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sábado, 6 de setembro de 2025

10 ANOS, ANIVERSARIANDO ... CONSELHEIROS & MOVIMENTOS - Santo Amaro/SP!

Logotipo do Fórum Regional de Saúde Sul desenvolvido por seu coordenador Roberto Costa Ferreira. 

Na atualidade os Movimentos tenderam a ter uma nova configuração:
• porque suas ações passaram a ser mais propositivas,
• do que reivindicativas!

Na oportunidade, em 1970, onde tinha 20 anos e conhecera minha esposa, restou nacionalmente reconhecido por sua proporção e conquistas, o Movimento de Saúde da Zona Leste (MSZL), em São Paulo, que teve início nesta década - de 1970 -  e foi um dos principais pilares da construção popular do Sistema Único de Saúde (SUS), em 1988, dentro do pacote de transformações sociais que trouxe a Constituição Federal.

Mesmo passado mais de 55 anos, o SUS continua sendo tido como um modelo de política pública do setor em todo o mundo.
O Brasil é, inclusive, um dos cinco países do mundo que tratam a saúde como um direito universal e gratuito para todas e todos. E todos colaboramos!
Mas falar do início desta política é, automaticamente, remeter-se à atuação de um conjunto aguerrido de mulheres periféricas que, organizadas e mobilizadas por mais direito à saúde em seus próprios bairros, essas mulheres foram as grandes responsáveis pela criação dos primeiros equipamentos públicos de saúde nos bairros periféricos de SP, onde a omissão do Estado sempre soou mais alto, reunidas quer nas assembleias afins, organizadas, elas se tornaram, além de locais para  cerimônias religiosas, espaços de encontros para mobilização política.
mediante associações comunitárias e de bairros, cotizadas e identificadas com o propósito de desenvolvimento social, econômico, de atenção à saúde em prol da comunidade.

Era então o povo reunido gritando, já naquela época, por representação e reconhecimento de suas demandas junto ao poder público.
Assim como demais donas de casa e outros membros atuantes por direitos da região, inspiraram-se, principalmente, no proposito onde:
“A gente começou se organizar por causa do padre Xavier, que veio pra cá paro Burgo Paulista. Ele falava pra gente se organizar, que o bairro precisava de um monte de coisa, de posto de saúde, de creche. Eu nunca tinha saído de casa pra coisa de partido. Ele foi tentando aglomerar. Nessa época, a igreja tava mudando, se ajustando as realidades locais. A partir dessas reuniões a gente começou a ver as necessidades, o que precisava. E a periferia tava abandonada, largada”, relata Dalva.

“Meu irmão mais velho começou a participar da comunidade São Pedro Apóstolo (Vila Industrial), que era bem envolvida com  a questão social. De lá houve uma organização para melhoria do bairro. Teve o movimento pelo transporte, aí teve a primeira linha de ônibus pro Parque Dom Pedro. Teve movimento para luz, para escola. Mais a maior luta foi a da saúde”, afirma Teresa Mariano, 70, moradora da Vila Industrial, região sudeste de São Paulo.


Assim, também do proposto Conselho de Saúde que, por volta de 1975/80, nascia no Jardim Nordeste (zona leste de SP), mobilizando mais de 8 mil pessoas, que saíram de suas casas para decidir por meio do voto quem seriam os conselheiros e conselheiras de saúde no bairro, exercendo grande influência.

Era o povo gritando, já naquela época, por representação e reconhecimento de suas demandas junto ao poder público.

Antes da criação do SUS, apenas aqueles que tinham emprego formal e carteira assinada, e, portanto, estavam inseridos no mercado financeiro de trabalho, que tinham acesso à saúde.

Até ali, o serviço não era oferecido diretamente pelo Estado, mas por meio de fundos de aposentadoria. O resultado disso era a intensificação das desigualdades, já que só tinha direito aos cuidados no setor quem apenas quem contribuia com a Previdência.
Dona Dalva da Silva, 60 anos, que conheci "velhinha" pois que atuava na região vendendo livros, e ela era moradora da Vila União, na zona leste de São Paulo, é hoje uma memória viva desse período permeado por ausência de direitos.

E aqui trago parte de seu relato:

“Na época não tinha o SUS, só o INPS e só tinha direito quem era registrado em uma empresa. Por isso que depois que entrou o SUS, muito tempo depois, sendo um atendimento de direito universal. Isso veio depois, com a batalha dos movimentos de saúde para o atendimento ser universalizado. Aqui no Burgo ( bairro da zona leste), foi essa organização que fez implantar o primeiro posto”.

Dois grandes fatos foram fundamentais para o que aconteceu a partir da zona leste e se estendeu para as outras regiões periféricas em SãoPaulo:
• um deles foi a presença da Igreja Católica nos bairros e o outro,
• a atuação dos médicos que pensaram, junto às comunidades, a Reforma Sanitarista no Brasil.

Tal exemplo prolifera até hoje na região de Cangaiba/Penha, onde o politoco/medico, ex-vereador Gilberto Natalício atua por cerca de 55 anos, atendendo nos fins de semana a comunidade carente, em local -região do Cangaiba - onde, para festas de fim de ano, eu e famíliares de minha esposa  comprávamos leitão para engorda e posteriormente Natal!

Queria aqui pontuar que, não fora a atuação através do Movimento Polular de Sto. Amaro - que nestes tempos vive seus 10 anos de Vida - eu não estaria/teria atuado no CMS.

E  lá vivido com estreita colaboração da STS SACA que, na Supervisão da Dra. Mariangela/Cidade Campos, me referendadas para representar na EtSUS/SUL, e lá, neste conjunto de forças, ter o privilégio de - compartilhar Marcelo Scrocco, diretor - construirmos um "painel local", retratando:
• "o quadro de violência infantil na periferia da zona Sul".
Tal virou apresentação no CMS que originou a equipe multidisciplinar atuante na saúde das Supervisões local, sob o olhar do Secretário de então e da Dra. Sandra Sabino, propositura da experiência local em M'Boy Mirim.

Na Escola Municipal, resultado das experiências da EtSUSSul, apreciamos projetos e ajudamos aprovar passagens marcantes:
• Aprovação da Atuação Enfermeira nas frentes de atendimento nas Unidades de Saude;
• Aprovação da atuação e ampliação dos requisitos obrigatórios de "manutenção do FARMACEUTICOS nas Farmácias em Postos de atendimento em UBS;
• Revestido e ampliação das competências do Docto. Norteador (partindo de 2013, para as conferencias);
• Estudo com olhar jurídico da Norma 141e respectivas responsabilidades;
• Adequação das bases para estudo, nas Conferências, quer de âmbito Municipal, Estadual e por consequência Estaduas, através de Competencia Delegada ao CMS de São Paulo momento que eu e a conselheira  adjunta da Comissão de Educação Permanente "fomos investidos nesta tarefa, "atendendo ao requisito de construção, partindo de PROPOSTAS para DIRETRIZES, construindo o legado de estudo "do Que são Diretrizes";
• E toda a vivência e experiência que eclodiram nas ações decorrentes - com o CORTES, momento que construímos os primeiros textos do Hábitos e Procedimentos

Por: Roberto Costa Ferreira - 30ago25.
Prof,Pesquisa,Pedagogista,Med-MEng
HILASA-SP-Instit.História Letras Artes
SANTO  AMARO  -  SÃO  PAULO  -   SP.

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