Originalmente, as mensagens
eram publicadas de modo esparso em periódicos da época, especialmente na
revista Reformador, da Federação Espírita Brasileira,
culminando com a publicação da primeira coletânea em 2 de setembro de 1948,
intitulada Caminho, Verdade e Vida.
Órgão Evolucionista, a primeira
edição da Revista Reformador veio para completar o quadro de imprensa
espírita estabelecida no país desde o ano de 1869. O número 1, ano 1,
foi impresso no dia 21 de janeiro de 1883 no ateliê do fotógrafo
e jornalista, Augusto Elias da Silva, que se utilizou de recursos
próprios para imprimir e distribuir a produção em formato de jornal com quatro
páginas.
Há 140 anos era lançado o
periódico Reformador. A redação desde seu lançamento até o ano de 1888
situava-se na rua da Carioca, 120, 2º andar, Rio de Janeiro, no ateliê de
Augusto, onde também residia com sua família. Um marco para a história do
Espiritismo no Brasil. No mesmo endereço, no ano seguinte, Elias se uniu a
outros confrades na fundação da Federação Espírita Brasileira,
incorporando a publicação anos mais tarde ao seu material de divulgação.
Já na época e na década de 40 – 1940 – Emmanuel, cujo nome dado pelo médium
brasileiro Chico Xavier ao espírito a que atribui a autoria de boa parte de
suas obras psicografadas, (tal espírito era apontado por Chico Xavier como seu
orientador espiritual) tendo iniciado um
projeto extraordinário de comentário e estudo do Evangelho à luz da Doutrina
Espírita, (mensagens estas
publicadas até mesmo na revista Reformador), compõe sua coleção de “colares de pérolas”.
E para tal resgatou as experiências em Ávila, ao lado de Alcíone, como Padre
Damiano (Pão Nosso -1950), bem como as lições em Éfeso, ao redor de João Evangelista e
Policarpo de Esmirna, na roupagem do escravo judeu Nestório
(Vinha de Luz - 1951). O benfeitor
espiritual compôs sua coleção
abordando os mais variados temas, a partir das lições do Cristo. Assim,
diante da missão do medianeiro Francisco
Cândido Xavier, consolidou-se o monumental repositório de centenas de
mensagens interpretativas dos textos do Novo Testamento, sendo
certo que, pelo menos em torno de 70 anos Chico Xavier/Emmanuel inauguraram
a coleção Fonte Viva (Fonte Viva -1956), convidando-nos a mergulhar nas profundidades da própria alma, à procura
dos traços da Lei Divina inscrita em nossa consciência.
Desse modo, destaco a Lição de nº 168 – Entre o Berço e o Túmulo
– que ilustro sob minha compreensão, à luz do texto original, conforme:
“Nossa vida na Terra se limita ao
tempo que vivemos “entre o berço e o túmulo”. É neste espaço
temporal, que o homem detém o "usufruto da terra", com o fim
de evoluir e aperfeiçoar-se. Do berço ao túmulo, nossa maior necessidade é
de amor! Sem ele, já na origem, os bebês morrem. Por falta dele, os idosos
definham. Em sua ausência, a doença floresce!
Muitos livros são escritos a seu
respeito. Grupos de pessoas se juntam para tocarem-se e abraçarem-se, em busca
dele ... O Amor! Até distorcendo-no e o degradam. Muitos chamam isso de “fazer amor”, e
mostram sua ignorância a respeito dele. Todavia, aquele "amor
salvador" é a nossa maior necessidade... Creiam!
Num determinado seminário
empresarial sobre relações humanas, o orador referiu-se acerca de um berçário
repleto de bebezinhos órfãos, sustentando seu relato em razão de uma observação
científica. Numa longa fileira de berços, os bebês ficavam doentes, e alguns
deles até morriam — exceto o bebê no último berço. Este passava bem. O médico
pediatra ficou intrigado ... Todos eram bem alimentados, tomavam seu
“banhozinho” e eram bem agasalhados — não havia diferença quanto aos cuidados
que recebiam.
Todavia, somente o bebê no último
berço vicejava. Com o passar dos meses, foram trazidos novos bebês, e a
história era sempre a mesma: Apenas o bebezinho no último berço passava bem.
Por fim, o médico atento nas suas observações logrou identificar que, num
determinado horário a faxineira chegando, e, de joelhos, esfregava o chão, de
uma ponta a outra no dormitório do berçário. Quando terminava de limpar
o piso, ela se erguia, espreguiçava-se e esfregava as suas costas. Daí,
dirigia-se ao último berço, pegava o bebê, andava pelo aposento com ele,
acariciando-o, conversando com ele, embalando-o nos braços ...
... Depois ela o colocava de novo
no berço e partia. O médico ficou observando na noite seguinte, e na noite
depois dessa. A cada noite acontecia a mesma coisa. Era sempre "o bebê
no último berço que era apanhado, acariciado", falava com ele e “mostrava-se-lhe
tais gestos de amor”. E, em todos os novos grupos de bebês trazidos, era
sempre o bebê no último berço que vicejava, enquanto os demais ficavam
doentes!
