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terça-feira, 13 de outubro de 2020

MARIA ESTER BUENO - Tenista - 81 Anos em 2020

 


Maria Ester Bueno ...

No último domingo – 11 de Outubro – se viva, estaria aniversariando! Conheci-a, ainda na minha juventude, treinando no então famoso Clube de Regatas Tietê e que, por influência dos pais jogando socialmente, usando à época raquetinha de madeira, que igualmente me servi décadas após, só as fatalidades ocorridas para lhe reduzir possibilidades outras.

Nascida e criada no Bairro da Ponte Pequena (Estação Armênia do Metrô) em São Paulo, em 11 de outubro de 1939 e tendo seu falecimento ocorrido nesta mesma cidade em 8 de junho de 2018, atualmente estaria somando 81 anos. Venceu dezenove torneios do Grand Slam (7 na categoria simples; 11 em duplas femininas; 1 em duplas mistas), para Federação Internacional de Tênis, foi a nº 1 do mundo em 1959, na categoria individual feminina. O International Tennis Hall of Fame também a incluiu como a melhor tenista do mundo, em 1964 e 1966. Conhecida pela sua elegância no estilo de jogo e pela potência do serviço.

Seu nome consta do Livro dos Recordes: na final do US Open de 1964, venceu a americana Carole Caldwell Graebner, em apenas 19 minutos. Iniciou sua carreira no tênis em 1950, no clube acima referido, e em pouco mais de 20 anos colecionou 589 títulos internacionais com destaque para os torneios individuais de Forest Hills em 1959, 1963, 1964 e 1966, e os de duplas de 1960, 1962 e 1968, Wimbledon, na Inglaterra, em 1959, 1960 e 1964,e os de duplas em 1958, 1960, 1963, 1965 e 1966, o Aberto da Itália em 1958, 1961 e 1965, em 1960, jogando em dupla.

Em 1963, nos Jogos Pan Americanos de São Paulo, esperava conquistar “3 ouros”, mas, tendo sido mordida por um cachorro que ganhou de uma amiga, teve um de seus dedos da mão direita rasgados, mas mesmo assim ganhou Ouro no individual e Prata nas duplas (feminina e mista). Logo, por causa de uma contusão no braço direito encerrou sua carreira em 1967 e só voltou a jogar no final da década de 1970, mas sem destaques em vista das diversas cirurgias que foi submetida.

Em novembro de 1978 foi, digna e merecidamente, homenageada com a inclusão de seu nome no exclusivíssimo International Tennis Hall of Fame, numa cerimônia realizada no Hotel Waldorf-Astoria, de Nova York e ganhou sua estátua de cera no famoso museu londrino Madame Tussauds. No Aberto dos Estados Unidos de 2006 (que havia vencido por 4 vezes), foi homenageada junto com Billie Jean King, Billie Jean Moffitt, sobrenome usado quando solteira.

Esta ex-tenista norte-americana, que aprendeu a jogar tênis nas quadras públicas da Califórnia, considerada uma das melhores tenistas e atletas femininas de todos os tempos, que também resultou consagrada nos anos 70, posterior à Ester, terminou sua carreira com 129 títulos de simples, sendo 12 de Grand Slams em simples.

Foi um privilégio, agora doce e agradável recordação, resultado da oportunidade de conhecê-la e vê-la treinar e jogar naquele clube e depois, com muita simplicidade, caminhar atravessando a Avenida Santos Dumont indo para sua casa do outro lado da avenida. Que tempo!

Roberto Costa Ferreira, 12 de Outubro de 2020 – Guarujá/SP.










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