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quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Hoje é o Dia Internacional da Alfabetização - 08 de setembro!

Estou aqui há algumas horas preparando esta postagem e pensando no que falar a respeito do tema. Ao pesquisar as imagens sobre a data, vi muitas ligadas ao universo infantil, ou seja, a alfabetização sendo relacionada a crianças. Somos brasileiros e, por motivos óbvios, sabemos que a alfabetização do nosso país não está ligada apenas ao universo infantil.

Há muitos jovens e adultos que estão se alfabetizando neste momento, por isso não quis associar a data de hoje apenas ao universo infantil. O ideal seria que essas pessoas tivessem a oportunidade de se alfabetizar na infância, mas não foi possível. Que bom que elas estão tendo essa chance agora!

Parabéns a todos os educadores que se propõem a alfabetizar não só as crianças, mas também os jovens e os adultos. É por meio da alfabetização que podemos mudar de maneira significativa os rumos do nosso país.

De outro modo temos um outro cenário, distante da preocupação básica, elementar e convenientemente tratada. Assim creio! E não é esta abordagem agora. A outra preocupação refere-se considerar que há um século, ser analfabeto significava não saber ler ou escrever. Nos países desenvolvidos, esse problema agora é residual.

Mas outro tipo de analfabetismo está surgindo. Mais sutil, mais difícil de detectar, com mais nuances e talvez tão decisivo quanto: não saber interagir com a IA - dita "inteligência artificial".

Essa nova alfabetização não se trata de saber programar ou entender como os modelos funcionam. É algo mais básico:

     ·         saber fazer boas perguntas,

     ·         saber ler as respostas e, acima de tudo, 

     ·         saber desconfiar!

Desconfiar não de forma paranoica, mas com critério. Distinguir quando estamos usando a IA... e quando a IA esta nos usando...

Algumas pessoas usam esses sistemas como se fossem um Google vitaminado ou uma calculadora com esteroides. Ele faz uma pergunta, copia a resposta e pronto... Outras pessoas — cada vez mais — estão aprendendo a conversar com eles. A expandir seus limites. Para gerar ideias que nem a máquina sozinha nem eles sozinhos teriam sido capazes de produzir. Pois que, a tal "inteligência artificial é natural"!

A chave não é a ferramenta, mas como você a usa. E para isso, é preciso ter conhecimento em IA. A questão vai além de quem faz o quê com o ChatGPT. Sistemas como o Deep Research estão começando a automatizar tarefas que, até recentemente, eram executadas sistematicamente. Embora seja tentador comparar os impactos da automação por IA com os das revoluções industriais do passado, essa visão é limitada!

A IA é, possivelmente, mais transformadora do que o motor a combustão ou a própria internet, pois representa uma mudança fundamental na forma como decisões são tomadas e tarefas são executadas. Ela não é:

     ·         apenas uma nova ferramenta ou fonte de energia, mas,

  ·   um sistema capaz de aprender, se adaptar e tomar decisões de forma autônoma em praticamente todos os setores da economia e aspectos da vida humana.

Justamente por possuir essas capacidades, por escalar de forma exponencial e não estar limitada por fronteiras geográficas, a IA já começou a superar os seres humanos em diversas funções. Isso sinaliza o advento de uma era de inteligência pós-humana. O Goldman Sachs estima que:

     ·         46% das tarefas administrativas e,

     ·         44% das atividades jurídicas poderão ser automatizadas na próxima década.

Nos setores financeiro e jurídico, funções como:

     ·         análise de contratos, detecção de fraudes e,

   ·   consultoria financeira estão sendo cada vez mais desempenhadas por sistemas de IA, que processam dados com maior rapidez e precisão do que os humanos.

Instituições financeiras vêm adotando rapidamente a IA para reduzir custos e aumentar a eficiência, o que coloca em risco muitas funções de entrada nesses mercados. Bancos globais podem cortar até 200 mil empregos nos próximos três a cinco anos em razão da automação por IA. Ironicamente, empregos em programação e engenharia de software estão entre os mais vulneráveis à expansão da inteligência artificial.

Embora se espere que a IA aumente a produtividade e torne tarefas rotineiras mais eficientes —beneficiando tanto programadores quanto não programadores —, alguns profissionais da área confessam:

     ·         estar se tornando excessivamente dependentes das sugestões geradas pela IA,

     ·         o que pode enfraquecer suas habilidades de resolução de problemas.

Este é um panorama possível e próximo. Portanto, reitero meus parabéns àqueles que agem, praticam exercitando o ofício de alfabetizar, sem considerar instâncias, mesmo aqueloutros meramente preocupados com a abordagem!

Parabéns,  mesmo!

Por: Roberto Costa Ferreira - 30ago25.

Prof, Pesquisa,Pedagogista,Med-MEng

CEP/UNIFESP - Univ.Federal São Paulo

HILASA-SP-Instit. História Letras Artes

SANTO AMARO - SÃO PAULO - SP.

#diainternacionaldaeducacao

#8desetembrodiamundialdaalfabetização

#linguaportuguesa

 

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