Parabéns!
Isabela, neta querida, pelo tempo de vida que nos proporciona, embelezando nossas existências. Hoje, 24 de Maio, 144° dia do ano no calendário gregoriano (145° se bissexto), Dia da Infantaria e Dia Nacional do querido CAFÉ, comemoras 9 anos, permitindo-nos compreender um pouco mais e melhor as razões de nossa existência, assim como "a significação da arte que resulta dos fundamentos estéticos abertos à recepção".
No pressuposto de que a recepção
segue o caráter ativo do processo que gerou a obra, esta lembrança agora
revigorada, vez que na oportunidade a Isabela reunia tão somente 3 anos e
amanhã, 24 de Maio completará 9 anos, a presente minha fala neste artigo tem
como objetivo considerar alguns vetores estéticos que incorporam em seus
fundamentos a proposta de abertura para a recepção da criação dela naquele
tempo.
Primeiramente considero, analisar
o porquê de as noções de arte como fazer, de arte como conhecimento e de arte
como expressão, quando manifestas de forma espontânea e natural em si mesmas,
não bastando para explicar toda sua interior beleza.
Em segundo lugar, considero os
conceitos de arte como jogo, de arte como tradução criativa, de arte como
formatividade e de arte como comunicação e linguagem, considerados como
contributos teóricos para a compreensão da dinâmica que rege o ciclo recíproco
entre o polo da produção, o da recepção e sua tenra idade.
"Uma forma é uma obra realizada, ponto de chegada de uma produção e ponto de partida de uma consumação que - articulando-se - volta a dar vida, sempre e de novo, à forma inicial, sob perspectivas diversas". Assim referiu UMBERTO ECO!
Historicamente, a arte entendida
"como fazer" remonta à Antiguidade. As obras de arte eram
consideradas artefatos fabricados com um propósito. A essa época, a obra era
apreciada em razão da eficiência técnica nela demonstrada, também pela
apreciação moral ou social dos seus efeitos, já que era considerada como um
artefato que atendia a um determinado interesse.
Nesta, não me cansarei de falar o
que a presente arte nos faz conhecer, está vinculado a sua forma sensível. A
arte não se impõe por uma função reveladora e cognoscitiva, pelo contrário, o conhecer
a ela inerente está implícito no seu próprio modo de formar e informar. Como
acrescenta Pareyson:
"A arte ignora qualquer outro fazer que não seja aquele implícito no próprio conhecer".
![]() |
Em razão do princípio metafísico material, Isabela aos 7, 8 e 9 anos... |
Para alguns, a identificação do mundo como algo dado (o físico) dá-se sob o esquema causal; a identificação do mundo como sentido e significação se desenvolve sob o esquema semântico e comunicativo; já a identificação do mundo como algo feito tem lugar sob o esquema criativo. Estes estados se distinguem por uma determinação. O físico está fortemente determinado, o semântico o está convencionalmente, já o estado estético o está débil e singularmente (é aqui que se insere a arte).
A identificação dos estados
estéticos por parte do espectador de uma obra é regida pelo conhecimento que se
tem dos códigos utilizados, pois são eles que tornam apta a comunicação. Na
experiência estética, "o código não mais é apreendido como código mas, em
contacto com a obra, como exigência e como estrutura da obra", e, desse
jeito, o espectador não correlaciona o que percebe ao que sabe, nem mede a
diferença entre um e outro, pois ele só percebe a própria obra e a sua
necessidade.
Neste processo, vai-se pouco a
pouco percebendo as imagens que exprimem as coisas e, assim:
"... a 'perfeição' do conhecer é a 'contemplação' em que imagem e coisa se identificam em uma única forma".
Nesta perspectiva, a arte tende à baixa codificação e à singularidade; nela, o princípio de organização que domina as regras está revestido de uma grande fluidez e pureza. Portanto, Isabela está sempre a inventar a sua própria sintaxe e como força de nascedoura artista está sempre a transgredir criativamente tais regras. E para que tal obra tome lugar, a recém artista comunica um sentido, que só é compreendido na medida em que esta compreensão pertence à própria percepção: "o colorido e a graça da vida"!
Roberto Costa Ferreira,
24Maio2020,
um dia antes de completarem-se
nove
anos de vida da jovem
artista, minha neta!
![]() |
Isabela, aos sete anos de vida. |
![]() |
Isabela, aos oito anos de vida alegre e colorida. |
![]() |
A arte diz tudo! |
![]() |
Publicação original - Facebook, 23Mai2014. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A desinformação é o ato de silenciar ou manipular a verdade, habitualmente nos meios de comunicação de massa. O meu dever de publicar o que penso e escrevo e incontornável, absolutamente imprescindível!
Então, você pode, durante tomar um café, aprofundar-se numa agradável e suficiente leitura e até, ao mesmo tempo, ouvir uma boa música. Encontrar tudo isso através deste meu blog - #GRAUᴼ - é algo muito suficiente... E necessário!
As relações entre Educação, cultura e conhecimento são sempre polissêmicas e provocativas. Neste acesso, trago para sua leitura diversas experiências, perspectivas, reflexões... Encontros que se fazem em diferentes ãmbitos: literatura, música, dança, teatro, artes visuais, educação física, mídia, etc.
E considere: é entre a manifestação da literatura, as artes visuais, a música, a dança e o teatro que a educação e o conhecimento acontecem fora do curricular, do convencional!