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quarta-feira, 25 de junho de 2025

O ESTOICO E O ESTOICISMO


A Palavra do dia e objetivando clarear o contexto, revela-nos o  estoicismo.
A definição é linda, contudo, sabemos que a prática dela não é tão fácil assim quanto parece:
      • Será que é possível controlarmos nossos pensamentos?
     • Será que é possível controlarmos alguma coisa nessa vida?

Enfim, vale a reflexão, considerando que tal doutrina filosófica fundada por Zenão de Cício (335-264 a.C.), compondo a escola de filosofia helenística que floresceu na Grécia Antiga e na Roma Antiga, e desenvolvida por várias gerações de filósofos, que se caracteriza por uma ética, oportunidade na qual:
   • 1. A imperturbabilidade, a extirpação das paixões e a aceitação resignada do destino são as marcas fundamentais do homem sábio, o único apto a experimentar a verdadeira felicidade.
O estoicismo exerceu profunda influência na ética cristã.
     • 2. Rigidez de princípios morais.
  • 3. Resignação diante do sofrimento, da adversidade, do infortúnio.
Floresceu, tal filosofia, durante dois séculos na Grécia Antiga, e por volta do ano 100 a.C., voltou a ganhar popularidade em Roma. Os textos e ensinamentos dessa filosofia que ainda sobrevivem datam desse período.
Um dos mais conhecidos pensadores dessa época é Sêneca, tendo sido conselheiro do infame imperador romano Nero.

Em uma carta a seu amigo Lucílio, o filósofo fala sobre um dos componentes centrais da virtude:
    • a habilidade de nos blindarmos contra o infortúnio, onde:

"A maioria dos homens míngua e flui em miséria entre o medo da morte e as dificuldades da vida; eles não estão dispostos a viver, e ainda não sabem como morrer. Por essa razão, torne a vida como um todo agradável para si mesmo, banindo todas as preocupações com ela. Nenhuma coisa boa torna seu possuidor feliz, a menos que sua mente esteja harmonizada com a possibilidade da perda; nada, contudo, se perde com menos desconforto do que aquilo de que, quando perdido, não se sente falta. Portanto, encoraje e endureça seu espírito contra os percalços que afligem até os mais poderosos."

ESTÓICO, em seu uso moderno, se refere a uma pessoa que é indiferente ao prazer e à alegria, assim como à tristeza ou à dor.
Não é por acaso que o dicionário da Real Academia da Língua Espanhola (RAE) define estoico em seu primeiro significado, assim como:

"Forte, equânime diante do infortúnio" e o mesmo se aplica ao dicionário de Oxford, que o define como uma pessoa que sofre dor ou problemas sem reclamar ou sem mostrar o que sente.

No entanto, a doutrina estoica se baseia mais em ser guiada pela razão e, como não se pode controlar o que acontece ao seu redor, controlar o que se pensa sobre o que acontece.
Por esta razão, o estoicismo se concentra especialmente nas emoções, às quais se refere como paixões, e que se divide em boas, más e indiferentes:
     • As boas devem ser promovidas,
     • as indiferentes ignoradas e,
     • as más têm que ser tratadas.

A reflexão do estoicismo sobre isso é que as pessoas não são perturbadas pelas coisas que acontecem, mas pelas opiniões que têm sobre essas coisas que acontecem.
Portanto, é uma questão de confrontar essas opiniões e, antes de assumi-las, questioná-las como se fossem hipóteses e não fatos firmes. Tenho dito!


Por:Roberto Costa Ferreira,25jun2025.
Prof. Pesquisa,PedagogistaMed-MEng
Hilasa - Instituto História, Letras, Artes
SANTO AMARO  -  SÃO PAULO  -  SP.

quinta-feira, 19 de junho de 2025

CORPUS CHRISTI - A Procissão no Império brasileiro - MONARQUIA

 


A Procissão de Corpus Christi no Império brasileiro é o retrato em tela. Neste ato o Imperador Dom Pedro II, seu genro o Príncipe Gastão de Orleans o Conde D’Eu e o Conselheiro Martinho Álvares da Silva Campos aoresentam-se na Procissão de Corpus Christi em 1882.

A charge consta da “Revista Ilustrada”. A Colorização é do Prof. Daniel Jorge Marques Filho, graduado em História pela Universidade Estácio de Sá (2014), sendo certo que a Festa de Corpus Christi é o único dia na liturgia católica em que a presença de Jesus na eucaristia, deixa o recolhimento do sacrário, recipiente que fica em lugar de destaque no altar central das igrejas, e é levado em desfile pelas ruas.


A procissão do Triunfo Eucharistico, assemelhada ao Triunfo do Sacramento, era uma demonstração a ser contemplada, objetivando gerar devoção e não ser esquecida pela cristandade.

A festa é prática religiosa, atualizada pela Monarquia Brasileira com vocação apostólica, ou seja, na qual a religião parece conferir sentido à comunidade política.

O Imperador passava de cabeça descoberta, carregando uma tocha, imitando a piedade de seus antepassados que foram Reis de Portugal, Espanha e Áustria. Ele é seguido por sua corte, os cavaleiros da Ordem de Cristo, os senadores da Câmara Municipal em grande aparato, com suas insignias e bordados, razão o suficiente para o ajuntamento do povo.

