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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

SIMBA SAFÁRI... Dominando as Feras!

      Dominando as Feras - E a neta Isabela no braço do vô! (2012)

Isso mesmo... Dominando as feras!

Num determinado dia de 2012, momento que minha neta Isabela somava 17 meses de vida, reunimo-nos para visitar e interagir com animais. O palco era único na Cidade de São Paulo. Os animais vivos, bem de perto, podiam até receber alimentos e, ainda sob protestos, país mais apaixonados por seus carros não apreciavam essa tal proximidade. Que bobagem!

Neste endereço carimbado e nas férias, o saudoso SIMBA SAFARI proporcionava atrativos inusitados... Os automóveis recebiam gradinhas nas suas janelas da frente, o que permitia explorar aquele espaço onde animais soltos interagiam com os passageiros.

Os macaquinhos eram o horror de alguns “preciosos pais”, temendo que seus veículos resultassem afetados com riscos na pintura. Pobres coitados! Muitos não percebiam “o brilho solar riscado, afetado, nos olhos de seus filhos”.

Essa ausência, distância do afeto, designa um estado da alma, um sentimento se sobrepondo ao outro. Spinoza nos diz que “um afeto é uma mudança ou modificação que ocorre simultaneamente no corpo e na mente, onde a maneira como somos afetados pode diminuir ou aumentar a nossa vontade de agir”.

Desse modo, alguns se afetem por tal anomalia deixando prevalecer o interesse material pelo brilho no olhar da criança presente, sendo certo que tal avaliação imanente pode ser encontrada também na “anomalia de Bento de Espinosa, onde os afetos constituem-se na única forma de avaliação!

Enfim, o tempo passou e o SIMBA Safari encerrou-se nas suas originais atividades em 2001 e uma nova e outra atração foi inaugurada e aberta, no mesmo local, em área de 80 mil m2 e percurso de cerca de 4km, permitindo que até que quem está sem carro pudesse frequenta-lo: o ZOO SAFÁRI.

Eu, de modo contrário, preferi agasalhar nos braços ainda fortes, mente e coração em sintonia, a minha querida netinha, demonstrando que “podemos dominar aquele instinto animal, oportunidade que ‘animais de estimação’ e alguns outros, conseguem adivinhar que seus donos estão chegando, se fazendo presentes”. Ainda que, nestes momentos raros, nos conectemos a uma forma de ‘consciência primitiva’ onde o processo civilizatório calou-se há muito tempo.

Trazendo um outro personagem, o biólogo inglês Rupert Sheldrake, que disse: “... a forma mais fácil de comprovar a existência dessa outra inteligência é observar os animais, que dominam e utilizam cotidianamente esse sexto sentido”.

E temos então alguns, grande parte dos cientistas, que entendem que suas ideias - Sheldrake - não passam de esoterismo, a exemplo daqueles país que “só se preocupam com o brilho e limpeza da pintura de seus veículos”. Como são pobres de espírito, ainda que bem aventurados!

Portanto, tenho certeza de que plantei a semente certa nesta valiosa neta... As feras podem ser domadas.

      Roberto Costa Ferreira, 20Out2020. 


 

 

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