Dominando as Feras - E a neta Isabela no braço do vô! (2012)
Isso mesmo... Dominando as feras!
Num determinado dia de 2012,
momento que minha neta Isabela somava 17 meses de vida, reunimo-nos para
visitar e interagir com animais. O palco era único na Cidade de São Paulo. Os
animais vivos, bem de perto, podiam até receber alimentos e, ainda sob
protestos, país mais apaixonados por seus carros não apreciavam essa tal
proximidade. Que bobagem!
Neste endereço carimbado e nas
férias, o saudoso SIMBA SAFARI proporcionava atrativos inusitados... Os
automóveis recebiam gradinhas nas suas janelas da frente, o que permitia
explorar aquele espaço onde animais soltos interagiam com os passageiros.
Os macaquinhos eram o horror de
alguns “preciosos pais”, temendo que seus veículos resultassem
afetados com riscos na pintura. Pobres coitados! Muitos não percebiam “o
brilho solar riscado, afetado, nos olhos de seus filhos”.
Essa ausência, distância do
afeto, designa um estado da alma, um sentimento se sobrepondo ao outro. Spinoza
nos diz que “um afeto é uma mudança ou modificação que ocorre
simultaneamente no corpo e na mente, onde a maneira como somos afetados pode
diminuir ou aumentar a nossa vontade de agir”.
Desse modo, alguns se afetem por
tal anomalia deixando prevalecer o interesse material pelo brilho no olhar da
criança presente, sendo certo que tal avaliação imanente pode ser encontrada
também na “anomalia de Bento de Espinosa, onde os afetos
constituem-se na única forma de avaliação!
Enfim, o tempo passou e o SIMBA
Safari encerrou-se nas suas originais atividades em 2001 e uma nova e outra
atração foi inaugurada e aberta, no mesmo local, em área de 80 mil m2 e percurso
de cerca de 4km, permitindo que até que quem está sem carro pudesse
frequenta-lo: o ZOO SAFÁRI.
Eu, de modo contrário, preferi
agasalhar nos braços ainda fortes, mente e coração em sintonia, a minha querida
netinha, demonstrando que “podemos dominar aquele instinto animal,
oportunidade que ‘animais de estimação’ e alguns outros, conseguem adivinhar
que seus donos estão chegando, se fazendo presentes”. Ainda que, nestes
momentos raros, nos conectemos a uma forma de ‘consciência primitiva’
onde o processo civilizatório calou-se há muito tempo.
Trazendo um outro personagem, o
biólogo inglês Rupert Sheldrake, que disse: “... a forma mais fácil
de comprovar a existência dessa outra inteligência é observar os animais, que
dominam e utilizam cotidianamente esse sexto sentido”.
E temos então alguns, grande
parte dos cientistas, que entendem que suas ideias - Sheldrake - não
passam de esoterismo, a exemplo daqueles país que “só se preocupam com o
brilho e limpeza da pintura de seus veículos”. Como são pobres de espírito,
ainda que bem aventurados!
Portanto, tenho certeza de que
plantei a semente certa nesta valiosa neta... As feras podem ser domadas.
Roberto Costa Ferreira, 20Out2020.
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