Onde quer que o imperador passe nessa ocasião, os moradores das ruas rivalizavam uns com os outros na ostentação de tapeçarias, de ricas sedas e damasco, penduradas nas janelas e balcões de suas residencias.

Tal relato acima exposto resultou extraido, sinteticamente, do Livro "The Brazil and The Brazilians" do Missionario Prebisteriano James Cooley Fletcher, oriundo de 1857.


Por: Roberto Costa Ferreira, 19 de junho de 2025

PEDAGOGISTA-PSICANALISTA- PESQUISADOR

CEP UNIFESP Universidade Federal  São Paulo

HILASA-SP- Instituto de História, Letras e Artes

CORPO de DEUS ... É corpo de homem. Corpo humano!

 


O dom da vida é o bem mais precioso de que Deus nos dotou. Esse dom não se esgota no tempo e no espaço. Pelo contrário, é ad aeternum, para toda a eternidade, e é também, a mais clara demonstração do amor que Ele tem por todas as suas criaturas.

Não se manifesta por acaso. Ao nos dar a vida, Ele também nos conferiu uma individualidade que caracteriza o nosso ser por toda a eternidade.

Ao entender essa condição única, cada um de nós dentro da sua idiossincrasia deve manifestar a mais profunda gratidão por esse fato. Somos únicos. A nossa existência se realiza por fases, em que nascemos e renascemos ... Nas ações, no pensar, no realizar. Sempre com vistas à vida superiormente bela!

Pois bem, a Festa do “Corpo de Deus”, ou Corpus Christi, nos leva a muitas reflexões e sentimentos. O corpo de Deus é corpo de homem. É corpo humano!

Muito bem referendado, em determinado tempo por Fabio Potiguar, então Sacerdote da CNBB atuando na Arquidiocese de Olinda e Recife e  Membro do Instituto Dom Helder Câmara, que aqui observo:

"Deus é um homem. Foi ele, falando ao seu Pai, quem disse a seu respeito. “Tu, porém, formaste-me um corpo. Por isso eu digo: Eis-me aqui” (Hb 10,5-7).

Reitera também que celebrar o corpo de Deus é celebrar o corpo humano. Para mim, disse,  esta mensagem é o que há de mais inédito no anúncio daqueles que viveram e vivem com Jesus. É certo: ele é Deus, mas um Deus de carne e osso. Olhamos para Deus com o mesmo espanto de Adão na narrativa alegórica do livro do Gênesis, quando viu Eva pela primeira vez. “Agora sim, é carne da minha carne e ossos de meus ossos” (Gn 2,23).

A Festa de Corpus Christi é o único dia na liturgia católica em que a presença de Jesus na eucaristia, deixa o recolhimento do sacrário, recipiente que fica em lugar de destaque no altar central das igrejas, e é levado em desfile pelas ruas.

Posto em relevo o dito, agora a meu ver, entendo e sinto melhor o evangelista João, onde:

“No princípio era o Verbo e o Verbo era Deus… e o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 1.14).

Logo, Jesus é carne de nossa carne! E na Eucaristia este Deus-corpo depois vai dizer: “tomai e comei, isto é o meu corpo”. Ele é o pão descido do céu e se torna comida. O Verbo feito carne diz:

“quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida” (Jo 6,54); e ainda:

“o pão que eu darei é minha carne para vida do mundo” (Jo 6, 51).

Neste ponto, chegamos à Festa de Corpus Christi de hoje. E aquele que se fez carne no Natal e que morreu e ressuscitou na Páscoa deixa o seu memorial como refeição e ceia dele mesmo, assim entendido:

“Tomai e comei, isto é o meu corpo… Tomai e bebei, isto é o meu sangue… Fazei isto em memória de mim” (Lc 22,19).

Sacrifício Pascal de Cristo! O que foi ontem no tempo, na liturgia é hoje, é agora, na humanidade e na Criação! E, se no primeiro instante ele se unia a nós ao fazer-se carne e tomado um corpo, agora é nós que nos unimos a ele ao comer sua carne e beber o seu sangue:

“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,56).

Chamemos a isso de comunhão! Logo, celebrar Corpus Christi é fazer comunhão com Deus, por Cristo, no Espírito Santo que se estende a uma comunhão com a vida, a humanidade e a natureza!

De outro modo, em estudos teológicos, que refere-se ao campo de estudo que se dedica à análise e compreensão da fé, da religião e de questões relacionadas ao divino, sendo um campo que busca entender Deus, a experiência religiosa, e a relação entre esses elementos e o mundo, o "Corpo de Deus" pode ser entendido de duas maneiras principais:
     • o corpo físico de Jesus Cristo e,
     • a Igreja como o corpo místico de Cristo.
O corpo de Jesus é visto como a encarnação de Deus, com a Igreja sendo a extensão desse corpo na Terra.

Ainda, o corpo físico de Jesus Cristo:
     • A teologia cristã enfatiza a importância do corpo de Jesus como a manifestação de Deus na forma humana. 
     • A encarnação, morte e ressurreição de Jesus são centrais para a fé cristã, demonstrando a união de Deus com a humanidade.
     • O corpo de Jesus, mesmo após a ressurreição, é considerado glorificado e continua a ser um elemento importante na teologia cristã. 

