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sábado, 13 de dezembro de 2025

Sexta-feira 12 de dezembro - Dia Mundial da Saúde Universal e a Confraternização no contexto da FEESP/A-3

 


Nesta edição do blog, duas considerações são pertinentes e merecedoras de destaque: Dia Mundial da Saúde Universal e a importância da  Confraternização sob a ótica de sua significação e seu poder.

O Dia Mundial da Saúde Universal, também chamado de Dia Internacional da Cobertura Universal de Saúde é celebrado anualmente em 12 de dezembro, este ano, numa 6a. feira.

A data foi criada por meio da Resolução 72/138 adotada na Assembleia Geral das Nações Unidas em 2017.
Tal aprovação da referida resolução foi o ponto de partida para que o Grupo do Banco Mundial e a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificassem a Cobertura Universal de Saúde como:
     • prioridade a todas as nações e,

  • imprescindível para o alcance do desenvolvimento sustentável,
    • reafirmando, assim, a saúde como direito humano.

Desde então, deu-se início à luta pelo direito à cobertura de saúde a todas as pessoas até 2030, data para a conquista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Pois bem, o objetivo da campanha em curso é conscientizar sobre a necessidade de sistemas de saúde fortes e de cobertura universal, com parceiros de várias áreas, de forma a promover:

   • o acesso universal a cuidados de saúde de qualidade,
   • tendo em conta o seu impacto para o desenvolvimento internacional sustentável.

Para o alcance de todos esses quesitos, segundo especialistas, são necessárias ações globais, além da participação e envolvimento de diferentes atores.

E diferentes atores presentes e dispostos se cotizaram para confraternizar ... Pois que, o ato de CONFRATERNIZAR refere-se a um convívio social e amigável, que tem o poder profundo de:
     • fortalecer laços,
   • melhorar o bem-estar mental, espiritual e,
  • reforçar o sentimento de pertencimento a um grupo social ou afins, convivendo fraternalmente com outros indivíduos.

É um convívio ou socialização, muitas vezes entre pessoas que têm e reunem sentimentos ou opiniões semelhantes, promovendo ideais afins! Também, tais comemorações colaboram para a empatia e o sentimento de pertencimento:
   • Trazem a melhoria das relações e,
     • o rompimento de barreiras,
  • reduzindo também as distâncias entre os conviventes.

O desenvolvimento pessoal e espiritual ainda é beneficiado por meio da troca de experiências, como se verifica, por exemplo, entre os conviventes da longeva Família do A-3 da FEESP - fato que nos leva a explorar um conceito muito profundo dentro da doutrina espírita, que vai além dos laços consanguíneos e se aprofunda nas afinidades espirituais e nas revelações divinas.
A sigla "A-3" na verdade se refere a uma importante classificação doutrinária na Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP)

O interesse pelo "confraternizar e o poder da confraternização" toca em um aspecto fundamental da experiência humana:
     • a necessidade de conexão social e de pertencimento.
Em um mundo frequentemente marcado pelo isolamento, pela correria do dia a dia e pelas interações digitais, a confraternização surge como um oásis de humanidade, um momento intencional para nutrir relações e celebrar a união.

A etimologia da palavra, que remete a "tornar-se irmão" (do latim con + frater), já nos dá uma pista da profundidade desse conceito, que vai muito além de uma simples festa ou evento social. 

Confraternizar é pois, fundamentalmente, o ato de conviver de forma fraternal, ou seja, com a união e o carinho que se espera entre irmãos ou amigos muito próximos. É um momento de socialização que ocorre, muitas vezes, entre indivíduos que partilham sentimentos, opiniões ou objetivos semelhantes. Esse convívio pode assumir diversas formas, desde um jantar casual entre amigos e irmãos, como o havido, até grandes eventos corporativos de fim de ano ou celebrações religiosas. 

Mais do que apenas estar no mesmo espaço físico, a confraternização envolve uma interação genuína, a partilha de experiências e a criação de memórias duradouras. É a capacidade de baixar a guarda, de se descontrair e de se conectar em um nível mais pessoal e menos formal, o que é crucial para a saúde das relações, sobretudo, humanas com vistas ao aprimoramento espiritual, tal nível elevado superiormente belo!

Desse modo, verdadeiro poder da confraternização reside nos seus múltiplos benefícios psicológicos, sociais e até mesmo organizacionais. Quando as pessoas se reúnem com um propósito de união e celebração, ocorrem transformações notáveis:
  • Fortalecimento de Vínculos e Espírito de Grupo: Ao proporcionar um ambiente descontraído, a confraternização permite que as pessoas se vejam além de seus papéis habituais (como confrades de mesma irmandade, colegas de trabalho, por exemplo). Isso quebra barreiras hierárquicas e fomenta a camaradagem e a intimidade, fortalecendo o espírito de equipe e a lealdade.

  • Melhora do Bem-Estar Mental e Emocional: Participar de eventos sociais e sentir-se parte de uma comunidade aumenta a felicidade e melhora a saúde mental geral. A troca de experiências e o riso compartilhado funcionam como válvulas de escape para o estresse, reduzindo a ansiedade e o isolamento social, que são problemas crescentes na sociedade moderna em curso.
 • Estímulo ao Desenvolvimento Pessoal e Empatia: Através da interação, aprendemos novas habilidades sociais e expandimos nossos horizontes. A troca de vivências com pessoas de diferentes idades ou origens fomenta a empatia e a compreensão mútua, essenciais para uma sociedade mais harmoniosa.
 • Reconhecimento e Motivação (no Contexto Profissional): Em empresas, as confraternizações de fim de ano são momentos poderosos para reconhecer o esforço individual e coletivo, valorizando os colaboradores. Isso não apenas aumenta o engajamento e a motivação para o novo ciclo, mas também ajuda a reter talentos, mostrando que a organização se importa com o bem-estar de sua equipe. 

