Diante de tal indagação tenho a dizer,
por conclusão, que a administração democrática necessita atentar-se às
necessidades e situações de transformações que acontecem e aconteceram no
contexto da sociedade e, bem por tal o administrador, ou gestor deverá reunir
habilidades e provar competências quanto à coordenação e mesmo plena ação mútua
e compartilhada de comunicação.
É muito certo que o ser humano busca
construir continuamente resultados, necessitando para tanto de participativa
educação no qual os componentes das esferas sociais empreguem recursos mais
diretamente na educação dos seus cidadãos, promovendo um contínuo e próspero
crescimento. Também é correta a
compreensão segundo a qual o fazer pedagógico constrói-se na justa proporção em
que ocorrem desafios segundo as exigências educacionais e sociais.
Diante de tais desafios, entendo não
residir espaço para atitudes metodológicas segundo as quais apresentam-se
reprodutivas, como as ainda resistem e são utilizadas por diversos professores,
vez que, a repetição de conteúdos não dá conta de uma ampla formação. Os
educadores, cada vez mais, são exigidos tendo que cumprir tarefas que anteriormente
não lhes diziam respeito, face a formação de valores, leitura dos meios de
comunicação, orientação sexual e inúmeras outras atitudes do fazer humano.
Desse modo, tornando-se uma questão de sobrevivência da escola, é
essencial que os profissionais da educação desafiados constantemente pelo
desconhecido, promovam a renovação e atualização de suas práticas educacionais.
É perceptível que, tendo em vista a
referida sobrevivência das escolas, torna-se necessário a produção do
competente e adequado projeto político-pedagógico em tais instituições e tal
vindo alicerçar-se nos princípios que resguardem e garantam igualdade e
participação inclusiva de todos e de cada um dos envolvidos, possibilitando e
promovendo a plena expressão de suas ideias e respectiva discussão,
aproveitadas e apuradas na oportunidade da decisão coletiva. Portanto,
considero que cada educador tem a responsabilidade em seu individual trabalho,
objetivando reproduzir no sucesso coletivo!
Assim, a antes mencionada
administração democrática, usualmente servida como “gestão democrática” promove
aberturas e caminhos para a comunidade, significando assim um significativo e
enorme avanço com vistas “à democratização do ensino”, momento que percebemos e
determinantemente constatada que as escolas estão procurando a tal mudança, em
algumas oportunidades até conscientizando a comunidade escolar que está
inserida a participar dos projetos educativos.
É compreensível e já visto diante de
diversas notas que “a escola tem um papel fundamental na luta pela
descentralização de poder e valorização do homem como ser social”.
Portanto, conscientizando-se as pessoas objeto desta participação coletiva
pode-se obter inúmeras e variadas conquistas em razão da comunidade escolar.
Tal despertar, esse “sair do sono”, de tal “estado dormente” deve
partir de ações concretas na própria escola, promovendo a valorização de ideias
oriundas da sua comunidade, através da administração/gestão democrática da
educação, oportunidade que o educando é sujeito de sua aprendizagem e,
portanto, ao perceber seu valor no contexto da sociedade, transforma-se em “lutador”,
travando intensa luta para mudar igualmente a sociedade.
Em razão do Projeto
Político-Pedagógico – PPP, que de certa forma, é um projeto que, embora de
caráter burocrático, necessita e precisa ser construído partindo-se das
vivências e deve ser o motivo das mais diversas práticas cotidianas é, assim,
um esboço coletivo das mais amplas expectativas com relação ao educado e seu
intenso trabalho formativo. É compreensível ainda que, dentro das novas
concepções orientadas pelos processos de globalização, a política educacional
partindo-se dos anos 1990, imprimiu
várias alterações na legislação do Sistema de Ensino, entre as quais a LDB
9.394/1996, as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil e o Ensino
Fundamental, EJA-Educação de Jovens e Adultos, Médio e Superior. Além de tais,
as Resoluções para os Cursos Sequenciais e demais providências.
Destaque para a LDB acima citada, em
seu artigo 12º, inciso I, que prevê:
“os
estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do sistema de
ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”,
deixando claras as ideias, segundo as
quais a escola não pode prescindir da reflexão sobre sua intencionalidade
educativa. Portanto, é de se considerar que o PPP- Projeto
Político-Pedagógico é prioritário em sede de estudo e de discussão e, tanto
o Conhecimento e o Reconhecimento da identidade da instituição convém a
necessidade de “avaliar constantemente o projeto para refletir o que
planejar”, ainda os resultados obtidos e o que reclama ser mudado,
melhorado, adequado, com vistas à obtenção, ao atingimento daquilo que não
resultou realizado, alcançado, partindo do planejado.
Por fim, há de se considerar ser
possível acreditar que toda escola pode ser democrática, e que possa contribuir
para a construção de uma sociedade justa e melhor. Enfim, a construção do PPP-Projeto
Político-Pedagógico é um novo paradigma para as instituições escolares, um
processo flexível e permanente, momento que, todo trabalho desenvolvido, partindo dele, tem sua importância, um
significado, um significante, determinado sentido quer para os educadores e
gestores, quanto para a comunidade em geral, permeando efetivar uma gestão
democrático-participativa inclusive na Escola.
ROBERTO
COSTA FERREIRA
PROFESSOR – PSICANALISTA – PESQUISADOR
CEP – UNIFESP – UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SÃO PAULO/SP.
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