Grau°

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Avô do ex-presidente e a Proclamação. Um Século e o Militar que sugeriu o Fuzilamento da Família Imperial Brasileira!

Ainda, por conta dos atos de Proclamação da República, em 1889 o alferes Joaquim Ignacio Baptista Cardoso (1860-1924) avô do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ajudante de campo de Floriano Peixoto, ficou conhecido por sua sugestão para que se fuzilasse o Imperador Dom Pedro II e a Família Imperial Brasileira caso houvesse qualquer resistência contra a Proclamação da República. Assustado com a proposição do Jovem Militar de 29 anos, Benjamim Constant reclamou, “o Senhor é um sanguinário!”. 

Joaquim, o alferes, era filho de Felicíssimo Espírito Santo Cardoso (1835-1905), político Conservador do Império. Nascido em 24 de junho de 1860. Ingressou no Exército como soldado voluntário em 15 de julho de 1875, aos 15 anos, no 20º BC de Goiás e cadete de 2ª classe, 13 dias depois. Sentou praça em Goiás, no 20º BC, em 15 julho de 1875 e ali foi aprovado em Infantaria e Cavalaria. Destacou-se como burocrata: 

  • furriel, tal expressão que tem origem no francês “fourrier”, ligado à palavra “forragem” e que, diante da significação militar designava um posto em razão das forças armadas, próximo à primeira graduação da categoria de sargento, acima de cabo, e sua função estava ligada à logística e distribuição de suprimentos para as tropas, depois, 
  • quartel mestre (intendente), tendo ali servido na Infantaria e Cavalaria de 1876-81.

Como 1º sargento, em 1881, matriculou-se na Escola Militar da Corte onde se destacou "pela sua aplicação e distinção", revelando dificuldades em Matemática e Desenho. 

  • Foi promovido a Alferes de Cavalaria em 20 out 1884, sendo felicitado em Boletim "por sua promoção bem-merecida". 

Teve destacada participação na propaganda de conspiração e Proclamação da República, conforme escreveria 50 anos mais tarde seu filho major Leônidas Cardoso

Às onze horas da noite de 6 de novembro de 1889, um grupo de militares havia se reunido na casa do tenente-coronel Benjamin Constant Botelho de Magalhães, professor de matemática da Escola Militar da Praia Vermelha e diretor do Instituto dos Meninos Cegos. O objetivo era tratar dos preparativos para a "revolução". Entre eles estavam o capitão Antônio Adolfo da Fontoura Mena Barreto, os tenentes Saturnino Cardoso e Sebastião Bandeira, o aluno da Escola de Guerra Aníbal Elói Cardoso e o alferes Joaquim Inácio Batista CardosoNa conversa, todos se manifestaram de acordo com o uso das armas para depor a Monarquia. 

Combinou-se um plano pelo qual os participantes ficariam encarregados de: 

  • agitar os ânimos nos quartéis, 
  • estocar armamento e munição e, 
  • traçar em detalhes o golpe a ser desfechado nos dias seguintes.

A certa altura, porém, Benjamin Constant mostrou-se preocupado com o destino do imperador Pedro II:

    — O que devemos fazer do nosso imperador? — perguntou. 

Fez-se um minuto de silêncio, quebrado pelo alferes Joaquim Inácio:

      — Exila-se — propôs.

      — Mas se resistir? — insistiu Benjamin.

      — Fuzila-se! — sentenciou Joaquim Inácio.

Benjamin assustou-se com tamanho sangue-frio:

      — Oh, o senhor é sanguinário! Ao contrário, devemos rodeá-lo de todas as garantias e considerações, porque é um nosso patrício muito digno. 

Por uma ironia da história, o “sanguinário” Joaquim Inácio Cardoso, então com 29 anos, viria a ser avô de um futuro presidente da Repúblicao manso Fernando Henrique Cardoso. Para fortuna de Pedro II, no dia 15 de novembro haveria de prevalecer a posição de BenjaminEm vez de fuzilado, como queria Joaquim Inácio, o imperador seria despachado para o exílio.  

Foi mencionado por, Urias Silveira em 1890 como entre os "moços empolgados por um ardente ideal, no afã patriótico do interesse que manifestavam pela causa pública, sentiram-se arrastados a precipitar a marcha evolutiva da transformação política, com o afastamento de seu cenário do vulto respeitável do Imperador D. Pedro II."

Com seu regimento (o atual Andrade Neves) reduzido e a pé, e armado de espadas, clavinas e revólver, protegeram a Artilharia até o Campo de Santana, onde: 

  • em 15 novembro de 1889, teve lugar a deposição do Gabinete Ouro Preto e, 
  • a proclamação, de fato, da República. Junto ali estava seu irmão Augusto Ignácio como aluno da Escola Militar da Corte. 

Joaquim Ignácio como conspirador pela República, havia sido um dos 42 integrantes do Exército e Armada que ingressaram no Clube Militar em 5 novembro 1889, além de ser um dos 160 signatários do Pacto de Sangue firmado nos dias 11 e 12 novembro, "de acompanharem Benjamin Constant até a resistência armada".

Estava de prontidão a cerca de uma hora da madrugada de 15 de novembro, junto do capitão Hermes Rodrigues da Fonseca (futuro Presidente) que lhe transmitiu mensagem do marechal Deodoro, destinada ao Major Solon, no sentido de que:

"o rompimento devia ser feito pela manhã, pois só a esta hora poderiam desembarcar as forças navais ,"que apoiariam o movimento." 