Em suma, a confraternização é um lembrete vital de que, como seres sociais, prosperamos na companhia uns dos outros. É uma prática que enriquece a vida, seja no âmbito pessoal, familiar ou profissional, criando uma teia de suporte e carinho que nos ajuda a navegar pelos desafios da vida com mais leveza e resiliência.

Portanto, o ato de confraternizar não é apenas um evento em si, mas sim um investimento contínuo na qualidade das nossas relações e na construção de um ambiente mais positivo e acolhedor para todos. É uma celebração da vida compartilhada e da alegria de estarmos juntos, celebrando conquistas e reforçando o compromisso com o sucesso coletivo. 

Enfim, tudo muito justo e perfeito, pois que, os temas ao início propostos - Saude Universal e Confraternização -  se justapoem num arranjo estratégico que, longe de gerar conflito ou dissonância, pode e resultam de fato, numa "magnífica consonância", tal forma sofisticada de harmonia que surge do equilíbrio de forças diferentes, porém, congruentes e necessarias, promovendo tal magnifica consonância!

Próspero Ano Vindouro são votos prolíferos e certeiros!

Nesta oportunidade, o local eleito resultou na Pizzaria Moraes: Av. Brigadeiro Luiz Antônio 1438/ SP.

Por: Roberto Costa Ferreira - 25nov25.
Prof,Pesquisa,Pedagogista,Med-MEng
HILASA-SP -Instit.História Letras Artes
SANTO AMARO - SÃO PAULO - SP.

Nesta imagem, duas personalidades magnânimas,
Sr. Euripedes,  sorrindo  e  sentado e,  Rudi,  por
mim abracado, queridos amigos, e outros  mais!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Cartografia de um corpo-comum. Entre nós, o que somos se revela!

Convite dos graduandos 20025

Um convite surpresa me fora proposto. E uma proposta de convite é sempre emocionante! 

Parece que algo inesperado e misterioso estava a caminho ... Luiza Catterine, agora jovem de pouco mais de vinte anos, era a anfitriã. O ambiente era convidativo ... E lá eu estava uma vez solicitada a presença. No mundo da etiqueta, “quem convida dá banquete”. É mais do que um ditado, é um princípio de cortesia. Tal qualidade de ser gentil, educada e amável no tratamento, refletindo respeito, atenção, delicadeza e respeito provinha da minha amada graduanda!

Luiza Catterine, prestigiada graduanda, formanda Dança 2025. 

Eu estava ansioso, atento aos detalhes, pois que, o local do convite me trazia lembranças de um tempo de criança, remetendo-me às condições de vivência física angustiantes, intimamente ligados a estados emocionais, como angústia, ansiedade ... Tal manifestação comum da interação mente-corpo, momento que o bem-estar psicológico afeta diretamente a saúde física, alcançando-me até perto dos 15 anos. Em diante, não mais prosperou. Aprendi a superar. 

bairro da Mooca, nesta cidade, era o local do estabelecimento da então Fundação São Paulo Alpargatas Company S.A. Ali, em 1907 criou-se a primeira “Alpargatas Roda”, um calçado extremamente popular, cuja cobertura de lona impermeável e resistente, tendo sida produzida neste contexto industrial, muito usado por trabalhadores nas plantações de café da região, sendo então o meio auxiliar de minha locomoção. Muito usei até os limites do possível, momento que “despontavam-se os bigodes” ... Desfiava-se o solado de corda de cizal trançada. Então, aparava-os! 

No local havia, agora, um lindo teatro vinculado a um excepcional contexto de UNIVERSIDADE. Antes, quando da minha infância e parte da juventude, resultara num excepcional complexo industrial já referido. E lá eu estava ... Atento aos detalhes do convite, acerca da proposta de apresentação, resultado do labor desenvolvido para a graduação da turma de 13 membros, cujo TCC em Dança de 2025, incluía minha “ilustre anfitriã, sobrinha-neta, Luiza Catterine”. Graduavam-se depois de percorrer longos tempos, muitos caminhos, significando a conquista de um objetivo significativo, requerendo paciência, perseverança e a dedicação de um período considerável de esforço neste tempo de vida! 


Algo ainda me impacientava e não residia na natureza do evento. Existia algo, um código implícito consistindo num lembrado provérbio, cuja mensagem “incentiva a entrega e a dedicação de todos os projetos e pensamentos a Deus, para que Ele possa guiar e abençoar o sucesso deles”. Estava eu em comunhão, vez que, minhas vontades, todas as ações, os planos e pensamentos tendem a ser bem-sucedidos porque são dirigidos à Ele! 

E bem por tal confiava no sucesso da empreitada, na realização plena do compromissado diante de minha querida sobrinha-neta, de tal sorte que, tendo visto a chamada do Convite: Cartografias de um Corpo-comum ocorreu lembrar-me de que, decorridos mais de dez anos, a título de pesquisa na oportunidade,  houvera eu escrito um trabalho textual que, publicado, versava sobre a proposta da formatura, quase no seu inteiro teor - Cartografias de um Corpo.

Por si só, o interior do Convite proporciona "os anfitriões"!

Do ponto de vista científico, a Cartografia é a ciência que se dedica ao estudo, análise e confecção de mapas, cartas e outras representações da superfície terrestre ou de áreas geográficas. Abrange, portanto, todo o processo, desde a coleta de dados até a difusão e utilização dessas representações. Dentre os elementos-chave da definição científica, a Comunicação Visual configura-se como um meio de comunicação, além da precisão geométrica inerente à Cartografia. Desse modo, tal comunicação envolve:

  • o conhecimento de quais símbolos, cores e elementos visuais utilizar e,
  • quais outros omitir para comunicar informações de forma eficaz e clara na intenção proposta.  

