Grau°

sexta-feira, 11 de junho de 2021

O ESPÍRITO QUE NOS AJUDA EM NOSSAS FRAQUEZAS ... NOSSAS OBRAS - Em Romanos 8.26

 

Produção 2019, Roberto C. Ferreira - Depositada em meu jardim.

O espírito que nos ajuda em nossa fraqueza... Em Romanos 8.26 temos que: “O Espírito nos ajuda em nossa fraqueza”.

Assim, quando estou “meio que triste”, um tanto triste, mesmo sabendo que a tristeza é um sentimento que faz parte da vida e que em determinado momento vou me deparar com ela, é importante não deixar que tal sensação desagradável tome conta. Mesmo considerando possível que não tem como fugir dele.  Por mais difícil que possa parecer, sentimento ruim, por vezes, pode estabelecer o início de um novo tempo fértil, pleno de felicidades constantes, repleto de coisas agradáveis, não admitindo que se materialize como algo paralisante. Até porque muitas pessoas estabelecem uma ligação entre a tristeza e o choro constante... E uma das válvulas de escape da tristeza é o aborrecimento frequente. Tais sintomas emergem significativamente, especialmente quando tentamos esconder o sentimento e maquiamos a realidade. Tais “reações emocionais naturais” é frequente de quem não quer encarar o que está diante de seus olhos!

Portanto, em retorno ao 1º parágrafo acima: “O Espírito nos ajuda em nossa fraqueza”, considerei que é possível até que o Espírito venha em auxílio à nossa fraqueza; metaforicamente, porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós “com gemidos inefáveis! Lembrando ainda Romanos...

E isto introduz uma nova fonte de consolo e apoio, o que é derivado do Espírito. É uma continuação do argumento do apóstolo, para mostrar o poder sustentador da religiosidade. E considerando aqui, como fonte recursal o "Espírito", sem dúvidas, referindo-se ao Espírito Santo que habita em nós e que nos fortalece, in extremis!

Sendo assim, considerando minhas memórias e pessoa madura que sou, elenco circunstâncias que são as três possíveis verdades sobre uma pessoa emocionalmente equilibrada e madura:

1. A pessoa emocionalmente madura entende que o mundo não é como deseja: Muitos de nós gostariam de poder editar o passado. Ser como o escritor que termina um capítulo e decide apagar certos parágrafos para que a história faça mais sentido.

No entanto, quer acreditemos ou não, às vezes a vida não tem sentido. Há coisas que acontecem sem qualquer explicação; são os eventos, fatos e circunstâncias que somos obrigados a aceitar para continuar avançando. Da mesma forma, a pessoa emocionalmente madura aprendeu que não pode mudar as pessoas... Não se pode esperar que os outros ajam ou digam o que se espera. Tudo isso é, sem dúvida, mais uma fonte de sofrimento inútil.

2. Sabe que para ser feliz, deve ser responsável por si mesma: Malle, Bertrand - psicólogo cognitivo da Universidade de Brown, realizou um estudo em 2004 para analisar a relação entre a felicidade e a forma como a nossa mente entende o conceito de responsabilidade pessoal. Assim, um fato que permanece em evidência é que o ato de assumir que a responsabilidade pelo que nos acontece está nas mãos dos outros gera um claro desconforto. É como viver no território de avestruzes, é esconder a cabeça enquanto culpamos o mundo por nossos fracassos e desânimos. Fica claro, no entanto, que não temos controle sobre todos os aspectos da nossa realidade.

Entrementes, temos a oportunidade de escolher como agir diante da realidade que temos que viver. É aí que reside a chave; este é, sem dúvida, o plano de rota que a pessoa emocionalmente madura tem em mente todos os dias.

Não importa que minha infância não tenha sido exatamente a melhor, não importa que minha parceira tenha me abandonado, me esqueça constantemente … A necessidade de me recuperar de tudo isso é minha, porque o passado não tem que me determinar. O presente me pertence, sou responsável por minha própria pessoa e posso reorientá-lo com novas e melhores ferramentas…

3. Descobriu que tem permissão para mudar quando quiser: A pessoa emocionalmente madura se permite mudar. Porque mudar é crescer e é ajustar o curso com maior precisão depois de ter adquirido novos aprendizados. Dar um passo adiante no nosso crescimento muitas vezes significa deixar as coisas e as pessoas para trás para reduzir as cargas que nos limitam, corroem valores pessoais e o bem-estar.

