Em referência ao tema a que me
proponho apresentar e analisar – Corpus
Christi – dos referenciais teóricos que trago e mesmo fontes
bibliográficas, parto de possível síntese que se estrutura ao longo do
conceitual, ampliando o entendimento sobre o tema sem a possível exaustão,
identificando o que se conhece acerca do tema ora estudado, ou que resultou
anteriormente visto e pesquisado e quais aspectos permanecem ainda
desconhecidos. Destaco que, ainda que se pareça igual a um possível e
determinado artigo comum, ainda que alguns títulos considerados dos apartados
coincidam, o conteúdo é diferente e original, materializando a proposta deste
Artigo de Revisão.
Assim, Páscoa Cristã é
a festividade mais importante para a religião cristã. Páscoa
significa passagem e tem origem no termo hebraico Pessach.
O "Domingo de Páscoa" celebra a Ressurreição de Jesus
Cristo. A origem da celebração da Páscoa está na história judaica relatada
na Bíblia, no livro chamado “Êxodo”. E tal significa saída, e é
exatamente a saída dos judeus do Egito registrada em muitos livros. Quando Ramsés
II, rei do Egito, subiu ao trono, apavorou-se com o crescimento do povo de Israel,
achando que esse crescimento colocava em risco o seu poder. Essa preocupação
deu início a uma série de ordens e, obras levaram os judeus a um período de
grande sofrimento.
Conta a Bíblia que Deus, vendo o
que se passava com seu povo, escolheu Moisés para tirá-los dessa
situação, dando a ele os poderes necessários para o cumprimento da missão. Na
semana em que o povo de Israel iniciou sua jornada para sair do Egito, Deus
ordenou que comessem só pão sem fermento e no último dia, quando
finalmente estariam fora do Egito seria comemorada a primeira Páscoa,
sendo esse procedimento celebrado de geração em geração. Essa celebração
recebeu o nome de Pessach, aludido acima, e nesse caso da
escravidão à liberdade. Daí, surgiu a palavra Páscoa. Durante os
40 dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa – período
conhecido como Quaresma – os cristãos se dedicam à penitência para lembrar
os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que ele suportou na
cruz.
A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém – ocasião em que as pessoas cobriam a estrada com folhas da palmeira, para comemorar sua chegada. A Sexta-Feira Santa é o dia em que os cristãos trazem à memória a morte de Jesus na cruz. Dados os Símbolos da Páscoa Cristã, temos quais:
· Cruz vazia, Sol nascente, túmulo vazio, girassol, borboleta, chocolate (que de amargo se torna doce), símbolos que falam de transformação.
Já a Quaresma, tal contagem do período que faz referência aos 40 dias em que Jesus Cristo esteve no deserto, é feita da seguinte forma:
· a partir da quarta de cinzas, que neste ano de 2023 datou de 22 de Fevereiro, contamos os dias até o sábado antes da Páscoa, conhecido como Sábado de Aleluia, ocorrido em 9 de Abril. O resultado é 46. Depois disso, tiramos 6, que é o número de domingos que há no período da quaresma. O resultado é 40!
A explicação para essa contagem é
que a partir da quinta-feira santa à tarde, tem início um novo
período, o chamado tríduo pascal, que compreende a Sexta-Feira Santa,
o Sábado de Aleluia e o Domingo de Páscoa, ocorridas em 07,
08 e 09 de Abril de 2023 - Domingo de Páscoa.
Logo, temos que, a história
detalha o retorno à vida de Jesus Cristo ao terceiro dia depois de
ser crucificado, morto e sepultado. A Sexta-Feira Santa marca o dia
da crucificação e o domingo, o renascimento. No 1° domingo depois da 1a.
Lua Cheia que acontece após o
equinócio da primavera (hemisfério norte) e equinócio de outono (hemisfério
sul). Segundo a Bíblia, o Domingo de Páscoa celebra a Ressurreição de Jesus e sua 1a.
aparição entre discípulos. A Páscoa já era comemorada antes da
época de Jesus Cristo. Trata-se
da comemoração do povo judeu por ter
sido liberado da escravidão no Egito,
que perdurou por cerca de 400 (quatrocentos) anos!
Retratada no livro de Mateus,
da Bíblia Sagrada, a ressurreição é um marco para a fé Cristã e relatada
nas mais diversas religiões. A história detalha o retorno à vida de Jesus
Cristo ao terceiro dia depois de ser crucificado, morto e sepultado. A
Sexta-Feira Santa marca o dia da crucificação e o domingo, o renascimento.