A Igreja como Corpo Místico de Cristo:
     • A Igreja é frequentemente descrita como o corpo de Cristo, com Jesus como a cabeça e os membros sendo os crentes.
  • Essa metáfora enfatiza a unidade e interdependência dos membros da Igreja, trabalhando juntos sob a liderança de Cristo.
    • A Igreja, como corpo de Cristo, tem um papel crucial na obra de Deus na Terra. 

Tendo em vista outras perspectivas:
     • Em algumas tradições religiosas, o corpo também pode ser visto como o Templo do Espírito Santo, enfatizando a importância de cuidar do corpo como um lugar sagrado.
  • A teologia do corpo, especialmente popularizada pelo Papa João Paulo II, explora a relação entre o corpo, a sexualidade e a espiritualidade, com o corpo sendo visto como um reflexo do mistério divino. 

Em suma, a compreensão do "Corpo de Deus" na teologia envolve tanto o corpo físico de Jesus Cristo quanto a Igreja como seu corpo místico, com o corpo sendo visto como um elemento central na relação entre Deus e a humanidade!

Por: Roberto Costa Ferreira, 19 de junnho de2025

PEDAGOGISTA-PSICANALISTA- PESQUISADOR

CEP UNIFESP Universidade Federal  São Paulo

HILASA-SP- Instituto de História, Letras e Artes

terça-feira, 10 de junho de 2025

Dia da Lingua Portuguesa - Das relações amistosas entre portugueses e espanhóis e os falsos cognatos!


Bandeira de Espanha e Portugal exposta durante partida de voleibol.

Vivemos no dia de hoje - 10 de junho de 2025 - o Dia da Língua Portuguesa,  como antes postei, contudo, tal lembrança realça a importância de possibilitar saber detalhes importantes das relações contidas nestas conexões e vínculos havidas entre portugueses, os aniversariantes, e os espanhóis.

O desenvolvimento de uma maior união e amizade com o Reino de Portugal foi uma ideia recorrente durante o século XVIII por parte dos pensadores espanhóis como Carvajal, Ensenada, Campomanes e Floridablanca. No entanto, em 1762, decorridos mais de duzentos e sessenta anos, ocorreu o conflito luso hispânico, que enfrentou a ambos os Estados.

Portanto, como se observa, tais relações amistosas entre os referidos são um tema complexo e multifacetado, que engloba a história, a cultura, a economia e as relações diplomáticas entre os dois países. Desde a Idade Média, quando existiram conflitos e alianças, até aos dias de hoje, as relações entre Portugal e Espanha têm sido marcadas por uma combinação de cooperação e competição, como identifico:

História:

     • União Ibérica (1580-1640):

Portugal e Espanha foram unidos sob uma única coroa durante este período, o que teve um impacto significativo nas relações e na cultura de ambos os países. 
     • Guerra das Laranjas (1801):
Um conflito militar que surgiu no contexto da Guerra Napoleónica, envolvendo a Espanha e Portugal, que estava alinhado com o Reino Unido. 
     • Tratado de Amizade e Cooperação (1977):
Um marco importante na relação entre os dois países, que estabeleceu uma base jurídica para a cooperação bilateral. 
     • Tratado de Tordesilhas (1494):
Um acordo que estabeleceu a fronteira entre as possessões portuguesas e espanholas no Novo Mundo, contribuindo para a pacificação entre os dois países. 

Cultura e Intercâmbio:

     • Língua e Literatura:

O português e o espanhol são línguas românicas estreitamente relacionadas, com uma história compartilhada que se reflete na literatura e na cultura dos dois países. 
     • Artes:
Portugal e Espanha têm uma história de colaboração e intercâmbio no âmbito das artes, com a troca de artistas, exposições e iniciativas culturais. 
     • Esporte:
A rivalidade futebolística entre Portugal e Espanha, conhecida como Dérbi Ibérico, é um dos maiores clássicos do futebol europeu. Portugal viveu experiencia exitosa recentemente!

Pois bem, Cecília Fernandes, redatora, jornalista e produtora, assinou como autora em 16/10/2022, tal trecho da minha pesquisa, no destaque, que realizei durante o ano anterior de 2022, e que submeti como colaborador ao site Concursos no Brasil, com texto como segue:

No geral, as 15 palavras no Português e Espanhol que são iguais, mas têm significados diferentes são chamadas de “falsos cognatos” ou “falsos amigos”. Na linguística, essas expressões são definidas como 'heterossemânticas', porque possuem sonoridade e escrita semelhante em dois idiomas, mas se diferem na definição. Sobretudo, esse fenômeno decorre do fato que o Português e Espanhol são linguagens derivadas do Latim.

Além disso, ambas surgiram na Península Ibérica, o que os torna "um par idiomático" com afinidade, inteligibilidade e intercompreensão. Como consequência, as palavras são iguais, mas têm significados diferentes. Saibamos pois, mais a seguir:

     1) Aceite ...

Enquanto no Português é um substantivo masculino que se refere ao ato de aceitar algo, ou uma assinatura de título comercial, no Espanhol também é um substantivo masculino, porém, significa óleo, como azeite de oliva ou óleo de cozinha.