Em 16 novembro de 1889, acompanhou o porto-alegrense major Solon Ribeiro, pai de Ana de Assis, futura esposa de Euclides da Cunha, até a presença do Imperador D. Pedro II, para:

  • entregar-lhe a carta depondo-o e, indicando-lhe o exílio, em função da Proclamação da República no dia anterior

Em 24 janeiro 1890, tenente, foi como homem de confiança do Governo do Presidente Marechal Deodoro, comissionado Major Fiscal (subcomandante) do 2º Batalhão da Brigada Policial do Distrito Federal, que comandou de 12 abril a 27 maio 1890. Então, passou a Fiscal (subcomandante) do Corpo de Cavalaria da Brigada Policial do Distrito Policial onde foi elogiado por sua atuação "no controle à greve de carroceiros e cocheiros do Rio de Janeiro" e por "haver evitado incidentes entre as sociedades carnavalescas rivais". E, mais, "por haver restabelecido a ordem em conflitos ocorridos em 30 janeiro 1892".

Ao deixar a Polícia, em 21 agosto 1892, depois de mais de 2 anos a ela servir como subcomandante e comandante de Unidades de Cavalaria e Infantaria, foi elogiado assim:

"por relevantes serviços prestados desde a Proclamação da República".

Ainda tenente foi comissionado tenente coronel comandante do Corpo de Cavalaria da Polícia de São Paulo por 7 meses, de 11 outubro 1892 a 25 abril 1893, antes de eclodir a Guerra Civil 1893-95 que enlutou o Rio Grande do SulSanta Catarina e Paraná.

Retornou como tenente ao Rio onde tomou parte no combate a Revolta da Armada na Guanabara e por tal participação contou em dobro, os seguintes serviços prestados no combate a mesma e a Guerra Civil no Sul: 

  • 6 setembro 1893 – 2 fevereiro 1894: A disposição do comando da Escola Militar da Praia Vermelha, guarnecendo as defesas de Botafogo e Copacabana contra 1/5 da Armada revoltada. 
  • 3 fevereiro – 13 mar 1894: Como capitão Ajudante de Campo do Ajudante General do Exército general  Bibiano Sérgio Fontoura Costallat, o encarregado do combate na Baia da Guanabara da Revolta da Armada.

Nesta função trabalhou duro na coordenação das medidas militares para combater a Revolta até a chegada da Esquadra Legal adquirida pelo mal Floriano nos EUA, Inglaterra e Prússica e operada por: 

  • oficiais e marinheiros fiéis, 
  • oficiais do Exército, 
  • alunos de nossas escolas militares e, 
  • marinheiros estrangeiros contratados nos EUA.

Foi aí que por várias vezes fez a ligação entre o Presidente Floriano Peixoto no Itamarati e o seu chefe e Ajudante General do Exército executivo do combate à Revolta no Rio.

  • 24 fevereiro – 21 mar 1895: Em serviço no 6º RC de Santa Vitória do Palmar, (atual Regimento João Manuel de São Borja), destacado em Osório - RS (atual) no combate a Guerra Civil 1893-95, próximo de seu final no Rio Grande do Sul.  

Em 1896 foi Ajudante de Ordens do Presidente de Goiás, de onde retornou para o 1º RC (atual Dragões de Brasília) e se casou em 23 dez 1886, aos 26 anos, com D. Leonídia Fernandes Cardoso que conheceu ali em São Cristóvão, próximo do Quartel do Regimento. Moça que chamava muita atenção

  • dos militares do Regimento, "junto com mais duas irmãs por serem 3 morenas muito bonitas".

Deste consórcio tiveram 16 filhos, que descontados 5 que não se criaram, acompanharam o casal pelo Brasil afora.

Em 1888, ainda sem filhos vivos, fez sua derradeira tentativa de cursar a Escola Militar. Esteve destacado em 1889 no 2º RC (Regimento Osório atual) em Jaguarão e de lá foi mandado para o 8º RC em Curitiba. Foi nesta missão ,em Curitiba, que em 24 fevereiro 1889, nasceu-lhe seu filho Leônidas, o pai do presidente, seguramente concebido e gerado no Rio Grande do Sul. Em 1911 foi louvado por sua atuação no combate a Revolta dos Marinheiros ou da Chibata em 1910, liderada pelo marinheiro Manuel Cândidode Encruzilhada do Sul -RS.

Encerraria a sua carreira militar em 5 maio 1923acusado de participação em conspiração na Revolução de 1922, em Mato Grossocomo comandante da 1ª Circunscriçãosendo preso por mais de 100 diasde 19 ao a 2 dezembro 1922, a bordo do Scout Ceará, na Baia da Guanabara.

Abalado moralmente, acreditamos, pela ingratidão e desconsideração por seus relevantes serviços, inclusive na propaganda, proclamação e consolidação da República, faleceu em junho 1924.

 

Por: Roberto Costa Ferreira - 05nov25.
Prof,Pesquisa,Pedagogista,Med-MEng
HILASA-SP-Instit.História Letras Artes
SANTO  AMARO  -  SÃO  PAULO  -  SP.

Fonte:

https://www.ahimtb.org.br/fhc.htm/ Os presidentes: a história dos que mandaram e desmandaram no Brasil,

Colaboração: Rodrigo Vizeu.

Conformehttps://www.facebook.com/share/17jLwoUUKD/

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Uma águia ... Uma mulher! Conselhos de mãe.