Assim, no silencio do momento, em sala de espera, silenciosamente chorei ... Muito chorei! E estava feliz tal a identificação da disposição de consagrar ao Senhor tudo que realizei e realizo, e cuja realização ocorreria, sendo certo que os planos serão bem-sucedidos, conforme Provérbios 16:3 que diz:  

“Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos” ou, em outras traduções, “Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos”.


A recepcionista convidou-me para ingressar, compondo a formação da plateia que lotava o local! O espetáculo colocou-me, junto ao público, profundamente envolvido com a propositura - "Cartografia de um corpo-comum". A expressão "Cartografia de um corpo-comum" se refere, neste resumo que trago adaptado, para melhor embasar: 

  • a uma abordagem ou, 
  • método de pesquisa e, 
  • prática consequente,

que valoriza a experiência vivida, os afetos e os encontros na produção de conhecimento, em contraste com: 

  • a cartografia tradicional que mapeia a superfície terrestre de forma objetiva. conforme acima referido


Nesse contexto, diante do TCC oriundo da turma de formandos, o "Corpo" não se limita apenas à forma física, mas sim ao corpo experiencial, que sente e interage com o mundo, produzindo conhecimento a partir dessas interações, onde: 

  • "O Comum" indica a partilha dessas experiências e a construção de um plano ou sentido que é compartilhado, coletivo, e que emerge dos encontros e vivências, em oposição a uma visão individualista ou universalizante. Então: 
  • "A Cartografia" é usada como uma metáfora para "um processo de traçar caminhos, não pré-determinados, mas que se formam à medida que a experiência acontece". O "caminhar na pesquisa antecede a definição de metas". 

Essa abordagem é frequentemente utilizada em áreas como: 

  • psicologia, terapia ocupacional, educação e artes, 
  • até corporais, onde se busca mapear vivências e processos de transformação, 
  • e não apenas representar um espaço físico.

Desse modo, o "corpo do cartógrafo" (pesquisador) está ativamente envolvido e afetado pelo processo de pesquisa e, neste, tem-se a sequência sistemática de etapas para obter informações, responder perguntas ou resolver problemas de forma organizada, objetivando-se, por fim, a divulgação e obtenção de resultados. 


A cartografia tem se insinuado nos meios acadêmicos como método de pesquisa, entre a miríade de métodos em pesquisa qualitativa. Porém, os pesquisadores que trabalham nessa perspectiva insistem que: 

  • a cartografia só pode ser pensada como método se entendermos método, 
  • como aquilo que nos faz compreender a nossa potência de conhecer.

A cartografia implicaria, então, disposição para afirmar uma potência da própria vida. Assim, quem se lança a essa aventura é convidado a conectar-se com o pulsar da vida em seu corpo e com caminhos para os quais esse pulsar aponta


Para Suely Belinha Rolnikpsicanalista, crítica de arte e cultura, curadora,  professora titular da PUC-SP, em seu texto "Pensamento, corpo e devir" cujo artigo explora como o pensamento e o corpo se relacionam a partir de uma perspectiva ética, estética e política, ele, o texto, discute a ideia de um corpo que se abre para o "devir", isto é: 

  • a capacidade de se transformar continuamente, 
  • escapando de formas fixas para se tornar potência e abertura para o novo.

A matéria-prima da cartografia são as marcas feitas num corpo. A violência vivida no encontro entre um corpo e outros desestabiliza-o, colocando a exigência de invenção de algo que venha a dar sentido e corporificar essa marca: 

  • um novo corpo, 
  • outro modo de sentir, pensar, 
  • um objeto estético ou conceitual.
A pesquisa faz-se assim como cartografia do meio em que o pesquisador está mergulhado na produção de mapas referentes aos encontros vividos nesses trajetos e aos afetos e sensações ali produzidas.  


Deleuze e Guattari, ou seja: Gilles Deleuze e Félix Guattari que foram uma dupla de pensadores franceses e muito colaboraram em obras de filosofia, psicanálise e política, notadamente em "O Anti-Édipo" e "Mil Platôs", onde o primeiro, foi um filósofo que atuou como professor e escritor, com uma solida formação clássica, enquanto Guattari foi um psicanalista, militante político e ativista.


A parceria deles é marcada pela fusão de uma base filosófica sólida com uma perspectiva engajada e crítica em relação às contradições do capitalismo e das estruturas sociais. Pois bem, eles opõem dois procedimentos científicos: 

  • um consiste em ‘reproduzir’; outro, em ‘seguir’. 

Um seria de reprodução, iteração e reiteraçãoo outrode itineração, o que seria o conjunto das ciências itinerantes, ambulantes.

Mas,

[...] seguir não é o mesmo que reproduzir, e nunca se segue a fim de reproduzir.

[...] Reproduzir implica a permanência de um ponto de vista fixo, exterior ao reproduzido: ver, fluir, estando na margem.

Mas, seguir é coisa diferente [...]. Somos de fato forçados a seguir quando estamos a procura das ‘singularidades’ de uma matéria ou material e não tentando descobrir uma forma;

[...] quando nos engajamos na variação contínua das variáveis, em vez de extrair delas constantes.

Da mesma forma que para os geógrafos, nesta acepção a cartografia difere do mapa.

Enquanto este representa um plano estático, a cartografia “é um desenho que acompanha e se faz ao mesmo tempo que os movimentos de transformação da paisagem [...] o desmanchamento de certos mundos – e sua perda de sentido – e a formação de outros”!