     2) Apellido ...

No Português, consiste em um substantivo masculino nominal com referência a uma qualidade de alguém, sendo uma alcunha ou nomeação particular.
No Espanhol, é um substantivo masculino que significa sobrenome, nome de família ou último nome.

     3) Acordarse ...

Ainda que tenha a palavra acordar, com duplo sentido de despertar ou fechar um acordo em Português, no Espanhol a palavra quer dizer lembrar-se
Em Português, é um verbo de regência múltipla e no Espanhol é um substantivo masculino.

     4) Aula ...

No Português, a aula é vista como uma lição ministrada por um professor a um conjunto de estudantes, como aula de matemática. 
Em Espanhol, aula diz respeito especificamente ao conteúdo ensinado, e não à situação da classe.

     5) Brinco ...

Em Português, o brinco é um acessório de beleza utilizado nas orelhas. Por outro lado, em Espanhol utiliza-se como um substantivo para referir-se à brincadeira, enquanto brincar quer dizer pular.

     6) Botiquín ...

Também usado como boteco ou botequim em Português, um tipo de bar popular e de rua. No Espanhol, é um substantivo masculino que significa uma farmácia de bordo ou à maleta de um médico.

     7) Chulo ...

Em Português, é um adjetivo para descrever uma pessoa grosseira e rude, que não tem educação ou delicadeza, mas também pode-se utilizar para descrever um texto ou uma expressão. Por outro lado, pode ser usada no Espanhol para descrever algo que é legal, fofo ou bonito, como uma forma carinhosa de se referir a alguém.

     8) Cola ...

No Português, é utilizado como um substantivo feminino para descrever a cola de papel, ou então como uma gíria que aponta à resposta copiada para exames inscritos, como a cola escolar. 
Em Espanhol, pode ser tanto uma fila de pessoas quanto o rabo de um animal.

     9) Copa ...

Considerado em Português como a parte anexa à cozinha, onde se faz refeições ou guardar alimentos, a Copa é também a sombra de uma árvore, o troféu de uma vitória competitiva ou um torneio esportivo, como a Copa do Mundo de Futebol.
Em Espanhol, por outro lado, refere-se a um tipo de copo específico, semelhante às taças utilizadas para vinho.

     10) Crianza ...

Com pronúncia semelhante ao termo criança em Português, essa expressão em Espanhol diz respeito à criação de algo, ou educação familiar de uma pessoa.

     11) Cachorro ...

Em Português, é uma expressão para se referir ao animal doméstico de estimação. No Espanhol, é uma forma de falar especificamente sobre filhotes, sejam eles de cachorro, de gato ou de outras espécies.

     12) Embarazo ...

Com pronúncia semelhante à palavra embaraço em Português, utilizado para referir-se a um obstáculo ou empecilho, existe uma confusão comum com o termo em Espanhol. Na linguagem espanhola, é um substantivo masculino para gravidez.

     13) Fecha ...

No Português, é caracterizado como substantivo deverbal para a ação de fechar ou bloquear algo. Enquanto isso, no Espanhol é um verbo com o mesmo sentido de datar, estabelecer a data limite ou de vencimento de algo.

     14) Exquisito ...

Enquanto no Português, a palavra esquisito é utilizada como adjetivo para descrever algo anormal, no Espanhol tem o mesmo sentido de algo requintado ou delicioso.

     15) Frente ...

A língua portuguesa utiliza essa palavra como substantivo feminino para descrever algo situado na parte dianteira ou parte anterior que se opõe à parte traseira.
No Espanhol, frente refere-se especificamente à testa.

Resumidamente, e em razão da data - Dia da Língua Portuguesa - tais relações linguísticas revelam uma forte semelhança, devido à sua origem comum no latim vulgar, também conhecido como proto-românica, como dito. Ambas as línguas evoluíram partindo desta raiz, dentro do grupo das línguas ibero românicas, que se desenvolveram na Península Ibérica.
Desse modo residem semelhanças no vocabulário, na sintaxe e conjugação, pois que, tais estruturas gramaticais e a conjugação dos verbos igualmente apresentam muitas semelhanças. 
Fonologicamente, ou seja, os sons da língua, apresenta-se mais variada no português do que no espanhol. Adicionalmente, em razão da Intercompreensão, a semelhança linguística permite uma relativa 'intercompreensão' entre falantes de ambas as línguas, o que é especialmente útil em contextos de viagens e negócios.

Residem diferenças, e tais apresentam-se motivadas pelas seguintes considerações:
  • Pronuncia: Certas palavras e sons pode ser bastante diferente entre os idiomas.
  • Acento: A acentuação das palavras também apresenta diferenças, com o português servindo-se do acento grave, além do agudo e circunflexo.
  • Algumas palavras: Apresentam significados diferentes em português e em espanhol.
Considerações adicionais: Tais idiomas - português e espanhol - apresentam variações linguísticas em diferentes regiões e países, fato que pode gerar algumas diferenças na pronuncia e no vocabulário.

"Portunhol": A proximidade das línguas também gerou a criação do grifo acima, uma espécie de dialeto utilizado em algumas regiões fronteiriças para facilitar a comunicação entre falantes populares de português e espanhol..
  