Uma águia, retornando de seu voo, no encontro, aconselhou uma mulher sobre a melhor forma de criar os filhos:

  Você está bem, mãe humana? — perguntou a águia. A mulher, surpreendida, olhou para ela.

  — Estou com medo, meu bebê está prestes a nascer e eu tenho tantas dúvidas... Eu quero dar o melhor para ele, quero que sua vida seja fácil e bonita, mas como saberei se estou criando ele bem?

A águia observou a mulher e, tendo interrompido seu voo, descida perto dela, teceu breve comentário:
  — Criar um filho não é fácil. Não é uma questão de "estar tudo confortável". Na verdade, é o oposto! Quando meus aguiantes nascem, o ninho está cheio de penas e ervas macias, eles têm um lugar onde podem descansar, onde se sentem seguros ...
Mas, quando chega o momento em que eles precisam aprender a cuidar de si mesmos, eu tiro tudo isso. Só deixo os espinhos!

A mulher franziu a sobrancelha, confusa:
   — Espinhos? Por que torná-lo tão difícil?
A águia olhou para ela com seriedade observando:
 — Porque os espinhos incomodam...  E esse desconforto é necessário. Eles não ficam aí esperando que tudo lhes seja servido. Os espinhos obrigam-nos a procurar um lugar melhor, a crescer ... Conforto não lhes ensina nada...

A mulher pensou nas palavras da águia, mas ainda tinha dúvidas, questionável...
     E o que você faz quando eles caem?      — perguntou, intrigada.
A águia respondeu, com muita segurança:
  — Atiro-os para o ar. No início, eles caem porque o vento os vence, mas eu os salvo. Levanto-os com as garras e atiro-os de novo ... De novo e de novo, até que eles aprendam a voar sozinhos! Sabes o que faço depois? Vou deixá-los ir. Já não os ajudo mais!

A mulher olhou para ela, com os olhos abertos, sem entender completamente:
  — Não suporto a dependência — continuou a águia. Meus filhos precisam aprender a voar, eles precisam aprender a ser fortes sozinhos. A vida não é sobre mantê-los em um ninho suave e seguro o tempo todo ... Se eu cuidar muito deles, se eu mantiver eles no meu ninho para sempre, não vou ensinar nada. Eles têm que encontrar o seu caminho, e eu sei que o encontrarão.

A mulher, olhando para a águia, respirou fundo ... Manifestando-se indagativa:
  — Então devo deixar meu filho sofrer um pouco? — disse a mulher, um pouco medrosa. A águia acenou.
  — Não é sofrer. É aprender! E mesmo que te doa, mãe humana, o melhor que podes fazer é ensiná-la a ser forte. Não segure, não apapache o tempo todo. Fá-lo voar!

No entendimento, "apapache" é uma palavra que provém do espanhol, mas tem origem na língua indígena nahuatl (dos Astecas), e seu significado pode ser traduzido como "abraçar com o coração" ou "acariciar com a alma".

A mulher acenou, acariciou sua barriga, meigamente, olhou para a águia por um longo momento e então, sorrindo, se despediu do pássaro:
  — Obrigado, Mãe Águia — sussurrou enquanto se afastava. Seus conselhos são muito valiosos!
A mulher seguiu seu caminho, disposta "a ser a mãe que seu filho precisava":  
  • firme, corajosa,
  • uma mãe que a ensine a voar!

Se você quer que seu filho voe alto ... Não faça tudo por ele. Não o mantenha em um ninho de conforto. Águias empurram seus filhotes para fora do ninho, deixam-nos enfrentar os contratempos, os espinhos, porque sabem que só assim aprenderão a voar.

Não tenha medo de vê-los cair. Você, como a águia, estará lá para levantá-los, mas não os mantenha sob sua asa para sempre. Deixe-os enfrentar o vento ...
Deixe-os aprender a ser forte!

Amor verdadeiro não é protegê-los de tudo, é ensiná-los a voar, mesmo que isso signifique deixá-los cair. Deixe-os encontrar o seu caminho, mesmo que tropecem no processo.

Roberto  Costa  Ferreira, 25 mar 2025.
PROF. -PSICANALISTA-PESQUISADOR
HILASA-SP -Instit. História, Letras, Artes

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

DIA DO RADIALISTA - O PODER da MENSAGEM!


Numa quinta-feira do dia 6 de outubro de 2011, uma Missa foi celebrada em homenagem aos 11 anos da morte do radialista Hélio Ribeiro (no destaque em video), " O Poder da Mensagem". José Magnoli (seu nome verdadeiro), faleceu aos 65 anos no dia 06 de outubro de 2000, vítima de uma parada cardiorespiratória.

Ele estava internado no Hospital São Cristóvão, na Mooca, zona leste de São Paulo, desde 26 de setembro daquele ano. Seu corpo foi sepultado no cemitério da Quarta Parada, também na zona leste da capital paulista. Nascido em 24 de julho de 1935, faleceu em 6 de outubro de 2000 na condição de exímio radialista, também diretor, jornalista, narrador, locutor e apresentador.

O "Memorial Hélio Ribeiro" (www.helioribeiro.com), convidou na oportunidade,  todos os familiares, amigos e admiradores do saudoso radialista para essa Missa que resultou  realizada na quinta-feira (6), as 20h, na Igreja de São Judas Tadeu (Igreja Nova), próximo a estação São Judas do Metrô, oportunidade que estive presente, reverenciando o brilhante amigo.

