1823–1829) – De espírito conservador, reforçou o controlo papal e a censura.
13. Leon XIII (1878–1903) – O “papa dos trabalhadores”, criador da Doutrina Social da Igreja.
De guerras e concílios, de reformas e controvérsias...
13 leões que rugiram no trono de Pedro. E, por enquanto, o último!
Por oportuno, um deles, o 13° - Leon XIII (1878–1903) – O “papa dos trabalhadores”, criador da Doutrina Social da Igreja, fazendo-me lembrar de "um ato histórico", no qual, em 19/07/1889 referido Papa de então - Leão XIII - dirigiu-se ao Imperador brasileiro assim se manifestando:
Uma Carta do Papa Leão XIII ao Imperador Dom Pedro II
Em 19 de Julho de 1889 o Papa enviou uma Carta Apostólica ao último Imperador do Brasil condenando o processo de laicização em que vivia o País nos últimos meses da Monarquia.
Em sua mensagem a D. Pedro II, Leão XIII condena a possibilidade de um direito concedido em princípio a religiões não católicas, como o Espiritismo, Positivismo, e o Protestantismo pelo Gabinete Ouro Preto:
"Majestade soube-se que entre os vários projetos anunciados no programa do novo ministério brasileiro, há alguns que, tocando os interesses mais vitais da religião e rompendo o fio das gloriosas tradições deste Império, teriam com efeito, se fossem alcançados, perturbar a paz de consciência, enfraquecer o sentimento religioso dessas populações católicas ou preparar um futuro cheio de perigos para a Igreja Católica, não menos do que para a sociedade civil. Estamos a falar da liberdade de culto e educação e das disposições a ela associadas, que, embora não sejam declaradas abertamente na declaração pública do governo, não deixam dúvidas quanto à sua qualidade e natureza.
Não será necessário aqui apontar a Vossa Majestade que, especialmente nos tempos atuais, em que a necessidade da salutar influência da religião se faz sentir mais do que nunca, em face do constante progresso das desordens morais e sociais. Ordem que eleva a sociedade, pode tornar-se extremamente perigoso e fatal para os negócios públicos, inaugurar num país católico um sistema que não pode ter outro resultado senão enfraquecer ou destruir, nas populações, o único freio moral capaz de mantê-las o cumprimento do seu dever. - As nações que embarcam no caminho dessas inovações tiveram ou deverão deplorar o aumento gradativo de crimes, discórdias, revoltas, a instabilidade do poder e todas as ruínas morais e materiais que se acumulam sobre elas. (...)
Vossa Majestade, ao afastar este infortúnio do vosso Império, contribuirá efetivamente para a sua prosperidade e invocará a vós, a vossa augusta família e à nação brasileira as bênçãos do céu. (....)
Fortalecidos por esta íntima convicção, transmitimos de todo o coração a Vossa Majestade e a toda a Família Imperial a Bênção Apostólica."
Leão XIII alertava ao fato de que afastando a Influência da Igreja Católica na Sociedade Brasileira, estaria condenado a Própria Monarquia e a Estabilidade Nacional.
O fato porém, é que o final do Reinado de Dom Pedro II, abriu aos poucos o caminho para a laicidade no Brasil. Em 19 de abril de 1879 é dispensado para o ensino livre o juramento de fidelidade a qualquer confissão religiosa.
A Lei Saraiva de 9 de janeiro de 1881 declarou elegíveis pessoas de qualquer credo religioso, e em 1888, após aprovação pela Câmara, o Juramento a Igreja Católica e a Monarquia pelos políticos se tornou facultativo.
A questão da laicidade do Estado Brasileiro seria encerrada com a Separação definitiva da Igreja e do Estado durante o Governo de Deodoro da Fonseca em 1890.
Fonte: Les enseignements Pontificaux, Solesmes 1952, La Paix Intérieure des Nations, pp. 162-166./Carta na Íntegra:
https://laportelatine.org/magistere/leon-xiii/lettre-apostolique-e-giunto-a-lempereur-du-bresil
Por:Roberto Costa Ferreira,09maiode2025.
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Atual PAPA - Leão XIV - Robert Francis Prevost |
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