Por: Roberto Costa Ferreira, 10 de junho de 2025
PEDAGOGISTA -  PSICANALISTA -   PESQUISADOR
CEP UNIFESP-Universidade Federal de São Paulo
HILASA-SP  -  Instituto de História, Letras e  Artes


segunda-feira, 9 de junho de 2025

BEIJO MATERNO ... Da lagartixa à borboleta. O beijo!

 

Beijo de mãe ... Claro mistério do azul etéreo! Sonho sidéreo! LUZ! (Guerra Junqueiro)

Quando uma mãe beija seu filho, algo profundamente extraordinário acontece — não apenas na pele, mas nas regiões mais íntimas do cérebro. Esse gesto desperta uma verdadeira sinfonia neuroquímica de amor, proteção e vínculo. Estudos com neuroimagem revelam que um simples beijo ativa:

— O núcleo accumbens (NAcc), também conhecido como "centro do prazer", cuja estrutura cerebral central envolvida na via de recompensa e nos circuitos de motivação e o sistema dopaminérgico, associados ao prazer e ao fortalecimento do vínculo afetivo.
— A amígdala e o hipotálamo, que processam emoções e reforçam os laços de apego.
— A liberação de oxitocina, o chamado “hormônio do amor”, que aprofunda a conexão entre mãe e filho, reduzindo o estresse em ambos.
— No cérebro da criança, esse contato regula o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, diminuindo os níveis de cortisol e favorecendo um desenvolvimento emocional mais saudável.

Um beijo materno, embora silencioso, é uma poderosa descarga de segurança, amor e memória. Naquele instante, o cérebro da mãe torna-se abrigo — e o da criança, raiz. Por oportuno, os 3 tipos de beijo mais conhecidos são

  • o selinho (beijo de amigo, bastante difundido pela inesquecível apresentadora Hebe Camargo),
  • o beijo de esquimó (nariz com nariz) e,
  • o beijo francês ( beijo de língua).
Estes são apenas alguns exemplos e existem muitos outros tipos de beijo, cada um com seu próprio significado, estilo e elaboração, conforme descrevo também, em torno de mais "quatorze":
  • Beijo cinematográfico: um beijo técnico, sem emoção, geralmente usado em filmes.
  • Beijo arrepio: beijo na orelha.
  • Beijo experimental: beijo com movimentos rotatórios da língua, com a boca sobre o lábio superior do outro.
  • Beijo giratório: beijo com os dois inclinando a cabeça para lados opostos. 
  • Beijo lagartixa: beijo com a língua no olho do parceiro.
  • Beijo tímido: beijo com pouco contato e sem muita emoção.
  • Beijo roubado: beijo inesperado e espontâneo.
  • Beijo apaixonado: beijo com muita intensidade e emoção.
  • Beijo despedida: beijo para marcar a partida de alguém.
  • Beijo de saudade: beijo para expressar a falta de alguém.
  • Beijo de reconciliação: beijo para marcar o retorno de um relacionamento.
  • Beijo na testa: beijo de afeto e carinho.
  • Beijo na orelha: beijo que pode ser um sinal de animação e de desejo.
  • Beijo de borboleta: beijo com os cílios.
O Kama Sutra, por exemplo, descreve 30 tipos de beijo, incluindo beijos nos olhos, na testa e nos dedos do pé. Deve considerar ainda possível o "beijo nos seios"!

Resumidamente, a diversidade de beijos é grande, e cada um deles pode ter significados diferentes dependendo do contexto e dos envolvidos. Contudo, o "beijo de mãe, além de inconfundível, é inesquecível"! 

Por:Roberto Costa Ferreira,09junnhode2025
PEDAGOGISTA - PSICANALISTA -   PESQUISADOR
CEP UNIFESPUniversidade Federal São Paulo
HILASA-SP- Instituto de História, Letras e Artes

SANTO AMARO  - SÃO PAULO - SP.

domingo, 8 de junho de 2025

CARÁ - O TUBERCULO ... Gente, olha o cará ai, ó!


 Gente, olha o cará ai, ó!

Apresento-lhes... O tubérculo.
Transitando pelo mercado eu o vi. Quase me fugiu... Porém, peguei-o na curva. Um pé de cará!

Tal pé de cará tinha um aspecto monstruoso... Algo parecido com a popularmente chamada “elefantíase”, cuja forma sintomática mais conhecida da doença é a filaríase linfática.

A filaríase ou filariose é uma doença parasitária, considerada como doença tropical infecciosa, causada por neumatóides filariais da superfamília Filarioidea, também conhecida como Filariae. A elefantíase é causada quando o parasito obstrói o sistema linfático, afetando principalmente as extremidades inferiores, embora a extensão dos sintomas dependa da espécie de filária envolvida.

Voltando ao cará, o tubérculo, saiu fugido do oeste da África (como D. rotundata), do sul da Ásia (D. alata) ou da China (D. opposita), também chamado de “inhame-da-china”... E veio aportar por aqui, tendo sido espalhadas por viajantes portugueses, espanhóis e árabes. O cará é cultivável e segundo a ONU – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, a espécie Dioscorea trifida (cará doce) é originária da América do Sul.