Por falar em Hélio Ribeiro, se você quiser recordar o saudoso comunicador visite o site ou ouça o programa "O Poder da Mensagem" todos os domingos, as 8h da manhã e ao Meio-Dia, pelas Rádios Trianon AM (740 kHz - São Paulo/SP) e Universal AM de Santos (810 kHz). Acredito, ainda ativo, o referido site, atualmente, noticiado à época.

Ele era o "Correspondente Musical"! E, seu apresentante no rádio, por sugestão de sua esposa a Sra. Sônia Ribeiro, com quem foi casado até 1988, foi o Dr. José Blota Jr., o "Apresentador Gênio", a "Elegância no Ar", conhecido como "Blota Jr.", que fora um advogado, apresentador, empresário, jornalista, locutor, político, roteirista e produtor de rádio e televisão brasileiro. Notórios na arte televisiva, tal magnífico casal!

Neste mês no qual se reverencia a Comunicação, com a proximidade do dia passado que marca a estreia da TV brasileira (18 de setembro de 1950) e do anterior Dia do Radialista (21 de setembro), o Dia do Radialista é comemorado oficialmente no Brasil em 7 de novembro. Contudo, em 21 de setembro p.p. também se comemorava o Dia do Radialista. Isso acontecia porque o dia já era comemorado anteriormente, até que a lei nº 11.327, de 24 de julho de 2006, instituiu a nova data.
Recomendo acompanhar o destaque do site "Memorial Hélio Ribeiro".

Em setembro de 2000, às vésperas de ser vitimado por uma parada cardiorespiratória, aos 65 anos, o radialista analisou os rumos que o rádio e a TV vinham tomando no país.
Para ouvir e refletir sobre o pensamento de um dos principais homens de rádio que o Brasil já teve, reitero que acesses o sugerido Memorial.

Nas pesquisas de áudio, tais trazem a íntegra de trechos usados para falar também da origem da Rádio Capital e da ameaça desta emissora, naqueles tempos, ser vendida para uma determinada igreja. São áudios, que mesmo no YouTube, nos proporcionam da série de homenagens aos profissionais desses meios de comunicação de massa que fascinam e fascinaram tanto os brasileiros.
Minhas homenagens a todos aqueles que trabalham no rádio ou na TV pelo dia do Radialista hoje!

Já, anos 60 tal voz dominava o cenário radiofônico de São Paulo e levava sonhos, expectativas e emoções a milhares de pessoas,  como eu, em todo o interior do Brasil. Era a voz inconfundível de Hélio Ribeiro - um comunicador que poderia tranquilamente ter se deitado e se acomodado na grande vantagem com que Deus lhe dotou - uma voz única que só por ela o teria levado rumo ao sucesso.

Mas esse homem fez muito mais. Tornou-se o mais talentoso comunicador, levando aos seus ouvintes além do poder da voz, o poder de mensagens maravilhosas que com certeza encontram – se até hoje no coração de muitos e muitos que tiveram oportunidade de acompanhá-lo em uma das inúmeras emissoras em que atuou entre elas a Bandeirantes.

Bacharel em Direito pela Universidade Mackenzie; jornalista, publicitário, pintor, escultor, compositor, professor de Comunicações da USP; redator da UPI; detentor do mais extraordinário currículo em comunicações.

Este foi Hélio Ribeiro, que emprestou seu talento às seguintes organizações brasileiras: Rádio Tupi (duas vezes), Rádio Difusora (duas vezes), Rede Piratininga Jovem Pan (duas vezes), Rádio Bandeirantes (duas vezes), Rede Capital de Comunicações e Radio Globo.

Nos Estados Unidos, atuou, como narrador, nas seguintes empresas cinematográficas:
  • Paramount Pictures,
  • Metro Goldwyn Mayer,
  • Twentieth Century Fox,
  • Columbia Pictures e Universal International.
Hélio Ribeiro, também, ainda consagrou-se:
  • Correspondente nos Estados Unidos do Sistema Globo-Excelsior de Jornalismo e,
  • Rede Bandeirantes de Rádio;
  • Aprovado em concurso para a Voice of America (V.O.A.);
  • Correspondente nos Estados Unidos do Jornal Propaganda & Marketing;
  • Produtor Associado da Fundação Cásper Líbero.
Diretor e apresentador do programa O Poder da Mensagemveiculado e retransmitido pelas seguintes emissoras:
  • Rádio Gazeta (SP),
  • Jovem Pan (SP), Tupi (SP),
  • Gaúcha (RS), Cultura (GO),
  • Difusora (Mogi Mirim-SP),
  • Atlântica (Santos-SP),
  • Independência (PR), Itatiaia (MG),
  • Bandeirantes (SP) e,
  • Radio Globo além de uma centena de afiliadas.
Nascido e  falecido nos tempos acima  referidos, foi imortalizado para sempre na dedicação, admiração e iniciativa de um grupo de amigos que transformaram o seu legado em "fantástico memorial" que em minha opinião deve se acessado e conhecido não só por aqueles que se lembram de seu trabalho mas também por aqueles que queiram conhecer a verdadeira essência do lugar de destaque que a comunicação exerce na vida das pessoas.

