Deus nos ampara afim de que
amparemos aos mais necessitados, que a nós mesmos.
Ajuda-nos para que ajudemos.
Sustenta-nos a Fé, para que apoiemos os irmãos que vacilam. Em suma, essa é a
Norma de Luz da Providência Divina:
“Auxilia e serás ajudado”.Mesmo na hora atribulada da crise... E já há sinais antecipados, vermelhos, no caminho desta experiência, que podem indicar queda provável na obsessão:
- Quando entramos na faixa da impaciência;
- Quando acreditamos que a nossa dor é maior;
- Quando imaginamos maldade nas atitudes das pessoas que nos cercam...
- Quando julgamos que o Dever é apenas dos Outros...
Assim, toda vez que um destes
sinais surgir no trânsito de nossas ideias, a Lei Divina estará presente, recomendando-nos:
- A Prudência de parar no socorro da prece, ou ainda,
- Na Luz do Discernimento.
E quando falo em Luz do Discernimento... Em meio ao
bulício e à agitação do mundo, medite nas presenças serenas... Apenas feche os
olhos, por um tempo, e pense na Fonte
Eterna, Luz de todos:
- Mais do que a energia, pense na serenidade da consciência. Que ela seja seu guia.
- Mais do que no Conhecimento, entre na sabedoria, que dispensa toda teoria.
- Mais do que nas emoções, flutue nos sentimentos reais, que são curativos.
- Mais do que o que você pensar sobre si mesmo, sinta-se ligado a uma Luz Maior.
Então, você sentirá o toque sutil
dos sábios em seu coração. E a paz perene...
- Como Ser de Luz, você perceberá de onde brota essa profundidade pacífica...
- Você a reconhecerá, não intelectualmente, mas, simplesmente, em espírito.
- Sim, por entre as batidas de seu coração, você receberá a inspiração secreta...
E talvez você veja, espiritualmente, um olhar sereno e
cheio de Amor.
Considerem! O Grande Mistério não está apenas na vida, mas em você mesmo. Mas
só se descobre isso mergulhando na vastidão do universo interior. Assim fizeram
os sábios de todas as eras e se realizaram na Consciência Maior. Eles viajaram pelos planos interiores e
revelaram o divino neles mesmos.
- Conheceram os diversos níveis espirituais e se encantaram com o Todo.
- Conhecendo a si mesmos, abraçaram o mundo em silêncio.
- Liberados das travas do Egoísmo abençoaram a humanidade.
- Tranquilos e serenos passaram a velar secretamente pelos homens.
- Quietinhos, projetaram pensamentos virtuosos em favor de todos.
É assim... Oposto à Luz do Discernimento, pode surgir O Mal e este é a Privação do
Bem!
Aqui, estou falando do lembrando Kardec - Hippolyte Léon Denizard Rivail que foi um influente educador, autor e
tradutor francês. Sob o pseudônimo de Allan
Kardec, notabilizou-se como o codificador do Espiritismo, também denominado de Doutrina Espírita. No seu Capítulo V do Evangelho Segundo o
Espiritismo, Bem-Aventurados os aflitos, na Justiça das aflições, causas
atuais e anteriores das aflições.
Também apoiado no Cap. XXVIII
– Coletâneas de Preces – Preces Gerais, do mesmo Kardec onde, num trecho
diz:
“Assim se explicam, enfim, todas
as anomalias aparentes da vida; é a Luz lançada sobre o nosso passado e nosso
futuro, o sinal radioso da vossa soberana justiça e da vossa bondade infinita”.
“Não nos abandoneis à tentação, mas livrai-nos do mal... Dai-nos, Senhor, a força de resistir às sugestões dos maus espíritos que tentarem nos desviar do caminho do bem, em nos inspirando maus pensamentos”.Senhores, a questão do Bem e do Mal se constitui sempre num ponto de grandes discussões:
- No campo do Pensamento e,
- da Religião, atualmente transferindo-se,
- à Ciência, e com as mesmas dificuldades de compreensão.
Eu encontrei em um famoso Doutor
da Igreja, argelino – Agostinho de
Hipona - que foi um dos mais importantes teólogos e filósofos dos primeiros
anos do cristianismo cujas obras foram muito influentes no desenvolvimento do
cristianismo e filosofia ocidental – 13/11/354 D.C. à 28/08/430 D.C., Hipona –
Argélia, a melhor explicação sobre esse fenômeno – que depois conseguiu
deslocar para o trabalho psicoterapêutico, tendo resultados incríveis,
principalmente com as pessoas acentuadamente nervosas.