O padre José de Anchieta menciona o cará em seus escritos, louvando seus valores. Seu nome vem de um termo de origem tupi, através do vocábulo ka'rá. O cará doce foi cultivado pela primeira vez pelos índios nas regiões limítrofes entre o Brasil e as Guianas. Completava a roça dos índios, junto com a mandioca, amendoim, batata-doce, etc. É também chamado de inhame, um nome que se origina de línguas do oeste da África.

Mas, aquele “Ser” de conformação anormal, o cará, que quando devidamente tratado e preparado, ao lado e junto, misturado com tambaqui proporcionando a “costelinha de tambaqui com purê de cará”... Nossa, que bossa!

Nem padre escapa e como hortaliça, o cará é um alimento energético.

Por: Roberto Costa Ferreira, 08jun2014.

Em tempo, tal publicação aconteceu no Facebook em 08 de junho de 2014 / SP, conforme e segundo o link: 
https://www.facebook.com/share/p/1AcCDUHhbk/?mibextid=oFDknk

terça-feira, 3 de junho de 2025

FERNANDO VENÂNCIO - Morreu aos 80 anos ... O maior nome da língua portuguesa moderna ...

 



Fernando Venâncio foi um crítico vocal do Acordo Ortográfico de 1990, posicionando-se com argumentos firmes contra as alterações propostas. Em consequência disso, seu pensamento contribuiu significativamente para o aprofundamento do debate sobre a identidade e a autonomia da língua portuguesa. Com efeito, sua visão sobre o vínculo entre o português e o galego alimentou reflexões cruciais sobre a reintegração linguística.

Além disso, Venâncio escreveu para veículos de renome como o Jornal de Letras e a revista Visão. Suas análises eram frequentemente destacadas por sua perspicácia, clareza e estilo envolvente. Por essa razão, ele foi responsável por trazer discussões complexas da linguística para um público mais amplo, tornando-se uma referência constante no campo dos estudos filológicos.

Ele, nascido em Mértola, Portugal, em 13 de novembro de 1944, faleceu na última 6a. feira, ontem - 30 de maio de 2025, em sua terra natal - e tornou-se uma figura proeminente no campo da linguística e da crítica literária. Sua trajetória foi marcada por uma dedicação inabalável ao estudo da língua portuguesa, o que resultou em contribuições notáveis para o entendimento de sua evolução e estrutura. Desde muito cedo, ele demonstrava uma curiosidade aguda pelas nuances do idioma e pelas ideias que moldam a cultura literária.

Durante a juventude, viveu em Lisboa e completou o ensino secundário em Braga. Mais tarde, passou por Vila Nova de Ourém e Lisboa para estudar Filosofia e Teologia. Posteriormente, em 1970, estabeleceu-se na Holanda, onde se especializou em linguística na Universidade de Amesterdão. Sua carreira acadêmica floresceu na Universidade de Nijmegen e posteriormente nas universidades de Utreque e Amesterdão, o que consolidou ainda mais seu prestígio como estudioso.

A obtenção do doutoramento em 1995 marcou uma virada significativa em sua carreira. Com uma tese dedicada à "linguagem em Portugal durante a época de Castilho", Venâncio aprofundou-se em temas como estilo, norma e preconceito linguístico. Essa pesquisa foi posteriormente publicada e reconhecida como uma obra de referência na linguística portuguesa. Lamentável que poucos saibam!

Por outro lado, entre os principais méritos desse trabalho, destaca-se sua capacidade de desmontar os mecanismos sociais por trás da linguagem formal e literária. Por conseguinte, a publicação resultante, Estilo e Preconceito. A Língua Literária em Portugal na Época de Castilho, trouxe uma leitura crítica e inédita dos padrões linguísticos da época. Como resultado, foi amplamente celebrada por acadêmicos e especialistas em filologia.

Publicou também: "Assim nasceu uma língua: Sobre as origens do portuquês", ensaio premiado que desmonta o mito de que o português deriva diretamente do latim, e recupera as origens galegas do nosso idioma. 

Ao longo de sua vida, muito mais publicou:
     • "A luz e o sombreado",
     • "Objetos achados: ensaios literários", e
   • "O português à descoberta do brasileiro".

Grande estudioso da língua portuguesa, Fernando Venâncio deixou uma admirável contribuição no campo da linguística. Tal campo de estudo, a linguística,  recentemente proposta como matéria a ser abolida pela USP, em São Paulo/Brasil, sob o pretexto de baixa demanda e ausência no ensino básico, fatores que motivam possível medida na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas)... Caso a medida seja aprovada, as licenciaturas em Linguística, Grego e Latim seriam encerradas, mas o bacharelado nessas áreas continuará sendo oferecido.... Santa conveniências!

Nascido na vila de Mértola, dito anteriormente, em Portugal, Venâncio formou-se em linguística geral na Universidade de Amsterdam, onde se doutorou e da qual foi professor. Ensaísta, crítico literário e tradutor, colaborou com veiculos portugueses de destaque, como Jornal de Letras (JL), Expresso, Colóquio/Letras e as revistas Ler e Visão. Ainda, produziu uma série de livros que combinam análise crítica e criatividade literária. Entre suas publicações mais conhecidas estão:

   • Uma Migalha na Saia do Universo (1997);

    • Estilo e Preconceito (1998);

    • Os Esquemas de Fradique (1999);

    • Beijo Técnico e Outras Histórias (2015). 