Além de gravações, livros e mensagens, os interessados terão acesso também à Rádio Helio Ribeiro onde poderão tirar todas as dúvidas sobre o que trouxe presentemente. Acrescente-se que, "O Poder da Mensagem" de Hélio Ribeiro foi transmitido por algumas das principais emissoras de rádio de São Paulo, entre as décadas de 60 e 90. A voz única e a interpretação marcante do comunicador faziam o ouvinte refletir por meio de frases e pensamentos ora contundentes, ora bem-humorados.

As mensagens de Hélio Ribeiro continuam a ecoar mesmo depois da morte dele, em 2000. Fãs dos valores irradiados pelo criativo diretor e apresentador de rádio criaram o Memorial Hélio Ribeiro. De lá pra cá, se empenham em digitalizar trechos de programas, retransmitir e até dar novo sentido a esse poder da mensagem.

É o caso da homenagem editada no Memorial Hélio Ribeiro que foi enviada por Sidney Magrini, que tive o privilégio de conhecê-lo, por ocasião do aniversário de 75 anos da Rádio Bandeirantes, em 2012.

Por: Roberto  Costa Ferreira, 05nov15.
Prof.,Pesquisa,Pedagogista,Med-MEng
HILASA-SP-Instit.História Letras Artes
SANTO AMARO - SÃO PAULO - SP.




Na imagem, Salomão Ésper, José Paulo de Andrade e Joelmir Beting, considerados 'grandes nomes do rádio' em São Paulo / SP.



Nesta imagem, o radialista Hélio Ribeiro, detentor do programa "O Poder da Mensagem".

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

DIA NACIONAL DA LINGUA PORTUGUESA - 5 de novembro


Em 5 de Novembro de 2023, momento que lembrei-me da Morte do cineasta mineiro Humberto Mauro (40 anos), falecido em 5 de novembro de 1983 em Volta Grande/MG, filho de Caetano Mauro, um imigrante italiano, e de Tereza Duarte, mulher mineira culta e poliglota,  nascido numa fazenda de Volta Grande, mesma cidade onde veio a falecer, perto de Cataguases, na Zona da Mata do estado de Minas Gerais, tornando-se um dos pioneiros do cinema brasileiro, fazendo filmes entre 1925 e 1974, sempre com temas brasileiros, escrevi este texto, que ora republico.

Também vivemos o Dia da Cultura e da Ciência - comemoração do Brasil, que foi criada pela Lei Nº 5.579 de 19 de maio de 1970, e também é conhecida como "Dia Nacional da Ciência e Cultura Brasileira", sendo certo que tal data que existe no Brasil desde 1970, foi criada para reconhecer a importância da cultura e da ciência como pilares fundamentais para o desenvolvimento do país. Mas, e principalmente o "Dia Nacional da Língua Portuguesa" - comemoração estabelecida pela Lei Nº 11.310 de 12 de junho de 2006.

Assim, no dia 5 de novembro comemoro o Dia Nacional da Língua Portuguesa, data instituída em 2006 a partir de um projeto apresentado no Senado como forma de homenagear o aniversário do escritor, jurista e político Ruy Barbosa, um dos defensores da língua no Brasil.

Portanto, ainda  em tempo, vez que vivemos a  semana em curso, entre 5 e 11 de novembro, momento que temos a Semana do Dia Nacional da Língua Portuguesa e, também convém lembrar, por oportunidade, dos 120 anos de nascimento de Ary Barroso, também  mineiro de Ubá/MG,  em 16/11/1903 e falecido no Rio de Janeiro em 1964, filho do Dr. João Evangelista Barroso, deputado estadual e promotor público, e da mãe Dona Evangelina, adotado pela avó, Sra. Gabriela e sua tia-avó D. Rita e, com esta última iniciou o aprendizado do piano.

Um dos precursores do gênero samba-exaltação, é autor de Aquarela do Brasil, seu samba mais famoso. Carioca de adoção e fanático pelo Flamengo, foi, além de compositor, locutor de futebol e radialista. Deixou uma grande obra com centenas de composições que incluem clássicos como "No rancho fundo" e "Camisa Amarela".

“O objetivo posto em lei foi ressaltar a Língua Portuguesa falada no Brasil como expressão cultural, tendo em vista que se trata de uma variedade da língua entre outras, sendo esta um traço da identidade sociocultural dos brasileiros, pois é falada em todo o território nacional”.

A data é complementar ao 5 de maio em que se comemora o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Outros países além do Brasil que falam português são: Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Guiné-EquatorialMoçambiquePortugalTimor-Leste São Tomé e Príncipe.

“Fica evidente que ter uma data leva à reflexão sobre os estudos linguísticos e gramaticais, destacando a língua como um instrumento fundamental para interação social e socialização de saberes”.

Portanto, sim, neste dia -  5 de novembro - celebramos o nosso primeiríssimo instrumento de interlocução na vida: o idioma que aprendemos a falar, quando ainda pequenos.

Tal registro no calendário, como dito acima, é uma homenagem também a Ruy Barbosa, grande estudioso da língua portuguesa.  O notável escritor e político brasileiro nascido em 5 de novembro de 1849 - Ruy Barbosa de Oliveira - um polímata brasileiro, tendo se destacado principalmente como jurista, advogado, diplomata, filólogo, jornalista, tradutor e orador.

Desse modo, nosso calendário oficial passou a contar com a celebração a partir do decreto de lei acima referido.

Ah, e para finalizar, só a título de curiosidade, oportunamente ... Sabia que São Paulo é considerada a cidade com maior concentração de falantes de português do planeta?

