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quarta-feira, 1 de abril de 2020

ESCOLA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS/SP - 30 ANOS em 2020!



A inspiração é que me toca neste momento. Na  inspiração,  é realizada  a  entrada  de  ar  nos  nossos pulmões, movimento essencial para a obtenção de oxigênio e vida no coração!

A inspiração é como um bebê. Não esconde uma hora decente para chegar ao mundo. Não tem nenhuma consideração com o pobre poeta... Mas, é uma loucura envolvente, reunindo nenhum ato de bondade, por menor que seja, jamais será desperdiçado. Esta frase é atribuída aos Sonhadores, mas que, nesta oportunidade me cotizo a tantos outros atores que, juntos, comemoram esta oportunidade, colaborando na construção, na realização desta história, “que tem que continuar a ser escrita”, bem afirmado por sua atual diretora Rosana Cristina – Escola Municipal de Saúde – SMS – SP.

Nesta dimensão, na destinação, na atuação e aproximação como membro integrante do Conselho Municipal de Saúde de São Paulo, quer a Coordenação da Comissão de Educação Permanente, como membro ativo do GTEP – Grupo de Trabalho em Educação Permanente para o Controle Social na SMS/SP, e que se estreita ao GTEPS Grupo Técnico de Educação Permanente em Saúde daquela escola, do qual também sou participante, configurando-se como fluxos de apreciação e encaminhamentos para aprovação de projetos para as capacitações, tudo sob o olhar e participação colaborativa das suas ramificações através das Escolas Regionais, tão bem conduzidas por seus coordenadores que, ora reunidos cantamos “parabéns pra você... Parabéns pelas histórias e estórias contadas”, muito bem dito pelo amigo e dirigente da ETSUS-Sul – Marcelo Scrocco, cujo valor preditivo de sua expressão de empatia reitero: “É um privilégio poder dividir um pedacinho desta linha do tempo com vocês!

Senhores, venho numa demonstração de confiança falar, momento que me enche de orgulho, uma justa exaltação por pertencer a tal oportunidade, da qual só recentemente me aproximei, por uma espécie de timidez que me tolhe o impulso de tentar algo que me pareceu ambicioso demais. Um fato já passado, momento que a instituição sede, o prédio da Escola Municipal de Saúde se viu ameaçado de lá, onde se situa, não mais permanecer. E ides permitir que lembre aqui, neste momento solene, um fato já decorrido, que muito me espremeu o coração, diria, já antigo! O que talvez vos seja novidade é o fato do qual, atuando como personagem, vencendo minha timidez decidi, já entrando nas estratégias, endereçar àquela instituição que queria como a um “amor de coração” um pedido de esclarecimentos e satisfações que, surpreso, respondeu-me o meu consciente: “Senhor, por que vindes tão tarde?

Por que lembrar este fato, num momento grato ao meu coração e à minha inteligência? Porque me pareceu ouvir, na oportunidade, “uma voz coletiva”, vinda em minha direção a questionar-me: “Senhor, por que tão tarde? Por que mais tarde que qualquer um de nós outros?” E, enchendo-me de coragem, responder-vos: “Pelo mesmo motivo que levou o velho poeta a retardar o tempo de sua plena realização. Aceitei-me tal como sou e permiti-me dizer o que sinto”. São palavras simples, de agradecimento até, mesmo pelas confianças creditadas, até pelo conjunto de soluções e realização da obra, do feito!

O prédio lá está, majestoso e sereno, até modestamente proporcionando-me “gentil sombra quando transito externamente por suas calçadas”, como que querendo minimamente contribuir para manter as memórias deste senhor, que num determinado dia também abraçou, com tantos e como tantos, num abraço de proteção, de preservação de sua destinação de promover a formação, o desenvolvimento e o aprimoramento profissional dos servidores públicos, dos trabalhadores das organizações parceiras, residentes, estagiários e dos membros dos conselhos gestores  vinculados às unidades de saúde da Secretaria Municipal de Saúde da cidade de São Paulo, e talvez,  quem sabe, rompendo esta minha timidez, atreva-me a pretender lá ingressar e, quem sabe, saboreie um café sempre posto à entrada do auditório, local onde muitas vozes se ouvem e as tenho ouvido, mesmo que distante, em eco!

Por enquanto canto, baixinho e no meu canto, timidamente, sempre discreto, sereno e contraído, como que “no pé do ouvido”, mas, em consonância, como na sístole ventricular do coração cujas valvas, a semilunar aórtica abre-se, o ventrículo e a aorta tornam-se uma câmara comum, e a pressão em ambos sobe em uníssono. O sangue não reflui para trás em direção ao átrio. Então, bombeemos certeiros! Deixemos o entusiasmo exacerbado para oportuno momento, pois que, sempre costuma falar auto e mais forte esta nossa justa emoção!

Parabéns pra você, Escola Municipal de Saúde, plena de gente contagiante, vibrante e aconchegante, em cuja essência são detentores de tal estrutura triúna. Esta verdade ora expressa de forma clara e inquestionável: de corpo, alma e espirito!

Roberto Costa Ferreira, 30 de Março de 2020


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