Na apresentação do espetáculo, Luiza me mostrou “um mundo novo, expectante e belo”. Também “se mostrou um novo ser que não conhecia, nesta profundidade do ser", e agora me privilegia, revelando-se "superiormente bela, significativa e atuante", cuja força reside na combinação de realizações que, mesmo que isoladas, são detentoras de grande peso e significado”! 



Que banquete de espetáculo, rico e farto, como a um "banquete de arte", explorando o tema para expor, propor e realizar cultura, história, identidade e relações humanas como nos trabalhos em tela - TCC oriundo da turma de formandos, o "Corpo - um projeto que transforma a mesa em palco para experiências artísticas vivificantes e comunitárias, unindo expressões, sons, comunicação não verbal profunda entre imagens e pessoas, cheias de significado sem palavras, como a um filme clássico momento que as falas são substituídas por intertítulos e gestos, promovendo um diálogo interno de pensamentos, tudo revestido de intensa arte"!  

 



Por: Roberto Costa Ferreira - 25nov25.

Prof,Pesquisa,Pedagogista,Med-MEng

HILASA-SP -Instit.História Letras Artes

SANTO AMARO  -  SÃO PAULO - SP.

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Avô do ex-presidente e a Proclamação. Um Século e o Militar que sugeriu o Fuzilamento da Família Imperial Brasileira!

Ainda, por conta dos atos de Proclamação da República, em 1889 o alferes Joaquim Ignacio Baptista Cardoso (1860-1924) avô do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ajudante de campo de Floriano Peixoto, ficou conhecido por sua sugestão para que se fuzilasse o Imperador Dom Pedro II e a Família Imperial Brasileira caso houvesse qualquer resistência contra a Proclamação da República. Assustado com a proposição do Jovem Militar de 29 anos, Benjamim Constant reclamou, “o Senhor é um sanguinário!”. 

Joaquim, o alferes, era filho de Felicíssimo Espírito Santo Cardoso (1835-1905), político Conservador do Império. Nascido em 24 de junho de 1860. Ingressou no Exército como soldado voluntário em 15 de julho de 1875, aos 15 anos, no 20º BC de Goiás e cadete de 2ª classe, 13 dias depois. Sentou praça em Goiás, no 20º BC, em 15 julho de 1875 e ali foi aprovado em Infantaria e Cavalaria. Destacou-se como burocrata: 

  • furriel, tal expressão que tem origem no francês “fourrier”, ligado à palavra “forragem” e que, diante da significação militar designava um posto em razão das forças armadas, próximo à primeira graduação da categoria de sargento, acima de cabo, e sua função estava ligada à logística e distribuição de suprimentos para as tropas, depois, 
  • quartel mestre (intendente), tendo ali servido na Infantaria e Cavalaria de 1876-81.

Como 1º sargento, em 1881, matriculou-se na Escola Militar da Corte onde se destacou "pela sua aplicação e distinção", revelando dificuldades em Matemática e Desenho. 

  • Foi promovido a Alferes de Cavalaria em 20 out 1884, sendo felicitado em Boletim "por sua promoção bem-merecida". 

Teve destacada participação na propaganda de conspiração e Proclamação da República, conforme escreveria 50 anos mais tarde seu filho major Leônidas Cardoso

Às onze horas da noite de 6 de novembro de 1889, um grupo de militares havia se reunido na casa do tenente-coronel Benjamin Constant Botelho de Magalhães, professor de matemática da Escola Militar da Praia Vermelha e diretor do Instituto dos Meninos Cegos. O objetivo era tratar dos preparativos para a "revolução". Entre eles estavam o capitão Antônio Adolfo da Fontoura Mena Barreto, os tenentes Saturnino Cardoso e Sebastião Bandeira, o aluno da Escola de Guerra Aníbal Elói Cardoso e o alferes Joaquim Inácio Batista CardosoNa conversa, todos se manifestaram de acordo com o uso das armas para depor a Monarquia. 

Combinou-se um plano pelo qual os participantes ficariam encarregados de: 

  • agitar os ânimos nos quartéis, 
  • estocar armamento e munição e, 
  • traçar em detalhes o golpe a ser desfechado nos dias seguintes.

A certa altura, porém, Benjamin Constant mostrou-se preocupado com o destino do imperador Pedro II:

    — O que devemos fazer do nosso imperador? — perguntou. 

Fez-se um minuto de silêncio, quebrado pelo alferes Joaquim Inácio:

      — Exila-se — propôs.

      — Mas se resistir? — insistiu Benjamin.

      — Fuzila-se! — sentenciou Joaquim Inácio.

Benjamin assustou-se com tamanho sangue-frio:

      — Oh, o senhor é sanguinário! Ao contrário, devemos rodeá-lo de todas as garantias e considerações, porque é um nosso patrício muito digno. 

Por uma ironia da história, o “sanguinário” Joaquim Inácio Cardoso, então com 29 anos, viria a ser avô de um futuro presidente da Repúblicao manso Fernando Henrique Cardoso. Para fortuna de Pedro II, no dia 15 de novembro haveria de prevalecer a posição de BenjaminEm vez de fuzilado, como queria Joaquim Inácio, o imperador seria despachado para o exílio.  

Foi mencionado por, Urias Silveira em 1890 como entre os "moços empolgados por um ardente ideal, no afã patriótico do interesse que manifestavam pela causa pública, sentiram-se arrastados a precipitar a marcha evolutiva da transformação política, com o afastamento de seu cenário do vulto respeitável do Imperador D. Pedro II."

Com seu regimento (o atual Andrade Neves) reduzido e a pé, e armado de espadas, clavinas e revólver, protegeram a Artilharia até o Campo de Santana, onde: 

  • em 15 novembro de 1889, teve lugar a deposição do Gabinete Ouro Preto e, 
  • a proclamação, de fato, da República. Junto ali estava seu irmão Augusto Ignácio como aluno da Escola Militar da Corte. 