Ainda, considere a maior palavra, qual seja:

  • pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico

“Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela…
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: ‘meu filho!’,
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!”
Olavo Bilac

Feliz Dia da Língua Portuguesa!

Por:Roberto Costa Ferreira,  05nov25.
Prof,Pesquisa,Pedagogista,Med-MEng
HILASA-SP-Instit.História Letras Artes
SANTO AMARO - SÃO PAULO - SP.



CICLO de PALESTRAS - HILASA-SP/ EDUBRAZ 2025

 
Com as devidas recomendações para que estejam atentos aos novos lançamentos de obras pertinentes, todas relativas ao território de abrangência de Santo Amaro, bem como às edições de seus autores, membros integrantes do HILASA-SP/ EDUBRAZ.

Tais instituições culturais solidamente assentadas e voltadas para o cenário da cultura, organizações privadas sem fins lucrativos que atuam e que gerenciam equipamentos e serviços culturais e, quando preciso, em parceria com o poder público, como teatros, museus e grupos artísticos, tais são instituições culturais.

Sempre com a missão reconhecida de se envolver na conservação, interpretação e disseminação do conhecimento cultural, científico e ambiental, e promover atividades destinadas a informar e educar os cidadãos sobre aspectos associados da cultura, história, ciência e meio ambiente, são promotores, dentre outras tantas ações culturais, a exemplo de exposições, restauração de memória s e patrimônios, produção de livros, filmes e oficinas culturais, tais que, são alguns dos principais exemplos, situadas dentre as instituições sociais do país.

Neste momento, como bem dito nos vídeos a seguir recentes, e nas observações de seus diretores, diante da expansão de suas atividades, e bem requerida pelas suas dimensões físicas, cuja unidade do HILASA - Instituto de História, Letras e Artes de Santo Amaro mereceu ampliadas instalações e consagradas na inauguração mediante Palestra versando sobre sobre tema pertinente.

Um brilhante momento, repleto de ousadia e coragem, pois que, tal ato significante, resultante de  uma ação notável e impactante envolvendo tomar uma atitude audaciosa, com convicção e sem se deixar paralisar pelo medo ou receio de insucessos.

A ousadia se manifesta na iniciativa de ir além do convencional e correr riscos calculados, enquanto a coragem é a força interior para agir, apesar do temor. Quando combinados, esses elementos resultam em um feito memorável que pode gerar grandes transformações.

É o que cremos e, portanto, realizamos. Inauguramos nova sede, situada em local privilegiado, mais ampla e adequada para os ideais previstos. É o que cremos!

Por: Roberto Costa Ferreira - 15out25.
Prof.,Pesquisa,Pedagogista,Med-MEng
HILASA-SP-Instit.História Letras Artes

acerca dos mistérios do Cemitério de Santo Amaro/SP.

A Profa. Dra. Inez Garbuio Peralta, em complemento de fala contempla demais assuntos e orientações pertinentes. 


MOMENTO FELINO!

Profa. Rosana Zornetta  palestrando - Inst. de História Letras e Artes-HILASA-SP

Referindo-se a diversas coisas, desde os estágios de vida do gato, como filhote, jovem ou idoso, até comportamentos específicos, como o miado para pedir atenção, o carinho ao passar nas pernas do tutor, ou até mesmo um momento de tranquilidade e relaxamento, como no "momento zen" de um gato.

O tempo de breve palestra disse mais, descrevendo interações divertidas,  momentos de relaxamento e até mesmo desafios comportamentais.

Disse do tempo de vida, dos adequados cuidados e da troca nessa interação. Um momento oportuno e agregador dito por quem conhece e professa tal saber!


Parabéns Profa. Rosana Zornetta!

Por: Roberto Costa Ferreira - 25out25.
Prof,Pesquisa,Pedagogista,Med-MEng
HILASA-SP-Instit.História Letras Artes
SANTO AMARO - SÃO PAULO - SP.






quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Hoje é o Dia Internacional da Alfabetização - 08 de setembro!

Estou aqui há algumas horas preparando esta postagem e pensando no que falar a respeito do tema. Ao pesquisar as imagens sobre a data, vi muitas ligadas ao universo infantil, ou seja, a alfabetização sendo relacionada a crianças. Somos brasileiros e, por motivos óbvios, sabemos que a alfabetização do nosso país não está ligada apenas ao universo infantil.

Há muitos jovens e adultos que estão se alfabetizando neste momento, por isso não quis associar a data de hoje apenas ao universo infantil. O ideal seria que essas pessoas tivessem a oportunidade de se alfabetizar na infância, mas não foi possível. Que bom que elas estão tendo essa chance agora!

Parabéns a todos os educadores que se propõem a alfabetizar não só as crianças, mas também os jovens e os adultos. É por meio da alfabetização que podemos mudar de maneira significativa os rumos do nosso país.

De outro modo temos um outro cenário, distante da preocupação básica, elementar e convenientemente tratada. Assim creio! E não é esta abordagem agora. A outra preocupação refere-se considerar que há um século, ser analfabeto significava não saber ler ou escrever. Nos países desenvolvidos, esse problema agora é residual.

Mas outro tipo de analfabetismo está surgindo. Mais sutil, mais difícil de detectar, com mais nuances e talvez tão decisivo quanto: não saber interagir com a IA - dita "inteligência artificial".

Essa nova alfabetização não se trata de saber programar ou entender como os modelos funcionam. É algo mais básico:

     ·         saber fazer boas perguntas,

     ·         saber ler as respostas e, acima de tudo, 

     ·         saber desconfiar!