A revista Psychology
Today disse, em uma de suas publicações, que:
“durante os
períodos formativos do desenvolvimento cerebral, certos tipos de privação
sensória — tais como a falta de contato e de embalo da criança por parte da mãe
— resultam em desenvolvimento incompleto ou prejudicado dos sistemas neuronais
que controlam a afeição”.
O bebê aprende a amar com a mãe
amorosa. Em questão de minutos depois do parto, forma-se um vínculo entre a mãe
e o bebê. Depois disso, expressões recíprocas de amor nutrem o apego entre
eles, conforme mostra o livro “Torne Feliz Sua Vida Familiar”, na
página 99:a ...
“A mãe
inclina-se sobre o bebê no berço, põe a mão no peito dele e o sacode
suavemente, chegando o rosto perto ao do bebê e diz: ‘Eu te vejo, meu
queridinho’, ou algo assim...
O bebê, naturalmente, não conhece
as palavras (que na realidade talvez nem sejam muito lógicas). Mas remexe-se e
arrulha de prazer, porque reconhece que a mão brincalhona e o tom da voz lhe
dizem claramente: ‘Eu te amo! Eu te amo!’
Sente-se reconfortado e seguro.
Os bebês e as criancinhas aos quais se mostra amor apreciam isso, e, imitando
o amor, praticam-no, pondo os pequenos braços em volta do pescoço da mãe e
dando-lhe entusiásticos beijos. Agradam-se da acolhedora reação emocional
que recebem da mãe, em resultado disso. Começam a aprender a lição vital de
que há felicidade tanto em dar amor, como em recebê-lo, de que, por semearem
amor, também o colhem em troca.
(Atos 20:35; Lucas
6:38)”
Com o decorrer dos anos, muitos
estudos confirmaram a necessidade que os bebês têm de amor. A revista Scientific
American, recentemente, publicou o seguinte informe:
“René Spitz, do Instituto de Psicanálise de Nova Iorque, e sua colega, Katherine Wolf, colheram histórias de 91 bebezinhos de lares de crianças enjeitadas na parte leste dos EUA e do Canadá. Descobriram que os bebês mostravam, de forma persistente:
· "evidência de ansiedade e tristeza";
· Seu desenvolvimento físico foi retardado,
· e deixaram de apresentar o ganho normal de peso, ou até perdiam peso.
· Períodos de insônia prolongada se alternavam com períodos de estupor.
Dos 91, informaram Spitz e
Wolf, 34 morreram ‘apesar da boa alimentação e de meticulosos
cuidados médicos’.”
Um outro psiquiatra da Flórida,
EUA, não me recordo do nome, em sua literatura disse:
“A criança
que não é bastante abraçada e acariciada pode vir a tornar-se, quando crescer,
uma pessoa isolada, distante ou arredia . . . O contato físico entre
genitor e filho é tão essencial na criação dum filho que, em alguns casos, as crianças
que não foram abraçadas ou afagadas no primeiro ano de sua vida não
sobrevivem.”
Um informe a respeito das descobertas feitas pelo Dr. James
Prescott, do Instituto Nacional de Saúde dos EUA, declara:
“Desde o
instante do nascimento, muitos americanos se veem privados de algo que poderia
impedir que se tornassem criminosos, doentes mentais ou adultos violentos. Este
algo é o toque e a afeição física — uma espécie de ‘prazer sensorial’ do qual
os humanos carecem tanto quanto carecem de alimento.”
Muitos distorcem esse correto
entendimento! Decorrem dele que se
aprenda a dedicação do amor ... Tolerância e humildade ... Enfim!
Portanto, nas consequências, a rebeldia complica os melhores planos da vida.
Revolta é o atraso lastimável em qualquer procedimento, concluiu “aquele
orador da organização referida ao início”.
Portanto, acolhamos as nossas
dificuldades, "nossas ausências", quando não consigamos extingui-las, sanando-as, mesmo pouco a
pouco, sob o esforço de “energia serena”. Não fujamos à luta que a vida
nos propõe, na intimidade de nós mesmo e, atendamos ao trabalho do dia a dia,
a fim de superarmo-nos. Conservemos a certeza de que é “pelas próprias
prestações de serviço ao bem comum”, plenos de “amor construtivo”
que a bênção da vitória nos marcará!”
EMMANUEL
(Do livro “Inspiração”,
23, FCXavier, último §-GEEM)
Por: Roberto Costa
Ferreira, 31/07/2023 – FEESP.
Atentos a tais enunciados antes do tema:
1. ENTRE O BERÇO E O TÚMULO “Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem, porque as que se veem são temporais e as que se não veem são eternas.” – Paulo. (II Coríntios, 4:18.) Emmanuel.
2. O berço nos recebe rodeados de sonhos, sorrisos e esperanças. O túmulo guarda a despedida cheia de lágrimas.
3. Esta forma de pensar impede de vermos que nesse intervalo vivemos literalmente ligados ao corpo físico, e sempre às voltas com as peripécias materiais.
4. Como nosso cérebro atual não traz registros anteriores ao presente, acreditamos que esta seja a única e verdadeira vida.
5. Daí, investirmos toda capacidade interior em conquistas materiais, toda a energia em prazeres fugazes.
6. Mal percebemos que o que julgamos valioso é, na verdade, passageiro.
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