Joaquim Ignácio como conspirador pela República, havia sido um dos 42 integrantes do Exército e Armada que ingressaram no Clube Militar em 5 novembro 1889, além de ser um dos 160 signatários do Pacto de Sangue firmado nos dias 11 e 12 novembro, "de acompanharem Benjamin Constant até a resistência armada".

Estava de prontidão a cerca de uma hora da madrugada de 15 de novembro, junto do capitão Hermes Rodrigues da Fonseca (futuro Presidente) que lhe transmitiu mensagem do marechal Deodoro, destinada ao Major Solon, no sentido de que:

"o rompimento devia ser feito pela manhã, pois só a esta hora poderiam desembarcar as forças navais ,"que apoiariam o movimento." 

Em 16 novembro de 1889, acompanhou o porto-alegrense major Solon Ribeiro, pai de Ana de Assis, futura esposa de Euclides da Cunha, até a presença do Imperador D. Pedro II, para:

  • entregar-lhe a carta depondo-o e, indicando-lhe o exílio, em função da Proclamação da República no dia anterior

Em 24 janeiro 1890, tenente, foi como homem de confiança do Governo do Presidente Marechal Deodoro, comissionado Major Fiscal (subcomandante) do 2º Batalhão da Brigada Policial do Distrito Federal, que comandou de 12 abril a 27 maio 1890. Então, passou a Fiscal (subcomandante) do Corpo de Cavalaria da Brigada Policial do Distrito Policial onde foi elogiado por sua atuação "no controle à greve de carroceiros e cocheiros do Rio de Janeiro" e por "haver evitado incidentes entre as sociedades carnavalescas rivais". E, mais, "por haver restabelecido a ordem em conflitos ocorridos em 30 janeiro 1892".

Ao deixar a Polícia, em 21 agosto 1892, depois de mais de 2 anos a ela servir como subcomandante e comandante de Unidades de Cavalaria e Infantaria, foi elogiado assim:

"por relevantes serviços prestados desde a Proclamação da República".

Ainda tenente foi comissionado tenente coronel comandante do Corpo de Cavalaria da Polícia de São Paulo por 7 meses, de 11 outubro 1892 a 25 abril 1893, antes de eclodir a Guerra Civil 1893-95 que enlutou o Rio Grande do SulSanta Catarina e Paraná.

Retornou como tenente ao Rio onde tomou parte no combate a Revolta da Armada na Guanabara e por tal participação contou em dobro, os seguintes serviços prestados no combate a mesma e a Guerra Civil no Sul: 

  • 6 setembro 1893 – 2 fevereiro 1894: A disposição do comando da Escola Militar da Praia Vermelha, guarnecendo as defesas de Botafogo e Copacabana contra 1/5 da Armada revoltada. 
  • 3 fevereiro – 13 mar 1894: Como capitão Ajudante de Campo do Ajudante General do Exército general  Bibiano Sérgio Fontoura Costallat, o encarregado do combate na Baia da Guanabara da Revolta da Armada.

Nesta função trabalhou duro na coordenação das medidas militares para combater a Revolta até a chegada da Esquadra Legal adquirida pelo mal Floriano nos EUA, Inglaterra e Prússica e operada por: 

  • oficiais e marinheiros fiéis, 
  • oficiais do Exército, 
  • alunos de nossas escolas militares e, 
  • marinheiros estrangeiros contratados nos EUA.

Foi aí que por várias vezes fez a ligação entre o Presidente Floriano Peixoto no Itamarati e o seu chefe e Ajudante General do Exército executivo do combate à Revolta no Rio.

  • 24 fevereiro – 21 mar 1895: Em serviço no 6º RC de Santa Vitória do Palmar, (atual Regimento João Manuel de São Borja), destacado em Osório - RS (atual) no combate a Guerra Civil 1893-95, próximo de seu final no Rio Grande do Sul.  

Em 1896 foi Ajudante de Ordens do Presidente de Goiás, de onde retornou para o 1º RC (atual Dragões de Brasília) e se casou em 23 dez 1886, aos 26 anos, com D. Leonídia Fernandes Cardoso que conheceu ali em São Cristóvão, próximo do Quartel do Regimento. Moça que chamava muita atenção

  • dos militares do Regimento, "junto com mais duas irmãs por serem 3 morenas muito bonitas".

Deste consórcio tiveram 16 filhos, que descontados 5 que não se criaram, acompanharam o casal pelo Brasil afora.

Em 1888, ainda sem filhos vivos, fez sua derradeira tentativa de cursar a Escola Militar. Esteve destacado em 1889 no 2º RC (Regimento Osório atual) em Jaguarão e de lá foi mandado para o 8º RC em Curitiba. Foi nesta missão ,em Curitiba, que em 24 fevereiro 1889, nasceu-lhe seu filho Leônidas, o pai do presidente, seguramente concebido e gerado no Rio Grande do Sul. Em 1911 foi louvado por sua atuação no combate a Revolta dos Marinheiros ou da Chibata em 1910, liderada pelo marinheiro Manuel Cândidode Encruzilhada do Sul -RS.

Encerraria a sua carreira militar em 5 maio 1923acusado de participação em conspiração na Revolução de 1922, em Mato Grossocomo comandante da 1ª Circunscriçãosendo preso por mais de 100 diasde 19 ao a 2 dezembro 1922, a bordo do Scout Ceará, na Baia da Guanabara.

Abalado moralmente, acreditamos, pela ingratidão e desconsideração por seus relevantes serviços, inclusive na propaganda, proclamação e consolidação da República, faleceu em junho 1924.