Desconfiar não de forma paranoica, mas com critério. Distinguir quando estamos usando a IA... e quando a IA esta nos usando...

Algumas pessoas usam esses sistemas como se fossem um Google vitaminado ou uma calculadora com esteroides. Ele faz uma pergunta, copia a resposta e pronto... Outras pessoas — cada vez mais — estão aprendendo a conversar com eles. A expandir seus limites. Para gerar ideias que nem a máquina sozinha nem eles sozinhos teriam sido capazes de produzir. Pois que, a tal "inteligência artificial é natural"!

A chave não é a ferramenta, mas como você a usa. E para isso, é preciso ter conhecimento em IA. A questão vai além de quem faz o quê com o ChatGPT. Sistemas como o Deep Research estão começando a automatizar tarefas que, até recentemente, eram executadas sistematicamente. Embora seja tentador comparar os impactos da automação por IA com os das revoluções industriais do passado, essa visão é limitada!

A IA é, possivelmente, mais transformadora do que o motor a combustão ou a própria internet, pois representa uma mudança fundamental na forma como decisões são tomadas e tarefas são executadas. Ela não é:

     ·         apenas uma nova ferramenta ou fonte de energia, mas,

  ·   um sistema capaz de aprender, se adaptar e tomar decisões de forma autônoma em praticamente todos os setores da economia e aspectos da vida humana.

Justamente por possuir essas capacidades, por escalar de forma exponencial e não estar limitada por fronteiras geográficas, a IA já começou a superar os seres humanos em diversas funções. Isso sinaliza o advento de uma era de inteligência pós-humana. O Goldman Sachs estima que:

     ·         46% das tarefas administrativas e,

     ·         44% das atividades jurídicas poderão ser automatizadas na próxima década.

Nos setores financeiro e jurídico, funções como:

     ·         análise de contratos, detecção de fraudes e,

   ·   consultoria financeira estão sendo cada vez mais desempenhadas por sistemas de IA, que processam dados com maior rapidez e precisão do que os humanos.

Instituições financeiras vêm adotando rapidamente a IA para reduzir custos e aumentar a eficiência, o que coloca em risco muitas funções de entrada nesses mercados. Bancos globais podem cortar até 200 mil empregos nos próximos três a cinco anos em razão da automação por IA. Ironicamente, empregos em programação e engenharia de software estão entre os mais vulneráveis à expansão da inteligência artificial.

Embora se espere que a IA aumente a produtividade e torne tarefas rotineiras mais eficientes —beneficiando tanto programadores quanto não programadores —, alguns profissionais da área confessam:

     ·         estar se tornando excessivamente dependentes das sugestões geradas pela IA,

     ·         o que pode enfraquecer suas habilidades de resolução de problemas.

Este é um panorama possível e próximo. Portanto, reitero meus parabéns àqueles que agem, praticam exercitando o ofício de alfabetizar, sem considerar instâncias, mesmo aqueloutros meramente preocupados com a abordagem!

Parabéns,  mesmo!

Por: Roberto Costa Ferreira - 30ago25.

Prof, Pesquisa,Pedagogista,Med-MEng

CEP/UNIFESP - Univ.Federal São Paulo

HILASA-SP-Instit. História Letras Artes

SANTO AMARO - SÃO PAULO - SP.

#diainternacionaldaeducacao

#8desetembrodiamundialdaalfabetização

#linguaportuguesa

 

sábado, 6 de setembro de 2025

10 ANOS, ANIVERSARIANDO ... CONSELHEIROS & MOVIMENTOS - Santo Amaro/SP!

Logotipo do Fórum Regional de Saúde Sul desenvolvido por seu coordenador Roberto Costa Ferreira. 

Na atualidade os Movimentos tenderam a ter uma nova configuração:
• porque suas ações passaram a ser mais propositivas,
• do que reivindicativas!

Na oportunidade, em 1970, onde tinha 20 anos e conhecera minha esposa, restou nacionalmente reconhecido por sua proporção e conquistas, o Movimento de Saúde da Zona Leste (MSZL), em São Paulo, que teve início nesta década - de 1970 -  e foi um dos principais pilares da construção popular do Sistema Único de Saúde (SUS), em 1988, dentro do pacote de transformações sociais que trouxe a Constituição Federal.

Mesmo passado mais de 55 anos, o SUS continua sendo tido como um modelo de política pública do setor em todo o mundo.
O Brasil é, inclusive, um dos cinco países do mundo que tratam a saúde como um direito universal e gratuito para todas e todos. E todos colaboramos!
Mas falar do início desta política é, automaticamente, remeter-se à atuação de um conjunto aguerrido de mulheres periféricas que, organizadas e mobilizadas por mais direito à saúde em seus próprios bairros, essas mulheres foram as grandes responsáveis pela criação dos primeiros equipamentos públicos de saúde nos bairros periféricos de SP, onde a omissão do Estado sempre soou mais alto, reunidas quer nas assembleias afins, organizadas, elas se tornaram, além de locais para  cerimônias religiosas, espaços de encontros para mobilização política.
mediante associações comunitárias e de bairros, cotizadas e identificadas com o propósito de desenvolvimento social, econômico, de atenção à saúde em prol da comunidade.

