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quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

O Dia de Hoje! Clarice Lispector - Centenário de nascimento e aniversário de data - 10/12/1920.

 


Tem dia que não rezo não. Sinto que estou esperando para rezar... Tem dia que rezo. Por tudo, tudo de bom, hoje e sempre!

Tem coisas na vida que até esqueço. Outras coisas não. Coisas na vida, da vida, as vezes esqueço.

Tem pessoas na vida que até mesmo esqueço... Às vezes lembro. Por vezes não quero lembrar.

Tudo depende, na vida, na morte. Eu sempre fiz tudo devagar... As vezes quero que o tempo pare, por vezes dispare. Por vezes quero nele ficar... Como que “dormente”, até pra sempre.

Tem momentos inesquecíveis, outros sofríveis, momentos que vem de dentro... Tudo vem de dentro.

Mas quando vem de fora, do outro, de dentro do outro, então quero que tudo aquilo fique aqui por dentro, e queria que tudo aquilo de dentro de mim partisse, ficasse como que colado dentro do outro!

Foi assim o meu encontro. Que durou pouco. O suficiente para que entrássemos um no outro. Isso... Tudo! Um dentro do outro, muito próximo um olhando dentro do olho do outro. Como que penetrando teso, inteiriço e duro, um n’outro!

Foi um lance! Que “pintou” como que num “transe” ... Inebriante! Que para mim perdura constante.

Tal reflexão, e, normalmente, as reflexões de cunho psicológicos são efetuadas pelas pessoas que “pensam”, “que questionam” o que as “rodeiam”. E a reflexão psicológica é muitas vezes utilizada na filosofia. Assim, refletir é pensar, abordar um tema, que nos intriga, por vezes “lembrar do inesquecível”, “amar”, falar do “amor impossível”, impassível naquele momento, tal que não suscetível de “padecer”, de “sofrer”, apenas “querer” ... Nem que fora por um instante, pois que, mesmo que se queira esquecer devemos primeiro lembrar!     

Então, como referido no texto objeto do blog adiante: “Clarice aniversaria, portanto Inesquecível...!” Lembro que no dia de hoje ela faleceu, 8 anos de tempo decorrido, após tê-la conhecido – Leme/RJ, 1969 – no auge dos seus 48 anos! Deixou-me! Deixou-nos a exatos 43 anos – 9 de Dezembro de 1977, no Rio de Janeiro.

A maior escritora judia desde Franz Kafta, cuja obra está repleta de “cenas cotidianas e tramas psicológicas”, reputando-se como uma de suas principais características “a epifania de personagens comuns em momentos do cotidiano”. Como que “um sentimento que expressa uma súbita sensação de entendimento ou compreensão da essência de algo. Podendo ser ainda “tal qual um termo usado para a realização de algo, um sonho com difícil realização”. Literal e filosoficamente, sugere que alguém “encontrou a última peça do quebra-cabeças”. Pode ser. Talvez que num destes “cotidianoseu estivesse presente como a um ensaio ... Será!

Em verdade, o que importa é que, embora nascida Ucraniana e chegada ao Brasil em 1922 – 2 anos de idade – com seus pais, sempre disse: “Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo” e que sua verdadeira pátria era o Brasil, esta na qual amanhã comemoraremos seu aniversário de nascimento – 10 de Dezembro.

Roberto Costa Ferreira, 09 de Dezembro de 2020.

Membro  Relator e  Pesquisador  nos  Comitês

Ética/Pesquisa: CEP/USP-UNIFESP/HSP-HU

Um comentário:

  1. No texto acima, momento que comemoramos seu centenário, Clarice Lispector, nascida Chaya Pinkhasovna Lispector, escritora e jornalista brasileira nascida na Ucrânia e tendo nos seus primeiros momentos de vida, junto aos seus pais, fugindo da perseguição aos judeus durante a Guerra Civil Russa - 1918/1920 - é considerada uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX, destacadamente na terceira fase do modernismo brasileiro, marcada pelo estilo intimista, maior escritora judia partindo de Franz Kafka, tendo por religião o Judaísmo. Conhecia em decorrência de estudos, de várias línguas além do português, como francês, hebraico, inglês e lídiche. Resultou naturalizada brasileira, dizendo-se pernambucana, tendo falecido às vésperas de comemorar seu 57º aniversário. Que alma, que personalidade, quanta escritora, que conteúdo... Fantástica!

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