 

Por: Roberto Costa Ferreira - 05nov25.
Prof,Pesquisa,Pedagogista,Med-MEng
HILASA-SP-Instit.História Letras Artes
SANTO  AMARO  -  SÃO  PAULO  -  SP.

Fonte:

https://www.ahimtb.org.br/fhc.htm/ Os presidentes: a história dos que mandaram e desmandaram no Brasil,

Colaboração: Rodrigo Vizeu.

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terça-feira, 18 de novembro de 2025

Uma águia ... Uma mulher! Conselhos de mãe.


Uma águia, retornando de seu voo, no encontro, aconselhou uma mulher sobre a melhor forma de criar os filhos:

  Você está bem, mãe humana? — perguntou a águia. A mulher, surpreendida, olhou para ela.

  — Estou com medo, meu bebê está prestes a nascer e eu tenho tantas dúvidas... Eu quero dar o melhor para ele, quero que sua vida seja fácil e bonita, mas como saberei se estou criando ele bem?

A águia observou a mulher e, tendo interrompido seu voo, descida perto dela, teceu breve comentário:
  — Criar um filho não é fácil. Não é uma questão de "estar tudo confortável". Na verdade, é o oposto! Quando meus aguiantes nascem, o ninho está cheio de penas e ervas macias, eles têm um lugar onde podem descansar, onde se sentem seguros ...
Mas, quando chega o momento em que eles precisam aprender a cuidar de si mesmos, eu tiro tudo isso. Só deixo os espinhos!

A mulher franziu a sobrancelha, confusa:
   — Espinhos? Por que torná-lo tão difícil?
A águia olhou para ela com seriedade observando:
 — Porque os espinhos incomodam...  E esse desconforto é necessário. Eles não ficam aí esperando que tudo lhes seja servido. Os espinhos obrigam-nos a procurar um lugar melhor, a crescer ... Conforto não lhes ensina nada...

A mulher pensou nas palavras da águia, mas ainda tinha dúvidas, questionável...
     E o que você faz quando eles caem?      — perguntou, intrigada.
A águia respondeu, com muita segurança:
  — Atiro-os para o ar. No início, eles caem porque o vento os vence, mas eu os salvo. Levanto-os com as garras e atiro-os de novo ... De novo e de novo, até que eles aprendam a voar sozinhos! Sabes o que faço depois? Vou deixá-los ir. Já não os ajudo mais!

A mulher olhou para ela, com os olhos abertos, sem entender completamente:
  — Não suporto a dependência — continuou a águia. Meus filhos precisam aprender a voar, eles precisam aprender a ser fortes sozinhos. A vida não é sobre mantê-los em um ninho suave e seguro o tempo todo ... Se eu cuidar muito deles, se eu mantiver eles no meu ninho para sempre, não vou ensinar nada. Eles têm que encontrar o seu caminho, e eu sei que o encontrarão.

A mulher, olhando para a águia, respirou fundo ... Manifestando-se indagativa:
  — Então devo deixar meu filho sofrer um pouco? — disse a mulher, um pouco medrosa. A águia acenou.
  — Não é sofrer. É aprender! E mesmo que te doa, mãe humana, o melhor que podes fazer é ensiná-la a ser forte. Não segure, não apapache o tempo todo. Fá-lo voar!

No entendimento, "apapache" é uma palavra que provém do espanhol, mas tem origem na língua indígena nahuatl (dos Astecas), e seu significado pode ser traduzido como "abraçar com o coração" ou "acariciar com a alma".

A mulher acenou, acariciou sua barriga, meigamente, olhou para a águia por um longo momento e então, sorrindo, se despediu do pássaro:
  — Obrigado, Mãe Águia — sussurrou enquanto se afastava. Seus conselhos são muito valiosos!
A mulher seguiu seu caminho, disposta "a ser a mãe que seu filho precisava":  
  • firme, corajosa,
  • uma mãe que a ensine a voar!

Se você quer que seu filho voe alto ... Não faça tudo por ele. Não o mantenha em um ninho de conforto. Águias empurram seus filhotes para fora do ninho, deixam-nos enfrentar os contratempos, os espinhos, porque sabem que só assim aprenderão a voar.

Não tenha medo de vê-los cair. Você, como a águia, estará lá para levantá-los, mas não os mantenha sob sua asa para sempre. Deixe-os enfrentar o vento ...
Deixe-os aprender a ser forte!

Amor verdadeiro não é protegê-los de tudo, é ensiná-los a voar, mesmo que isso signifique deixá-los cair. Deixe-os encontrar o seu caminho, mesmo que tropecem no processo.

Roberto  Costa  Ferreira, 25 mar 2025.
PROF. -PSICANALISTA-PESQUISADOR
HILASA-SP -Instit. História, Letras, Artes

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

DIA DO RADIALISTA - O PODER da MENSAGEM!


Numa quinta-feira do dia 6 de outubro de 2011, uma Missa foi celebrada em homenagem aos 11 anos da morte do radialista Hélio Ribeiro (no destaque em video), " O Poder da Mensagem". José Magnoli (seu nome verdadeiro), faleceu aos 65 anos no dia 06 de outubro de 2000, vítima de uma parada cardiorespiratória.

Ele estava internado no Hospital São Cristóvão, na Mooca, zona leste de São Paulo, desde 26 de setembro daquele ano. Seu corpo foi sepultado no cemitério da Quarta Parada, também na zona leste da capital paulista. Nascido em 24 de julho de 1935, faleceu em 6 de outubro de 2000 na condição de exímio radialista, também diretor, jornalista, narrador, locutor e apresentador.

