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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Dia Mundial do Coração 2014 e a Saúde em cena


29 de setembro - O Dia Mundial do Coração - é celebrado internacionalmente por iniciativa da Federação Mundial do Coração (World Heart Federation). No Brasil, conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e patrocinadores. A campanha deste ano salienta a necessidade de serem criados ambientes saudáveis para o coração.
Escrevi no dia e postei, considerando os ambientes e alerta da Federação Mundial do Coração:

"frequentemente, a sociedade “culpa” o indivíduo por ter doenças cardiovasculares, - você fuma, come e bebe demasiado, não faz exercício! Mas os ambientes onde nós vivemos, trabalhamos e brincamos podem ter um enorme peso na nossa capacidade de tomar as melhores decisões para a saúde do nosso coração - especialmente em ambientes cada vez mais urbanos, que têm mudado os nossos estilos de vida e dietas".
Desta forma, a campanha salienta que muitas pessoas estão "encurraladas em ambientes" onde têm de lidar com a falta de acesso a espaços verdes, onde estão sujeitas a refeições escolares muito pouco saudáveis, onde são alvo de uma exposição desmesurada ao tabaco, álcool e fast food, e, sendo forçadas a serem fumadores passivos.

"Todas as pessoas têm o direito a fazer escolhas saudáveis para o seu coração, independentemente do local onde vivem, trabalham e brincam. Mas todos necessitamos de agir de forma a que tal seja uma realidade nas nossas casas, nas nossas comunidades e nas nossas nações." Este é o apelo da Federação Mundial do Coração, que deixa ainda o convite a todos os cidadãos: "Junte-se ao movimento global para melhores escolhas para um coração saudável... independentemente de onde vive, trabalha e brinca".
O meu coração vive apertado! De tal sorte que a glândula Timo (em grego é Thymus) concentradora de todas as nossas emoções, estimulada, promove o que denominamos “energia vital”:

·         Cresce quando estamos contentes e,
      ·         Encolhe pela metade quando estamos tristes, estressados ou adoecemos.
      ·         Quando nascemos, ela é bem maior, depois vai encolhendo.
      ·         É preciso estimulá-la.

O Timo é um dos pilares do sistema imunológico. Se somos invadidos por micróbios ou toxinas, a glândula reage, produzindo células de defesa na mesma hora. É também sensível a imagens, cores, luzes, cheiros, sabores, gestos, palavras, pensamentos… Dizem que ideias negativas têm mais poder maléfico sobre a glândula do que vírus e bactérias. E quer saber? Acredito. Sendo assim, a expressão “fiquei de coração apertado” revela uma situação real do Timo, que, por reflexo, envolve o coração – que acabou levando a fama.

E por fama promotora de ansiedades tenho a saúde, não a minha, a Saúde em cena!
As eleições para a escolha do presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais se aproximam e, mais uma vez a Saúde é apontada como uma das principais preocupações do povo brasileiro.

Diversas pesquisas, como as recentemente encomendadas e divulgadas ao Instituto Datafolha, comprovam essa realidade, tanto no estado de São Paulo quanto, e acentuadamente, em nível federal. Ao serem questionados sobre que nota dariam à Saúde no pais, em uma escala de 0 (péssima) a 10 (excelente), 64% dos entrevistados em São Paulo deram entre 0 a 4.
Nacionalmente, o índice ficou em 61%. A avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS) seguiu o mesmo nível de insatisfação: 51% registraram notas entre 0 a 4 em São Paulo e 55% no pais inteiro!

Então, se fizermos um pequeno balanço da saúde no país, não paira dúvidas a urgência de mudanças no setor. Destaque para os problemas de financiamento e gestão, e mesmo, em razão da dificuldade de acesso, onde somente 3 em cada 10 entrevistados consideram fácil se submeter a cirurgias, o serviço que tem o acesso mais difícil. As avaliações de difícil e muito difícil somam 62% neste item, o que é gravíssimo, tendo em vista que um paciente necessitando de uma operação requer agilidade de resposta.
Comporta destacar que, diante da pesquisa, quando questionados sobre:

“Quando você ou alguém de sua casa precisa de atendimento de saúde do SUS, qual o primeiro local que vocês procuram?”
Disseram, 55%, utilizar o atendimento de emergência como porta de entrada, o que inclui pronto/socorro atendimento, ambulatório (UPA ou AMA) e hospitais. Então, compreende-se que além da comprovação de acesso complicado ao SUS, do qual sou defensor, é possível perceber uma séria distorção, porque primeiro os pacientes procuram uma unidade de emergência em vez de um posto de saúde, que deve ser, repito, a posta de entrada no sistema, onde é feita a triagem de pacientes e os encaminhamentos aos serviços especializados.

Do parágrafo acima se compreende e, revelam-se falhas graves na gestão/administração de todo o sistema!
Os índices de difícil e muito difícil também ficaram em patamares preocupantes nos demais pontos, a saber:

·         Atendimento médico da rede pública em casa → 47%;
      ·         Consultas com médicos → 54%;
      ·         Atendimento de emergência em pronto socorro → 52%;
      ·         Procedimentos específicos → 43%;
      ·         Internações hospitalares → 50%;
      ·         Exames de laboratório → 47%;
      ·         Atendimento nos postos de saúde → 47%;
      ·         Remédios distribuídos gratuitamente pela rede → 38%.

Nos resultados vistos chama a atenção que mais da metade dos entrevistados (52%) encontrou dificuldades ao buscar atendimento nos postos de saúde, que deveriam ser justamente uma das principais portas de entrada do sistema.
Como foi o atendimento médico durante o recente Mundial da FIFA, e até do lado da saúde suplementar, os velhos problemas continuam e novos surgem, como os casos de operadoras exigindo exames para aceitar idosos nos planos de saúde...

Outro fator deve ser considerado nesta conjuntura das Saúde no país, onde a pesquisa aponta que 39% dos paulistas com mais de 16 anos tem plano de saúde, 10% a mais que a média nacional. Parte das pessoas que adere a planos o faz como tentativa de suprir as lacunas deixadas pela rede pública, porém nem sempre os planos oferecem cobertura adequada de procedimentos, obrigando esse mesmo usuário a buscar no SUS o que precisa.
Vale ainda ressaltar que há um esforço para facilitar a adesão aos planos, porque é interessante que haja essa migração do público para o particular, como tentativa de aliviar a rede de atendimento do SUS.

Neste cenário, é bem verdade que a maioria dos entrevistados em tais pesquisas – 66% - está insatisfeita:
      ·         Faltam investimentos em recursos humanos,
      ·         Valorização dos médicos e de todos que compõem as equipes de atendimento,
      ·         Assim como toda a estrutura que dá sustentação ao SUS, que é precária.

De boa notícia, temos a avaliação positiva apontada como nota 10 à saúde brasileira dada por 2% dos entrevistados, que por algum motivo foram bem atendidas. Ainda, a inclusão dos médicos no Simples Nacional, o que diminui a burocracia para a abertura e fechamento de pessoas jurídicas, simplificação e redução considerável do valor dos tributos.
É fato. Vivemos um momento importante na política brasileira, em que ouvimos e ainda ouviremos dos candidatos aos cargos de presidência da república, governo estadual, senado e deputação, quais soluções possuem para resolver os problemas da Saúde no país.
 
Ouviremos... Não sou cardiopata, contudo, tal sorte me leva à propensão para a hipertensão. O meu coração vive apertado!
 
                                                                                      
                                                                                          

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