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Assim como esta - E O PARABÉNS? FICA POR CONTA DE QUEM? - a matéria referida entre colunas de fotos - Saudação 73, Anos aniversariados ...- encontram-se postas e disponíveis no presente blog citado. |
Pronto! Com energia e vontade, disposto e apto para aquele momento, afim de evitar desperdício de tempo: algo como “o concluído”, alinhado com a memória que trago, ora abraçado no abraço, o mais apertado de todos, tirando do chão as memórias às quais vivi, pois que, “As memórias nos tornam quem somos. São elas que nos ajudam a compreender o mundo e moldam nossa visão” ... Explicou certa vez Ângela Wyse, pesquisadora amiga.
Assim, nesta data, trago em
comemoração e saudades, abraçado às lembranças do amigo Paulo Bomfim - Paulo
Lébeis Bomfim, nascido nesta cidade de São Paulo, em 30 de setembro de
1926, digno descendente de bandeirantes e fundadores de cidades, onde as
origens da temática de “Armorial” circularam em suas veias, filho de Simeão dos
Santos Bomfim e Maria de Lourdes Lébeis Bomfim. Foi um significativo amigo!
Sua mãe era artista e seu pai – homem que sabia falar grego e latim – formou-se
médico em 1918, na primeira turma da Faculdade de Medicina de São Paulo.
Ele, o Paulo que presenciou a Revolução
Constitucionalista, movimento que marcou sua vida e obra, tendo homens de
sua família que lutaram nas trincheiras e mulheres que participaram como
enfermeiras e auxiliares, tal qual sua “tia Nicota” que cuidou das
famílias dos exilados e hoje repousa no Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32,
no Parque do Ibirapuera/SP. Que me contou certa vez que “à medida que os
participantes envelheciam e morriam, aos poucos, tornava-se a memória viva da
jornada constitucionalista”.
“A
trincheira de 32 foi a pia batismal da democracia”, escreveu Bomfim.
Leia o poema: “Os jovens de 32”.
Tornou-se aluno, embora não tenha concluído tal curso jurídico, por opção, da velha e sempre nova Academia de Direito do Largo de São Francisco, a fim de se dedicar ao jornalismo. Iniciou suas atividades jornalísticas, confidenciou-me certa vez, a convite de Assis Chateaubriand, momento que muitas coisas li através das colunas "Luz e Sombra”, tendo atuado no rádio e na televisão. Deixou seus passos no TJ/SP – Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, começando no Judiciário com o juiz de menor Aldo de Assis Dias, onde trabalhou organizando técnicas do Juizado...
“Enquanto
viver, por onde andar, levarei teu nome pulsando forte no coração, e quando
esse coração parar bruscamente de bater, que eu retorne à terra donde vim, à
terra que me formou, à terra onde meus mortos me esperam há séculos; por
epitáfio, escrevam apenas sobre meu silêncio, minha primeira e eterna confissão:
– EU TE AMO SÃO PAULO!”
Nos encontramos nesta existência, pessoalmente, em três dimensões temporais físicas, interligando nossas vidas. A primeira, acima referida, nos primórdios da Vara Central de Menores, depois por segunda, perto de 2004, ocasião que proporcionou publicar-se “Tecidos de Lembranças” e “Rituais”, situação que, eu atuando nas esferas de Fiscalização Judiciária, o então Governo do Estado de São Paulo elaborava em estudos conjuntos e posteriormente instituiu o Prêmio Paulo Bomfim de Poesia ... Nestes tempos eu já contava 54 anos e ele 78 bem vividos, então percorríamos o Salão dos Passos Perdidos na companhia de ornamentos decorativos primorosos e falávamos acerca das 16 Colunas de granito vermelho que ladeiam a sala e, da oportunidade do transporte de carroças de ferro provenientes de Itu/SP, pesando aproximadas 16 toneladas cada e que, naquele local restaram içadas por cordas e roldanas ... O nosso caminhar, o som equilibrado de nossas vozes pareciam referendar o dito popular segundo o qual o nome “Salão dos Passos Perdidos” decorre do som dos passos das pessoas circulantes!
Bem dito pelo querido amigo: “poetas
não morrem, eles se transformam em palavras”. E eu creio sinceramente no
dito! Estou à meio caminho de seu nascimento, em razão do mês: nascido
em Setembro e falecido num domingo, em decorrência de uma queda, em 7 de
Julho de 2019. Uma fatalidade!
Um outro amigo lembrou – Prof.
Antonio Alves – “POETAS NÃO MORREM ... Dizem que os poetas também morrem
... Esses dias mesmo me disse: “Quatro anos da morte de Paulo Bomfim”.
Não entendo, estou aqui com ele! Posso ouvi-lo, senti-lo, continuo aprendendo
com ele, vejo suas palavras se materializarem nas mais puras e inteligentes
lições de vida. Como pode um defunto fazer tudo isso?
Ora, Paulo
Bomfim vive!
Os poetas
não morrem!
Cada história que conhecemos ou
pessoalidades, deixa uma marca em nós ... Então, nas minhas memorias e no dia
de hoje – 05 de Agosto – bem a gosto, busco um amigo para ver se
descubro algo mais em mim! Consigo?
Roberto Costa Ferreira – HILASA
Instituto de
Letras, Ciências e Artes
Santo Amaro – São Paulo / SP
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