Algo assim implica reunir coragem, reunir aquela capacidade de agir, de se expressar apesar do medo, do temor e da intimidação, como aquela capacidade de enfrentar algo moralmente árduo; ser perseverante, para entender que o nosso potencial está em assumir mudanças periodicamente. E, bem por tal, a decisão, que deve ocorrer partindo de um desejo ardente, algo que vem lá de dentro” ... Essa é a mola propulsora!

Coraticum! Em épocas remotas tal órgão – coração – que era considerado a sede da coragem, e mesmo inteligência, implica assumir uma outra posição, a busca de algo que não considerava possível. Surge no momento que resolvemos encarar os desafios, uma mudança radical, mesmo uma simples vontade de produzir “qualquer arte”. E o aperfeiçoamento da coragem é adequado desenvolver o autoconhecimento, administrar o medo e separar o que é real do que é fantasia. Então, a determinação ocorre com a certeza de estar direcionado, tendo objetivos claros e metas definidas. Objetivos requerem certeza e força interior que, esta última sem os objetivos é apenas “mera intenção” ... Possível esperança!  Portanto, é previsível considerar que “importa determinar o quanto de energia se colocará no processo de mudança. Coragem, decisão e determinação são requisitos fundamentais e exigem muita energia e motivação.

Um dos fatores motivantes para restabelecer a necessária força interior e estabelecer objetivos reside também em “experimentar” e manter arguta, perspicaz e astuta a curiosidade de produzir. Então quando assim, desmotivado, afetado, imediato construo, componho, pesquiso e executo, engendrando o concebido na imaginação como o Tamanduá Bandeira que, surgido do imaginário proliferou através do isopor, do papelão, do simples lápis de cor, para um pensado pedaço – habitat - em grama sintética, considerando os campos abertos, savanas, regiões de florestas úmidas, secas, típicas no Brasil e América Central, e que, em determinado ângulo do trabalho vê-se em seu peito “uma pomba branca”, como a uma mensagem de paz! Um urso-formigueiro! 

Alternativamente, a anterior produção para uma feira de arte de minha neta Isabela, o meu “Poeta dos Poetas” que, sobre o seu pilar de Ônix – a pedra unha – exuberância da gema negra, neste imaginário, sai da sombra para habitar hoje a janela de madeira e vidro da sala de estar de minha casa para tornar-se o Vigilante Constante do Pássaro Sabiá do peito amarelo – Cambacica, que ágil e irrequieto, solitário e nômade – se permite aproximação a pouca distância, na pretensão de alcançar a jabuticabeira ali posta!

Daí a importância do vigilante antes referido, pois que, no curto espaço de jardim reside uma recém-plantada Jabuticabeira de aproximados 2 metros de altura, vinda plena de jabuticabas ... E o pássaro surgiu para ali se deliciar! Então, razão para a coexistência simultânea de tais personagens. Lembrando que à coexistência humana segue-se o fato segundo o qual o ser humano coexiste com outras formas de vida no planeta que habitamos, ou seja, que existem outros seres além dos humanos e que todos vivem, e podem viver no mesmo ambiente, a Natureza!       

Vigilante Constante do Pássaro Sabiá, produção 2018 - Roberto C. Ferreira -
 postado na janela de minha sala de estar.

Roberto Costa Ferreira, 28/05/2021.

Professor, Psicanalista e Pesquisador

CEP UNIFESP – UNIVERSIDADE

FEDERAL de SÃO PAULO/SP


Nenhum comentário:

Postar um comentário

A desinformação é o ato de silenciar ou manipular a verdade, habitualmente nos meios de comunicação de massa. O meu dever de publicar o que penso e escrevo e incontornável, absolutamente imprescindível!

Então, você pode, durante tomar um café, aprofundar-se numa agradável e suficiente leitura e até, ao mesmo tempo, ouvir uma boa música. Encontrar tudo isso através deste meu blog - #GRAUᴼ - é algo muito suficiente... E necessário!

As relações entre Educação, cultura e conhecimento são sempre polissêmicas e provocativas. Neste acesso, trago para sua leitura diversas experiências, perspectivas, reflexões... Encontros que se fazem em diferentes ãmbitos: literatura, música, dança, teatro, artes visuais, educação física, mídia, etc.

E considere: é entre a manifestação da literatura, as artes visuais, a música, a dança e o teatro que a educação e o conhecimento acontecem fora do curricular, do convencional!