Era então o povo reunido gritando, já naquela época, por representação e reconhecimento de suas demandas junto ao poder público.
Assim como demais donas de casa e outros membros atuantes por direitos da região, inspiraram-se, principalmente, no proposito onde:
“A gente começou se organizar por causa do padre Xavier, que veio pra cá paro Burgo Paulista. Ele falava pra gente se organizar, que o bairro precisava de um monte de coisa, de posto de saúde, de creche. Eu nunca tinha saído de casa pra coisa de partido. Ele foi tentando aglomerar. Nessa época, a igreja tava mudando, se ajustando as realidades locais. A partir dessas reuniões a gente começou a ver as necessidades, o que precisava. E a periferia tava abandonada, largada”, relata Dalva.

“Meu irmão mais velho começou a participar da comunidade São Pedro Apóstolo (Vila Industrial), que era bem envolvida com  a questão social. De lá houve uma organização para melhoria do bairro. Teve o movimento pelo transporte, aí teve a primeira linha de ônibus pro Parque Dom Pedro. Teve movimento para luz, para escola. Mais a maior luta foi a da saúde”, afirma Teresa Mariano, 70, moradora da Vila Industrial, região sudeste de São Paulo.


Assim, também do proposto Conselho de Saúde que, por volta de 1975/80, nascia no Jardim Nordeste (zona leste de SP), mobilizando mais de 8 mil pessoas, que saíram de suas casas para decidir por meio do voto quem seriam os conselheiros e conselheiras de saúde no bairro, exercendo grande influência.

Era o povo gritando, já naquela época, por representação e reconhecimento de suas demandas junto ao poder público.

Antes da criação do SUS, apenas aqueles que tinham emprego formal e carteira assinada, e, portanto, estavam inseridos no mercado financeiro de trabalho, que tinham acesso à saúde.

Até ali, o serviço não era oferecido diretamente pelo Estado, mas por meio de fundos de aposentadoria. O resultado disso era a intensificação das desigualdades, já que só tinha direito aos cuidados no setor quem apenas quem contribuia com a Previdência.
Dona Dalva da Silva, 60 anos, que conheci "velhinha" pois que atuava na região vendendo livros, e ela era moradora da Vila União, na zona leste de São Paulo, é hoje uma memória viva desse período permeado por ausência de direitos.

E aqui trago parte de seu relato:

“Na época não tinha o SUS, só o INPS e só tinha direito quem era registrado em uma empresa. Por isso que depois que entrou o SUS, muito tempo depois, sendo um atendimento de direito universal. Isso veio depois, com a batalha dos movimentos de saúde para o atendimento ser universalizado. Aqui no Burgo ( bairro da zona leste), foi essa organização que fez implantar o primeiro posto”.

Dois grandes fatos foram fundamentais para o que aconteceu a partir da zona leste e se estendeu para as outras regiões periféricas em SãoPaulo:
• um deles foi a presença da Igreja Católica nos bairros e o outro,
• a atuação dos médicos que pensaram, junto às comunidades, a Reforma Sanitarista no Brasil.

Tal exemplo prolifera até hoje na região de Cangaiba/Penha, onde o politoco/medico, ex-vereador Gilberto Natalício atua por cerca de 55 anos, atendendo nos fins de semana a comunidade carente, em local -região do Cangaiba - onde, para festas de fim de ano, eu e famíliares de minha esposa  comprávamos leitão para engorda e posteriormente Natal!

Queria aqui pontuar que, não fora a atuação através do Movimento Polular de Sto. Amaro - que nestes tempos vive seus 10 anos de Vida - eu não estaria/teria atuado no CMS.

E  lá vivido com estreita colaboração da STS SACA que, na Supervisão da Dra. Mariangela/Cidade Campos, me referendadas para representar na EtSUS/SUL, e lá, neste conjunto de forças, ter o privilégio de - compartilhar Marcelo Scrocco, diretor - construirmos um "painel local", retratando:
• "o quadro de violência infantil na periferia da zona Sul".
Tal virou apresentação no CMS que originou a equipe multidisciplinar atuante na saúde das Supervisões local, sob o olhar do Secretário de então e da Dra. Sandra Sabino, propositura da experiência local em M'Boy Mirim.

Na Escola Municipal, resultado das experiências da EtSUSSul, apreciamos projetos e ajudamos aprovar passagens marcantes:
• Aprovação da Atuação Enfermeira nas frentes de atendimento nas Unidades de Saude;
• Aprovação da atuação e ampliação dos requisitos obrigatórios de "manutenção do FARMACEUTICOS nas Farmácias em Postos de atendimento em UBS;
• Revestido e ampliação das competências do Docto. Norteador (partindo de 2013, para as conferencias);
• Estudo com olhar jurídico da Norma 141e respectivas responsabilidades;
• Adequação das bases para estudo, nas Conferências, quer de âmbito Municipal, Estadual e por consequência Estaduas, através de Competencia Delegada ao CMS de São Paulo momento que eu e a conselheira  adjunta da Comissão de Educação Permanente "fomos investidos nesta tarefa, "atendendo ao requisito de construção, partindo de PROPOSTAS para DIRETRIZES, construindo o legado de estudo "do Que são Diretrizes";
• E toda a vivência e experiência que eclodiram nas ações decorrentes - com o CORTES, momento que construímos os primeiros textos do Hábitos e Procedimentos

Por: Roberto Costa Ferreira - 30ago25.
Prof,Pesquisa,Pedagogista,Med-MEng
HILASA-SP-Instit.História Letras Artes
SANTO  AMARO  -  SÃO  PAULO  -   SP.