Paulo Reglus Neves Freire, PAULO FREIRE,
nascido recifense em 19 de Setembro de 1921, faria hoje 93 anos se não tivesse
falecido em Maio de 1997. Foi um educador, pedagogista e filósofo brasileiro. É
Patrono da Educação Brasileira.
É de se destacar que é considerado um dos pensadores mais notáveis na
história da Pedagogia mundial, tendo mesmo influenciado o movimento chamado
Pedagogia Crítica.
A Pedagogia crítica é uma filosofia educacional descrita por Henry
Giroux, estudioso americano e
crítico cultural, como
sendo:
"movimento
educacional, guiado por paixão e princípio, para ajudar estudantes a
desenvolverem consciência de liberdade, reconhecer tendências autoritárias, e
conectar o conhecimento ao poder e à habilidade de tomar atitudes
construtivas”.
A Pedagogia Crítica inclui relações entre ensinar e aprender. Seus
defensores afirmam que é um processo contínuo do que eles chamam de
"desaprender, aprender, reaprender, refletir, avaliar", e do impacto
que essas ações têm sobre os próprios alunos.
A sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando
assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a
realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista
e alienante: o educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o
caminho, e não seguindo um já previamente construído.
O pedagogista – um profissional versado em Pedagogia da Educação, com o
objetivo de auxiliar o exercício dos educadores, os professores ou não, e dos
alunos. Desenvolve atividades ligadas ao estudo da pedagogia em si – crítico Ira Shor, professor na Universidade da Cidade de Nova
York, cujos livros incluem ensino crítico e Vida Cotidiana, define pedagogia crítica
como:
"Hábitos de pensamento, leitura, escrita e fala que vão além do
significado superficial, primeiras impressões, mitos dominantes,
pronunciamentos oficiais, clichês tradicionais, sabedoria recebida e meras
opiniões, para entender o significado profundo, causas radicais, contexto
social, ideologia e consequências pessoais de qualquer ação, evento, objeto,
processo, organizações, experiência, texto, assunto subjetivo, política, mídia
de massa ou discurso."
Lembro-me
que por volta de 1993, durante entrevista, o maior educador brasileiro falava
sobre a importância da esperança para as transformações e contava o que faria
se estivesse em sala de aula:
"Nós
podemos reinventar o mundo"
Conhecido
e respeitado em todo o mundo, Paulo Freire escreveu mais de 30 livros, entre
eles Pedagogia da Oprimido, de 1968, um marco na pedagogia brasileira e que
influenciou educadores em todas as partes do mundo. Ainda, Educação na Cidade
(Cortez), Professora Sim, Ta Não - Cartas a Quem Ousa Ensinar (Olho D'Água) e
Política e Educação (Cortez), além de Pedagogia da Esperança.
Em
razão de sua pedagogia libertadora e sua militância política, Paulo Freire foi
exilado após o golpe militar de 1964. Retornou ao Brasil em 1980, após a
anistia. No exílio, desenvolveu projetos em vários países da América Latina,
Europa e África, lecionou na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. A
maior parte do tempo trabalhou para o Conselho Mundial de Igrejas, com sede em
Genebra, na Suíça.
Nove
anos depois do retorno, 1989, assumiu a Secretaria Municipal da Educação de São
Paulo, durante administração da prefeita Luíza Erundina, cargo que ocupou por
dois anos e meio.
Quando
escreveu em um de seus livros que:
"eu sou esperançoso, por imperativo existencial", quis dizer que era
isso também e ainda que:
“Eu sou
esperançoso porque não posso deixar de ser esperançoso como ser humano. Esse
ser que é finito e que se sabe finito, e porque é inacabado sabendo que é
inacabado, necessariamente é um ser que procura. Não importa que a maioria
esteja sem procurar. Estar sem procurar é o resultado, é o imobilismo imposto
pelas circunstâncias em que não pudemos procurar. Mas não é a natureza do ser.
É por isso que quando as grandes massas sofridas estão, como eu chamo em Pedagogia
do Oprimido, mais imersas do que emersas na realidade social, política e
econômica, estão sendo proibidas de ser. Por isso é que elas ficam apáticas. A
esperança não floresce na apatia. Cabe ao pedagogo, ao filósofo, ao político,
aos que estão compreendendo a razão de ser da apatia das massas - e às vezes da
apatia de si mesmos - a briga pela esperança. Eu não posso desistir da
esperança porque eu sei, primeiro, que ela é ontológica. Eu sei que não posso
continuar sendo humano se eu faço desaparecer de mim a esperança e a briga por
ela. A esperança não é uma doação. Ela faz parte de mim como o ar que respiro.
Se não houver ar, eu morro. Se não houver esperança, não tem por que continuar
o histórico. A esperança é a história, entende? No momento em que você
definitivamente perde a esperança, você cai no imobilismo. E aí você é tão
jabuticabeira quanto a jabuticabeira”.
Sabemos
que somos finitos, inacabados, incompletos, imperfeitos... A jabuticabeira não
sabe. Ela tem outro tipo de saber.
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