Essas obras representam diferentes facetas do autor, desde sua veia ficcional até sua habilidade crítica. Em todas elas, nota-se um domínio do estilo e uma fascinação pelo poder das palavras. Além disso, sua escrita sempre buscava instigar o leitor, promovendo reflexões sobre a cultura, a identidade e a língua portuguesa.

O legado de Fernando Venâncio se perpetua nas suas obras e nas ideias que defendeu com paixão até o fim da vida, tendo sido um defensor incansável da diversidade linguística e da valorização da língua portuguesa em sua totalidade. Por esse motivo, seus textos ainda são utilizados em cursos de linguística e literatura em universidades, destacando-se pela atualidade de suas observações e pela clareza argumentativa que sempre o caracterizou.

Além de autor respeitado, Venâncio também se destacou como conferencista e pensador influente. Ele participou ativamente de encontros acadêmicos, congressos internacionais e mesas-redondas sobre o futuro da língua portuguesa. Em virtude disso, seu estilo direto e provocador cativava plateias e estimulava discussões acaloradas.

Em 2017, foi nomeado sócio correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa. Essa honraria consolidou sua posição como uma figura essencial para a filologia lusófona. Entre os motivos de seu reconhecimento estão:
      • A profundidade de suas análises sobre a língua;
     • A defesa do português como herança cultural e,
   • O compromisso com o ensino e a difusão do conhecimento linguístico.

Em síntese, um letrólogo, escritor, intelectual, crítico literário, e académico português, também detentor de nacionalidade holandesa.

Por: Roberto Costa Ferreira, 31maio2025.



terça-feira, 20 de maio de 2025

O PEDAGOGO e seu dia - O PEDAGOGISTA, deste conceito - QUE TAIS?

 

Estatueta produzida na Grécia Antiga,
em terracota. Representa o pedagogo.


Residem duvidas ... Portanto, resumindo, o pedagogo é o "prático" da educação, enquanto o pedagogista é o "teórico". Ambos são importantes para o desenvolvimento da educação e para a formação de profissionais qualificados.

Tendo em vista o perfil profissional do pedagogo, considerando-se uma das graduações mais procuradas, a pedagogia forma todos os anos centenas de profissionais habilitados no ensino e aprendizagem, principalmente na educação infantil.

Portanto, quais as características de um pedagogo e qual o perfil para se ajustar adequadamente nesta área? De fato, um conjunto muito específico de:
 • habilidades, conhecimentos e, atitudes, são indispensáveis para qualquer pedagogo.

Logo, bons exemplos são:
    • a empatia e a sensibilidade, além é claro,
    • da capacidade lúdica e de comunicação, aptidões-chave para um bom desempenho em sala.

Então, se você sente que a pedagogia pode ser a sua adequada graduação, considere também o que realiza um pedagogo e suas melhores caracteristicas.

De modo geral, o pedagogo é responsável por:
     • planejar, executar e avaliar processos educativos,
      • em diversos contextos, pois que,
   • tal profissional atua tanto em instituições de ensino,
     • quanto em empresas, hospitais, ONGs e,
   • outros espaços, desempenhando funções que vão além da sala de aula.

Levando-se em consideração as diversas possibilidades de atuação deste profissional, entre suas diversas atribuições estão:
     • o desenvolvimento de projetos,
     • criação de materiais didáticos,
    • coordenação e orientação de atividades educacionais,
  • além da avaliação do desempenho de alunos e professores.

Ou seja, no ambiente escolar, o pedagogo trabalha na gestão pedagógica, colaborando com a direção e outros educadores para implementar políticas educacionais e melhorar a qualidade do ensino.

Já fora do ambiente escolar, o pedagogo pode atuar em áreas como a educação corporativa,  que, em resumo, voltanos ao topo:

"O pedagogo é o "prático" da educação, enquanto o pedagogista é o "teórico".

Ambos são importantes para o desenvolvimento da educação e para a formação de profissionais qualificados. ajudando na formação e desenvolvimento de funcionários.
Ou também pode ser essencial em projetos sociais, implementando programas educativos voltados para a comunidade, considerando que em todas essas funções, o objetivo principal do pedagogo é a promoção do desenvolvimento integral dos indivíduos, tendo em vista suas necessidades cognitivas, emocionais e sociais.

