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sábado, 20 de setembro de 2014

HOJE ELE ANIVERSARIA!


Paulo Reglus Neves Freire, PAULO FREIRE, nascido recifense em 19 de Setembro de 1921, faria hoje 93 anos se não tivesse falecido em Maio de 1997. Foi um educador, pedagogista e filósofo brasileiro. É Patrono da Educação Brasileira.
É de se destacar que é considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial, tendo mesmo influenciado o movimento chamado Pedagogia Crítica.
A Pedagogia crítica é uma filosofia educacional descrita por Henry Giroux, estudioso americano e crítico cultural, como sendo:
"movimento educacional, guiado por paixão e princípio, para ajudar estudantes a desenvolverem consciência de liberdade, reconhecer tendências autoritárias, e conectar o conhecimento ao poder e à habilidade de tomar atitudes construtivas”.
A Pedagogia Crítica inclui relações entre ensinar e aprender. Seus defensores afirmam que é um processo contínuo do que eles chamam de "desaprender, aprender, reaprender, refletir, avaliar", e do impacto que essas ações têm sobre os próprios alunos.
A sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista e alienante: o educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído.
O pedagogista – um profissional versado em Pedagogia da Educação, com o objetivo de auxiliar o exercício dos educadores, os professores ou não, e dos alunos. Desenvolve atividades ligadas ao estudo da pedagogia em si – crítico Ira Shor, professor na Universidade da Cidade de Nova York, cujos livros incluem ensino crítico e Vida Cotidiana, define pedagogia crítica como:
"Hábitos de pensamento, leitura, escrita e fala que vão além do significado superficial, primeiras impressões, mitos dominantes, pronunciamentos oficiais, clichês tradicionais, sabedoria recebida e meras opiniões, para entender o significado profundo, causas radicais, contexto social, ideologia e consequências pessoais de qualquer ação, evento, objeto, processo, organizações, experiência, texto, assunto subjetivo, política, mídia de massa ou discurso." 
Lembro-me que por volta de 1993, durante entrevista, o maior educador brasileiro falava sobre a importância da esperança para as transformações e contava o que faria se estivesse em sala de aula:
"Nós podemos reinventar o mundo"
Conhecido e respeitado em todo o mundo, Paulo Freire escreveu mais de 30 livros, entre eles Pedagogia da Oprimido, de 1968, um marco na pedagogia brasileira e que influenciou educadores em todas as partes do mundo. Ainda, Educação na Cidade (Cortez), Professora Sim, Ta Não - Cartas a Quem Ousa Ensinar (Olho D'Água) e Política e Educação (Cortez), além de Pedagogia da Esperança.
Em razão de sua pedagogia libertadora e sua militância política, Paulo Freire foi exilado após o golpe militar de 1964. Retornou ao Brasil em 1980, após a anistia. No exílio, desenvolveu projetos em vários países da América Latina, Europa e África, lecionou na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. A maior parte do tempo trabalhou para o Conselho Mundial de Igrejas, com sede em Genebra, na Suíça.
Nove anos depois do retorno, 1989, assumiu a Secretaria Municipal da Educação de São Paulo, durante administração da prefeita Luíza Erundina, cargo que ocupou por dois anos e meio.
Quando escreveu em um de seus livros que: "eu sou esperançoso, por imperativo existencial", quis dizer que era isso também e ainda que:
“Eu sou esperançoso porque não posso deixar de ser esperançoso como ser humano. Esse ser que é finito e que se sabe finito, e porque é inacabado sabendo que é inacabado, necessariamente é um ser que procura. Não importa que a maioria esteja sem procurar. Estar sem procurar é o resultado, é o imobilismo imposto pelas circunstâncias em que não pudemos procurar. Mas não é a natureza do ser. É por isso que quando as grandes massas sofridas estão, como eu chamo em Pedagogia do Oprimido, mais imersas do que emersas na realidade social, política e econômica, estão sendo proibidas de ser. Por isso é que elas ficam apáticas. A esperança não floresce na apatia. Cabe ao pedagogo, ao filósofo, ao político, aos que estão compreendendo a razão de ser da apatia das massas - e às vezes da apatia de si mesmos - a briga pela esperança. Eu não posso desistir da esperança porque eu sei, primeiro, que ela é ontológica. Eu sei que não posso continuar sendo humano se eu faço desaparecer de mim a esperança e a briga por ela. A esperança não é uma doação. Ela faz parte de mim como o ar que respiro. Se não houver ar, eu morro. Se não houver esperança, não tem por que continuar o histórico. A esperança é a história, entende? No momento em que você definitivamente perde a esperança, você cai no imobilismo. E aí você é tão jabuticabeira quanto a jabuticabeira”.
Sabemos que somos finitos, inacabados, incompletos, imperfeitos... A jabuticabeira não sabe. Ela tem outro tipo de saber.
 
 
 

 

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