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terça-feira, 30 de novembro de 2021

PPP - Qual a importância do PPP no sentido de efetivar uma gestão democrático-participativa na Escola?

 


Diante de tal indagação tenho a dizer, por conclusão, que a administração democrática necessita atentar-se às necessidades e situações de transformações que acontecem e aconteceram no contexto da sociedade e, bem por tal o administrador, ou gestor deverá reunir habilidades e provar competências quanto à coordenação e mesmo plena ação mútua e compartilhada de comunicação.

É muito certo que o ser humano busca construir continuamente resultados, necessitando para tanto de participativa educação no qual os componentes das esferas sociais empreguem recursos mais diretamente na educação dos seus cidadãos, promovendo um contínuo e próspero crescimento.  Também é correta a compreensão segundo a qual o fazer pedagógico constrói-se na justa proporção em que ocorrem desafios segundo as exigências educacionais e sociais.

Diante de tais desafios, entendo não residir espaço para atitudes metodológicas segundo as quais apresentam-se reprodutivas, como as ainda resistem e são utilizadas por diversos professores, vez que, a repetição de conteúdos não dá conta de uma ampla formação. Os educadores, cada vez mais, são exigidos tendo que cumprir tarefas que anteriormente não lhes diziam respeito, face a formação de valores, leitura dos meios de comunicação, orientação sexual e inúmeras outras atitudes do fazer humano. Desse modo, tornando-se uma questão de sobrevivência da escola, é essencial que os profissionais da educação desafiados constantemente pelo desconhecido, promovam a renovação e atualização de suas práticas educacionais.

É perceptível que, tendo em vista a referida sobrevivência das escolas, torna-se necessário a produção do competente e adequado projeto político-pedagógico em tais instituições e tal vindo alicerçar-se nos princípios que resguardem e garantam igualdade e participação inclusiva de todos e de cada um dos envolvidos, possibilitando e promovendo a plena expressão de suas ideias e respectiva discussão, aproveitadas e apuradas na oportunidade da decisão coletiva. Portanto, considero que cada educador tem a responsabilidade em seu individual trabalho, objetivando reproduzir no sucesso coletivo!

Assim, a antes mencionada administração democrática, usualmente servida como “gestão democrática” promove aberturas e caminhos para a comunidade, significando assim um significativo e enorme avanço com vistas “à democratização do ensino”, momento que percebemos e determinantemente constatada que as escolas estão procurando a tal mudança, em algumas oportunidades até conscientizando a comunidade escolar que está inserida a participar dos projetos educativos.

É compreensível e já visto diante de diversas notas que “a escola tem um papel fundamental na luta pela descentralização de poder e valorização do homem como ser social”. Portanto, conscientizando-se as pessoas objeto desta participação coletiva pode-se obter inúmeras e variadas conquistas em razão da comunidade escolar. Tal despertar, esse “sair do sono”, de tal “estado dormente” deve partir de ações concretas na própria escola, promovendo a valorização de ideias oriundas da sua comunidade, através da administração/gestão democrática da educação, oportunidade que o educando é sujeito de sua aprendizagem e, portanto, ao perceber seu valor no contexto da sociedade, transforma-se em “lutador”, travando intensa luta para mudar igualmente a sociedade.

Em razão do Projeto Político-Pedagógico – PPP, que de certa forma, é um projeto que, embora de caráter burocrático, necessita e precisa ser construído partindo-se das vivências e deve ser o motivo das mais diversas práticas cotidianas é, assim, um esboço coletivo das mais amplas expectativas com relação ao educado e seu intenso trabalho formativo. É compreensível ainda que, dentro das novas concepções orientadas pelos processos de globalização, a política educacional partindo-se dos  anos 1990, imprimiu várias alterações na legislação do Sistema de Ensino, entre as quais a LDB 9.394/1996, as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, EJA-Educação de Jovens e Adultos, Médio e Superior. Além de tais, as Resoluções para os Cursos Sequenciais e demais providências. 

Destaque para a LDB acima citada, em seu artigo 12º, inciso I, que prevê:

os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”,

deixando claras as ideias, segundo as quais a escola não pode prescindir da reflexão sobre sua intencionalidade educativa. Portanto, é de se considerar que o PPP- Projeto Político-Pedagógico é prioritário em sede de estudo e de discussão e, tanto o Conhecimento e o Reconhecimento da identidade da instituição convém a necessidade de “avaliar constantemente o projeto para refletir o que planejar”, ainda os resultados obtidos e o que reclama ser mudado, melhorado, adequado, com vistas à obtenção, ao atingimento daquilo que não resultou realizado, alcançado, partindo do planejado. 

Por fim, há de se considerar ser possível acreditar que toda escola pode ser democrática, e que possa contribuir para a construção de uma sociedade justa e melhor. Enfim, a construção do PPP-Projeto Político-Pedagógico é um novo paradigma para as instituições escolares, um processo flexível e permanente, momento que, todo trabalho desenvolvido,  partindo dele, tem sua importância, um significado, um significante, determinado sentido quer para os educadores e gestores, quanto para a comunidade em geral, permeando efetivar uma gestão democrático-participativa inclusive na Escola.

ROBERTO COSTA FERREIRA

PROFESSOR – PSICANALISTA – PESQUISADOR

CEP – UNIFESP –  UNIVERSIDADE FEDERAL DE

SÃO PAULO/SP.

 

 


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