O "Memorial Hélio Ribeiro" (www.helioribeiro.com), convidou na oportunidade,  todos os familiares, amigos e admiradores do saudoso radialista para essa Missa que resultou  realizada na quinta-feira (6), as 20h, na Igreja de São Judas Tadeu (Igreja Nova), próximo a estação São Judas do Metrô, oportunidade que estive presente, reverenciando o brilhante amigo.

Por falar em Hélio Ribeiro, se você quiser recordar o saudoso comunicador visite o site ou ouça o programa "O Poder da Mensagem" todos os domingos, as 8h da manhã e ao Meio-Dia, pelas Rádios Trianon AM (740 kHz - São Paulo/SP) e Universal AM de Santos (810 kHz). Acredito, ainda ativo, o referido site, atualmente, noticiado à época.

Ele era o "Correspondente Musical"! E, seu apresentante no rádio, por sugestão de sua esposa a Sra. Sônia Ribeiro, com quem foi casado até 1988, foi o Dr. José Blota Jr., o "Apresentador Gênio", a "Elegância no Ar", conhecido como "Blota Jr.", que fora um advogado, apresentador, empresário, jornalista, locutor, político, roteirista e produtor de rádio e televisão brasileiro. Notórios na arte televisiva, tal magnífico casal!

Neste mês no qual se reverencia a Comunicação, com a proximidade do dia passado que marca a estreia da TV brasileira (18 de setembro de 1950) e do anterior Dia do Radialista (21 de setembro), o Dia do Radialista é comemorado oficialmente no Brasil em 7 de novembro. Contudo, em 21 de setembro p.p. também se comemorava o Dia do Radialista. Isso acontecia porque o dia já era comemorado anteriormente, até que a lei nº 11.327, de 24 de julho de 2006, instituiu a nova data.
Recomendo acompanhar o destaque do site "Memorial Hélio Ribeiro".

Em setembro de 2000, às vésperas de ser vitimado por uma parada cardiorespiratória, aos 65 anos, o radialista analisou os rumos que o rádio e a TV vinham tomando no país.
Para ouvir e refletir sobre o pensamento de um dos principais homens de rádio que o Brasil já teve, reitero que acesses o sugerido Memorial.

Nas pesquisas de áudio, tais trazem a íntegra de trechos usados para falar também da origem da Rádio Capital e da ameaça desta emissora, naqueles tempos, ser vendida para uma determinada igreja. São áudios, que mesmo no YouTube, nos proporcionam da série de homenagens aos profissionais desses meios de comunicação de massa que fascinam e fascinaram tanto os brasileiros.
Minhas homenagens a todos aqueles que trabalham no rádio ou na TV pelo dia do Radialista hoje!

Já, anos 60 tal voz dominava o cenário radiofônico de São Paulo e levava sonhos, expectativas e emoções a milhares de pessoas,  como eu, em todo o interior do Brasil. Era a voz inconfundível de Hélio Ribeiro - um comunicador que poderia tranquilamente ter se deitado e se acomodado na grande vantagem com que Deus lhe dotou - uma voz única que só por ela o teria levado rumo ao sucesso.

Mas esse homem fez muito mais. Tornou-se o mais talentoso comunicador, levando aos seus ouvintes além do poder da voz, o poder de mensagens maravilhosas que com certeza encontram – se até hoje no coração de muitos e muitos que tiveram oportunidade de acompanhá-lo em uma das inúmeras emissoras em que atuou entre elas a Bandeirantes.

Bacharel em Direito pela Universidade Mackenzie; jornalista, publicitário, pintor, escultor, compositor, professor de Comunicações da USP; redator da UPI; detentor do mais extraordinário currículo em comunicações.

Este foi Hélio Ribeiro, que emprestou seu talento às seguintes organizações brasileiras: Rádio Tupi (duas vezes), Rádio Difusora (duas vezes), Rede Piratininga Jovem Pan (duas vezes), Rádio Bandeirantes (duas vezes), Rede Capital de Comunicações e Radio Globo.

Nos Estados Unidos, atuou, como narrador, nas seguintes empresas cinematográficas:
  • Paramount Pictures,
  • Metro Goldwyn Mayer,
  • Twentieth Century Fox,
  • Columbia Pictures e Universal International.
Hélio Ribeiro, também, ainda consagrou-se:
  • Correspondente nos Estados Unidos do Sistema Globo-Excelsior de Jornalismo e,
  • Rede Bandeirantes de Rádio;
  • Aprovado em concurso para a Voice of America (V.O.A.);
  • Correspondente nos Estados Unidos do Jornal Propaganda & Marketing;
  • Produtor Associado da Fundação Cásper Líbero.
Diretor e apresentador do programa O Poder da Mensagemveiculado e retransmitido pelas seguintes emissoras:
  • Rádio Gazeta (SP),
  • Jovem Pan (SP), Tupi (SP),
  • Gaúcha (RS), Cultura (GO),
  • Difusora (Mogi Mirim-SP),
  • Atlântica (Santos-SP),
  • Independência (PR), Itatiaia (MG),
  • Bandeirantes (SP) e,
  • Radio Globo além de uma centena de afiliadas.
Nascido e  falecido nos tempos acima  referidos, foi imortalizado para sempre na dedicação, admiração e iniciativa de um grupo de amigos que transformaram o seu legado em "fantástico memorial" que em minha opinião deve se acessado e conhecido não só por aqueles que se lembram de seu trabalho mas também por aqueles que queiram conhecer a verdadeira essência do lugar de destaque que a comunicação exerce na vida das pessoas.

Além de gravações, livros e mensagens, os interessados terão acesso também à Rádio Helio Ribeiro onde poderão tirar todas as dúvidas sobre o que trouxe presentemente. Acrescente-se que, "O Poder da Mensagem" de Hélio Ribeiro foi transmitido por algumas das principais emissoras de rádio de São Paulo, entre as décadas de 60 e 90. A voz única e a interpretação marcante do comunicador faziam o ouvinte refletir por meio de frases e pensamentos ora contundentes, ora bem-humorados.

