Maria Ester Bueno ...
No último domingo – 11 de Outubro
– se viva, estaria aniversariando! Conheci-a, ainda na minha juventude,
treinando no então famoso Clube de Regatas Tietê e que, por influência dos pais
jogando socialmente, usando à época raquetinha de madeira, que igualmente me
servi décadas após, só as fatalidades ocorridas para lhe reduzir possibilidades
outras.
Nascida e criada no Bairro da
Ponte Pequena (Estação Armênia do Metrô) em São Paulo, em 11 de outubro de 1939
e tendo seu falecimento ocorrido nesta mesma cidade em 8 de junho de 2018,
atualmente estaria somando 81 anos. Venceu dezenove torneios do Grand
Slam (7 na categoria simples; 11 em duplas femininas; 1 em duplas mistas), para
Federação Internacional de Tênis, foi a nº 1 do mundo em 1959, na categoria
individual feminina. O International Tennis Hall of Fame também a
incluiu como a melhor tenista do mundo, em 1964 e 1966. Conhecida pela sua
elegância no estilo de jogo e pela potência do serviço.
Seu nome consta do Livro dos
Recordes: na final do US Open de 1964, venceu a americana Carole
Caldwell Graebner, em apenas 19 minutos. Iniciou sua carreira no tênis em
1950, no clube acima referido, e em pouco mais de 20 anos colecionou 589
títulos internacionais com destaque para os torneios individuais de Forest
Hills em 1959, 1963, 1964 e 1966, e os de duplas de 1960, 1962 e 1968,
Wimbledon, na Inglaterra, em 1959, 1960 e 1964,e os de duplas em 1958, 1960,
1963, 1965 e 1966, o Aberto da Itália em 1958, 1961 e 1965, em 1960, jogando
em dupla.
Em 1963, nos Jogos Pan Americanos
de São Paulo, esperava conquistar “3 ouros”, mas, tendo sido mordida por um
cachorro que ganhou de uma amiga, teve um de seus dedos da mão direita
rasgados, mas mesmo assim ganhou Ouro no individual e Prata nas duplas
(feminina e mista). Logo, por causa de uma contusão no braço direito encerrou
sua carreira em 1967 e só voltou a jogar no final da década de 1970, mas sem
destaques em vista das diversas cirurgias que foi submetida.
Em novembro de 1978 foi, digna
e merecidamente, homenageada com a inclusão de seu nome no exclusivíssimo
International Tennis Hall of Fame, numa cerimônia realizada no Hotel
Waldorf-Astoria, de Nova York e ganhou sua estátua de cera no famoso
museu londrino Madame Tussauds. No Aberto dos Estados Unidos de 2006 (que
havia vencido por 4 vezes), foi homenageada junto com Billie Jean King,
Billie Jean Moffitt, sobrenome usado quando solteira.
Esta ex-tenista norte-americana,
que aprendeu a jogar tênis nas quadras públicas da Califórnia,
considerada uma das melhores tenistas e atletas femininas de todos os tempos,
que também resultou consagrada nos anos 70, posterior à Ester, terminou
sua carreira com 129 títulos de simples, sendo 12 de Grand Slams em simples.
Foi um privilégio, agora doce e
agradável recordação, resultado da oportunidade de conhecê-la e vê-la treinar e
jogar naquele clube e depois, com muita simplicidade, caminhar atravessando a Avenida
Santos Dumont indo para sua casa do outro lado da avenida. Que tempo!
Roberto Costa Ferreira,
12 de Outubro de 2020 – Guarujá/SP.
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