Pensando em como deve ser o perfil do pedagogo, identifico um conjunto de características que tornam este profissional capaz de lidar com os desafios da educação e promover um ambiente de aprendizado eficaz e acolhedor. Entre as principais características de um bom pedagogo estão:
   • Empatia: A capacidade de compreender e se colocar no lugar dos alunos, respeitando suas individualidades e necessidades emocionais. Tal é fundamental para criar um ambiente de aprendizagem positivo.
     Comunicação eficaz: O pedagogo deve saber se expressar de maneira clara e assertiva, tanto na transmissão de conhecimentos e mediação de conflitos, quanto na interação com colegas e alunos.
 Conhecimento pedagógico: Por oportuno, o bem formado pedagogo deve ter um sólido entendimento das teorias e práticas pedagógicas, estando sempre atualizado sobre novas metodologias e tecnologias educacionais, de modo a enriquecer o processo de ensino-aprendizagem.
     Organização e planejamento: Sendo certo que é preciso ter a habilidade de organizar atividades, planejar aulas e projetos pedagógicos de forma estruturada e eficiente, essa característica garante o desenvolvimento de um ensino de qualidade.
     Paciência: Tal, é de fato uma virtude e no caso dos pedagogos, habilidade indispensável para lidar com as diferentes velocidades de aprendizado dos alunos e com os desafios cotidianos que surgem no ambiente educacional.
  Criatividade e flexibilidade: Ser criativo permite ao pedagogo desenvolver estratégias inovadoras e interessantes que captam a atenção dos alunos e facilitam a aprendizagem.
Já a flexibilidade ajuda na adaptação a diferentes situações, em busca de soluções para os imprevistos de um ensino dinâmico e eficiente. Também:

    Compromisso com o desenvolvimento integral: Um integrado pedagogo se preocupa não apenas com o desempenho acadêmico, mas também com o crescimento emocional e social dos alunos, contribuindo para a formação de indivíduos completos e preparados para a vida.

    Trabalho em equipe: Objetivando uma rede de apoio que beneficie o processo educacional como um todo, a habilidade de colaborar com outros educadores, pais e membros da comunidade escolar é fundamental.

    Paixão pela educação: Dentre tantas habilidades, o que realmente não pode faltar em um profissional de pedagogia é a paixão pela educação. Demonstrar entusiasmo e dedicação pelo trabalho educativo inspira os alunos e cria um clima positivo e motivador para o aprendizado.

Desse modo, sabendo o que um pedagogo faz e quais as habilidades necessárias para atuar nesta profissão, é imprescindível considerar, ainda, como se destacar durante o período de estágio, pois que, é nesta fase da formação e da carreira que se adquire muitas das principais habilidades de um pedagogo.

Portanto, é preciso saber se destacar diante da vasta concorrência. Portando,  seguem-se algumas valiosas orientações para aproveitar bem o período de estágio, como:

   • Engajamento Proativo: participe ativamente das atividades e demonstre interesse genuíno pelo aprendizado e crescimento;

     • Observação Atenta: observe e aprenda com as práticas pedagógicas e métodos de ensino dos professores experientes;

   •Relacionamento Interpessoal: construa boas relações com professores, colegas e alunos, estabelecendo uma rede de apoio;

    • Capacidade de Adaptação: mostre flexibilidade ao lidar com diferentes situações e se adapte rapidamente às mudanças no ambiente escolar;

  • Dedicação ao Desenvolvimento Pessoal: aproveite oportunidades para participar de workshops, cursos e leituras adicionais que enriqueçam seu conhecimento e habilidades.

Outros cenários da atuação pedagógica são fundamentais para se considerar, como ao exemplo no relato:

- Pedagogia Hospitalar e sua atuação no mercado.

A educação pode assumir diversas formas e atuar em ambientes variados, se adaptando às necessidades de cada criança e adolescente.

Neste contexto, quando o papel do paciente toma o lugar do estudante, é a pedagogia hospitalar que garante o desenvolvimento deste jovem.

Este profissional de pedagogia atua de forma solidária, nutrindo o aprendizado deste paciente, trazendo a vivência escolar que lhe falta.

Mas essa atuação vai muito além do conhecimento escolar, servindo como apoio emocional e por vezes psicológico.

- o que faz um pedagogo hospitalar?

A função central de um pedagogo hospitalar é a educação especial dentro dos hospitais, oferecendo suporte educacional e pedagógico a crianças e adolescentes internados por períodos prolongados.

Desta forma, o profissional e a instituição de saúde podem assegurar ao paciente a continuidade do processo de aprendizagem durante o tratamento médico.

Entre as principais funções de um pedagogo hospitalar estão:

     • acompanhamento escolar em conjunto com a escola de origem do estudante;

   • realização de atividades pedagógicas que seguem o currículo escolar e se adaptam ao estado de saúde e bem-estar do paciente;

     • integração com a equipe médica, como médicos, enfermeiros, psicólogos e outros profissionais da saúde.

Desta forma, cria-se um ambiente favorável à recuperação do paciente, respeitando suas limitações físicas e emocionais;

     • orientação às famílias, oferecendo todo o suporte necessário para a continuidade dos estudos e o apoio ao aprendizado em casa;

   • adaptação de materiais didáticos e pedagógicos para atender às necessidades específicas de cada paciente.

Além disso, outro ponto pilar muito importante no desenvolvimento da pedagogia hospitalar considera-se:

     • o suporte psicoemocional.

Neste sentido, o papel do profissional é prestar apoio emocional e psicológico por meio de atividades lúdicas e educativas.

Com isso, a criança aprende a lidar com a hospitalização de forma mais leve, o que colabora para a redução da ansiedade e do estresse.


Por:Roberto Costa Ferreira,20maide2025.
PEDAGOGISTA - PSICANALISTA -   PESQUISADOR
CEP UNIFESPUniversidade Federal São Paulo
HILASA-SP- Instituto de História, Letras e Artes
SANTO AMARO  - SÃO PAULO - SP.