O conhecido autor de Confissões chegou à conclusão de que “o
pecado seria nada mais do que a privação do bem”:
“Tudo aquilo que é, é necessariamente bom, pois a ideia do Bem está inspirada na ideia de Ser”; “a Natureza do Mal deve ser encontrada no conceito absolutamente contrário ao de Deus, como ser, ou seja, no não-ser”.
Trazendo-o para a Psicopatologia, podemos notar que a
doença seria nada mais do que a Negação,
a Omissão, ou a Alteração do que é, do que é São (Verdadeiro). Houve sempre uma discussão, no
plano filosófico, e hoje com os vários filósofos sobre o ser humano, com a
seguinte interrogação: “Quando a alma (o
psíquico) teria sido criada”? Mais
do que a história do Ovo e Galinha!
E a opinião mais corrente dos
autores da Idade Média (Tomás de Aquino) foi que... “Ela
começaria a existir no momento da fecundação, quando houvesse a penetração do Gameta
no Óvulo – por obra mediata, ou imediata, de Deus” (nesse exato momento, ou um pouco posterior, não importa).
Estou querendo dizer que a Psique humana não incorre nos mesmos
problemas genéticos do corpo. Isto é uma grande sorte para nós e, também,
mostra-nos a possibilidade de um desenvolvimento notável!
Quando mais próximos da nossa Natureza, mais perto estamos da nossa Realidade. Ou seja, que analisando
nossa estrutura fundamental, vemos:
- na Base, os Sentimentos;
- depois, a Intuição e,
- a Consciência.
Porém, quando entramos no Raciocínio e na Vontade, mais pertencente ao “Reino do Homem”, é que poderemos notar
todo o desvio que realizamos em relação à Vida, ao Amor, à Verdade.
Tal fenômeno demonstra também a Perfeição do Ser Humano, mesmo na "capacidade de errar pra acertar", no "livre arbítrio", no fator de
união Corpo & Alma e,
principalmente, a validade do organismo (físico) no existir humano:
“... quanto maior o respeito que tivermos a um e ao outro (matéria e espírito), mais perfeitos seremos em toda a nossa conduta”.
Saibam todos e considerem: a
Doença é a Elaboração, portanto, "mais refinada", por tal dita "ser diabólica", enquanto que
a Sanidade está na Simplicidade.
Henri Bérgson - foi um filósofo e diplomata francês. Conhecido principalmente por Ensaios sobre os dados imediatos da consciência, Matéria e Memória, A evolução criadora e As duas fontes da moral e da religião. Recebeu o Nobel de Literatura de 1927. Nasceu em 18/10/1859, falecendo aos 81 anos em 04/01/1941, disse que:
Henri Bérgson - foi um filósofo e diplomata francês. Conhecido principalmente por Ensaios sobre os dados imediatos da consciência, Matéria e Memória, A evolução criadora e As duas fontes da moral e da religião. Recebeu o Nobel de Literatura de 1927. Nasceu em 18/10/1859, falecendo aos 81 anos em 04/01/1941, disse que:
“o princípio da filosofia estava nela” – eu digo mais...
“A própria Vida, a Base, a Origem residem no que é mais simples possível. O ser humano só pode criar uma coisa: a Patologia. Todos os sistemas que inventou falharam, porque são geralmente opostos à realidade. A atitude de Sanidade consiste em um esforço contínuo para permanecer na Realidade, pois a invertemos e, agora, tentamos continuar no Dolo, mas sem as suas consequências nefastas. Sanidade são os momentos de aceitação da Realidade. Só o fato de termos vida deve ser um motivo constante de alegria porque Existir não pode significar outra coisa do que ser e, Ser é a Felicidade, o Bem e a Glória”!
Desejemos ou não, temos o mesmo
destino de nosso Criador, o Grande Arquiteto do Universo e, este
fato está gravado em cada pedaço de nosso corpo, em cada recanto da Alma – e, como todos sabemos, a
finalidade de Deus é o bem eterno. Este é o único motivo de nosso adoecimento:
não querer ser feliz, “imortal” e “eterno” (quanto ao futuro), segundo a
imagem e semelhança de quem nos criou.
Roberto Costa Ferreira,
Set. 2011 – FEESP/SP,
Reavaliado e
estruturado para a Psicografia, 12/11/16.
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