O fato é celebrado na Páscoa, a maior e mais antiga festa do Cristianismo. No sentido literal, a palavra ‘ressurreição’
significa ressurgir; erguer ou levantar. Diante do cenário atual em que
o mundo vive, após a pandemia do novo coronavírus, a mensagem carregada pela
história da cruz pode trazer um novo significado para a humanidade. Entendido
por muitos, a Ressurreição garante
àqueles que creem na história que eles não estão sozinhos durante este momento
caótico ...
“Um dos
aspectos mais importantes na ressurreição de Jesus Cristo é acreditar em um
Deus vivo. E essa prova que nós temos, biblicamente falando, ela pode ser
encontrada no Evangelho de São Mateus, capítulo 28, versículo 20, quando
Jesus vai dizer: ‘Eis que estou convosco todos os dias’. Ele está garantindo
que está conosco. Não existe a possibilidade de um Deus morto estar presente na
vida de alguém”, digo-vos.
“Neste
período que estamos vivendo, neste pós-caos que nos surpreende e abala todas as
nossas certezas, partindo do pós-Covid, ou “Covid longa” a ressurreição garante
a sua presença conosco, com aqueles que creem e o seguem”.
O pensamento da morte de
Cristo traduz-se num convite para que nos situemos com absoluta sinceridade
perante os nossos afazeres diários e tomemos a sério a fé que professamos. O
evento da Semana Santa que se propaga não pode, pois, ser um parêntesis
sagrado no contexto de um viver motivado exclusivamente por interesses humanos;
deve ser uma ocasião de adentrar nas profundezas do Amor de Deus, para
assim podermos mostrá-lo aos homens, com a palavra e com as obras.
Em Ritos da Semana Santa, que segundo São José Maria Escrivá: “É Cristo que Passa”! Depois da adoração da Santa Cruz, seguem-se a Comunhão Eucarística e a Oração sobre o povo. A Vigília Pascal (Vigília Paschalis), na noite santa em que o Senhor ressuscitou, seja considerada a ‘mãe de todas as vigílias’, na qual a Igreja espera, velando, a Ressurreição de Cristo, e a celebra nos sacramentos. Tal Vigília Pascal compõe-se de quatro partes, quais sejam:
· A Liturgia da Luz, a Liturgia da Palavra, a Liturgia Batismal e a Liturgia Eucarística:
1 – Liturgia da Luz: compõe-se
de:
1.1. Benção do fogo novo: o fogo representa Cristo-luz.
1.2. Benção do
Círio Pascal: o círio pascal é considerado como uma pessoa, e não como um objeto.
O círio é aceso para indicar a
nuvem luminosa do Êxodo, que conduziu os hebreus, e o Corpo Glorioso
de Nosso Senhor. No círio são gravados os algarismos do ano em curso e o
alfa e o ômega, para indicar que Cristo atravessa todo o tempo, do
princípio ao fim; grava-se também uma cruz, que indica a natureza humana de Cristo, pois é
sinal de Sua morte (o alfa e o ômega indicam a Sua natureza divina).
1.3. Procissão
até à Igreja: canta-se a antífona Lumen Christi (“Luz de
Cristo”), seguida da resposta Deo gratias (“Graças a
Deus”).
Essa procissão recorda os hebreus seguindo a nuvem, na
primeira Páscoa. As velas que os fiéis levam acesas indicam que são filhos da
luz, e que essa luz vem de Cristo.
1.4. Pregão pascal (Exultet): escrito provavelmente
por Santo Ambrósio, o pregão pascal descreve o significado espiritual da
luz na noite iluminada pela Ressurreição de Cristo, aludindo às grandes
etapas da história da salvação, desde o Antigo Testamento até hoje.
Chegamos então ao momento: Corpus
Christi na Bíblia! Onde, Corpus Christi significa “corpo de Cristo”. O
Corpus Christi é uma festa católica que celebra a importância da Eucaristia
(Santa Ceia). A festa acontece numa quinta-feira, 60 dias depois do
domingo de Páscoa. A festa de Corpus Christi não está na Bíblia. É
uma tradição católica que surgiu no século XIII. O objetivo da festa é
comemorar a instituição da santa ceia por Jesus. Acontece na
quinta-feira porque a última ceia de Jesus foi numa quinta-feira. A festa é
marcada por procissões pelas ruas com o pão da eucaristia.