As mensagens de Hélio Ribeiro continuam a ecoar mesmo depois da morte dele, em 2000. Fãs dos valores irradiados pelo criativo diretor e apresentador de rádio criaram o Memorial Hélio Ribeiro. De lá pra cá, se empenham em digitalizar trechos de programas, retransmitir e até dar novo sentido a esse poder da mensagem.

É o caso da homenagem editada no Memorial Hélio Ribeiro que foi enviada por Sidney Magrini, que tive o privilégio de conhecê-lo, por ocasião do aniversário de 75 anos da Rádio Bandeirantes, em 2012.

Por: Roberto  Costa Ferreira, 05nov15.
Prof.,Pesquisa,Pedagogista,Med-MEng
HILASA-SP-Instit.História Letras Artes
SANTO AMARO - SÃO PAULO - SP.




Na imagem, Salomão Ésper, José Paulo de Andrade e Joelmir Beting, considerados 'grandes nomes do rádio' em São Paulo / SP.



Nesta imagem, o radialista Hélio Ribeiro, detentor do programa "O Poder da Mensagem".

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

DIA NACIONAL DA LINGUA PORTUGUESA - 5 de novembro


Em 5 de Novembro de 2023, momento que lembrei-me da Morte do cineasta mineiro Humberto Mauro (40 anos), falecido em 5 de novembro de 1983 em Volta Grande/MG, filho de Caetano Mauro, um imigrante italiano, e de Tereza Duarte, mulher mineira culta e poliglota,  nascido numa fazenda de Volta Grande, mesma cidade onde veio a falecer, perto de Cataguases, na Zona da Mata do estado de Minas Gerais, tornando-se um dos pioneiros do cinema brasileiro, fazendo filmes entre 1925 e 1974, sempre com temas brasileiros, escrevi este texto, que ora republico.

Também vivemos o Dia da Cultura e da Ciência - comemoração do Brasil, que foi criada pela Lei Nº 5.579 de 19 de maio de 1970, e também é conhecida como "Dia Nacional da Ciência e Cultura Brasileira", sendo certo que tal data que existe no Brasil desde 1970, foi criada para reconhecer a importância da cultura e da ciência como pilares fundamentais para o desenvolvimento do país. Mas, e principalmente o "Dia Nacional da Língua Portuguesa" - comemoração estabelecida pela Lei Nº 11.310 de 12 de junho de 2006.

Assim, no dia 5 de novembro comemoro o Dia Nacional da Língua Portuguesa, data instituída em 2006 a partir de um projeto apresentado no Senado como forma de homenagear o aniversário do escritor, jurista e político Ruy Barbosa, um dos defensores da língua no Brasil.

Portanto, ainda  em tempo, vez que vivemos a  semana em curso, entre 5 e 11 de novembro, momento que temos a Semana do Dia Nacional da Língua Portuguesa e, também convém lembrar, por oportunidade, dos 120 anos de nascimento de Ary Barroso, também  mineiro de Ubá/MG,  em 16/11/1903 e falecido no Rio de Janeiro em 1964, filho do Dr. João Evangelista Barroso, deputado estadual e promotor público, e da mãe Dona Evangelina, adotado pela avó, Sra. Gabriela e sua tia-avó D. Rita e, com esta última iniciou o aprendizado do piano.

Um dos precursores do gênero samba-exaltação, é autor de Aquarela do Brasil, seu samba mais famoso. Carioca de adoção e fanático pelo Flamengo, foi, além de compositor, locutor de futebol e radialista. Deixou uma grande obra com centenas de composições que incluem clássicos como "No rancho fundo" e "Camisa Amarela".

“O objetivo posto em lei foi ressaltar a Língua Portuguesa falada no Brasil como expressão cultural, tendo em vista que se trata de uma variedade da língua entre outras, sendo esta um traço da identidade sociocultural dos brasileiros, pois é falada em todo o território nacional”.

A data é complementar ao 5 de maio em que se comemora o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Outros países além do Brasil que falam português são: Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Guiné-EquatorialMoçambiquePortugalTimor-Leste São Tomé e Príncipe.

“Fica evidente que ter uma data leva à reflexão sobre os estudos linguísticos e gramaticais, destacando a língua como um instrumento fundamental para interação social e socialização de saberes”.

Portanto, sim, neste dia -  5 de novembro - celebramos o nosso primeiríssimo instrumento de interlocução na vida: o idioma que aprendemos a falar, quando ainda pequenos.

Tal registro no calendário, como dito acima, é uma homenagem também a Ruy Barbosa, grande estudioso da língua portuguesa.  O notável escritor e político brasileiro nascido em 5 de novembro de 1849 - Ruy Barbosa de Oliveira - um polímata brasileiro, tendo se destacado principalmente como jurista, advogado, diplomata, filólogo, jornalista, tradutor e orador.

Desse modo, nosso calendário oficial passou a contar com a celebração a partir do decreto de lei acima referido.

Ah, e para finalizar, só a título de curiosidade, oportunamente ... Sabia que São Paulo é considerada a cidade com maior concentração de falantes de português do planeta?

Ainda, considere a maior palavra, qual seja:

  • pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico

“Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela…
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: ‘meu filho!’,
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!”
Olavo Bilac

Feliz Dia da Língua Portuguesa!

Por:Roberto Costa Ferreira,  05nov25.
Prof,Pesquisa,Pedagogista,Med-MEng
HILASA-SP-Instit.História Letras Artes
SANTO AMARO - SÃO PAULO - SP.