A igreja católica ensina que a
ceia do Senhor é mais que uma lembrança do sacrifício de Jesus. Ela afirma
que o pão e o vinho se transformam no corpo e no sangue verdadeiro de Jesus.
Assim, Jesus está presente fisicamente na ceia, conferindo-lhe poder
sobrenatural. Isso se chama transubstanciação. Por isso, na festa
de Corpus Christi os católicos são incentivados a adorar o pão e o vinho da
eucaristia, que são a manifestação física de Jesus na terra.
O que a Bíblia diz sobre transubstanciação?
A Bíblia nunca diz que os elementos da Santa Ceia se tornam realmente no
corpo de Jesus. O objetivo principal da Ceia é lembrar o sacrifício de
Jesus e mostrar que cremos nele. Quando tomamos a Ceia declaramos que somos
salvos pelo sacrifício de Jesus na cruz e que todos somos parte do corpo de
Jesus, a Igreja. Se alguém é salvo, Cristo já vive dentro dele. Quando
duas ou três pessoas se reúnem no nome de Jesus, ele já está presente lá (Mateus
18:20). Não é preciso literalmente comer a carne e o sangue de Jesus
para O receber em nós.
Jesus disse:
“... que o pão era seu corpo e o vinho era seu sangue”. Ele ainda
explicou: “... que devemos tomar a Ceia em memória dele, para que
ninguém se esqueça do seu sacrifício”.
(1 Coríntios
11:24-26).
Em João 6:53-55, Jesus disse que precisamos comer sua carne e beber seu sangue para ter a vida eterna. Mas Jesus não estava falando de forma literal. Ele estava explicando uma realidade espiritual! Os judeus interpretaram isso literalmente e ficaram escandalizados e Jesus explicou que eles não tinham entendido o que ele queria dizer. (João 6:61-63). Um pouco antes, Jesus tinha explicado que “comer” dele significava crer nele. Somos salvos pela fé. (João 6:35). Da mesma forma, tomar a Ceia é símbolo da nossa fé em Jesus.
Jesus instituiu a Santa Ceia
como memorial de sua morte, que deve ser celebrado até que ele venha. (1
Coríntios 11:26). Mas Jesus não mandou celebrar o pão e o vinho como
sendo seu corpo e sangue verdadeiros. Não há nada de errado em criar festas
para celebrar acontecimentos da Bíblia, mas a festa de Corpus Christi se
baseia em princípios que não são bíblicos. O pão e o vinho não se
tornam na carne e no sangue de Jesus. São apenas símbolos, para lembrar de
Jesus. Adorar o pão e o vinho no Corpus Christi é idolatria (Romanos
1:25).
A Bíblia diz que cada crente
faz parte do corpo de Cristo, que é a igreja. (1 Coríntios 12:27).
Quando alguém aceita Jesus como seu salvador, Jesus mora dentro de seu
coração. A ceia serve para nos lembrar que Jesus já está dentro de
nós. Não tem nenhum poder sobrenatural. Não precisamos de “comê-lo”
na ceia para receber sua graça porque já recebemos! - Gálatas 2:20.
Desse modo, acima quando me
referi à transubstanciação, reitero que perante a Bíblia, Transubstanciação é a doutrina
católica que ensina que o pão e o vinho da Santa Ceia se tornam na carne e no
sangue de Jesus. Assim, o pão e o vinho não são apenas símbolos; o
crente literalmente come Jesus. A Bíblia não diz que o pão e o vinho se
tornam na carne e no sangue de Jesus. De acordo com o ensino da transubstanciação,
quando tomamos a Ceia o pão e o vinho deixam de existir e se transformam na
carne e no sangue de Jesus. O que está lá é o corpo real de Jesus, mas
ainda com a aparência exterior de pão e vinho.
Segundo a Igreja Católica, na Ceia (ou Eucaristia) o padre fala com a autoridade de Jesus, dizendo “este é meu corpo” e “este é meu sangue”. Nesse momento o pão e o vinho se transformam na carne e no sangue de Jesus. Assim, Jesus está fisicamente presente no lugar dessa comida, sacrificado novamente por nós. Por isso, o pão e o vinho podem ser adorados porque agora são Jesus!
Roberto Costa Ferreira, 07 Abril 2023
Professor - Psicanalista - Pesquisador
UNIFESP-Universidade Federal S. Paulo
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