O grito imortalizado do Pequeno
Jornaleiro voltou a ecoar no ar que hoje respiro e lembrei-me dos anos 50/60,
naquela época onde o menino jornaleiro vendia uns jornais para poder comer, ou
dar uma ajudazinha aos pais. Gritava, com boa quantidade de jornais sob os
braços anunciando: Extra, extra... Olha o jornal, olha o jornaleiro, com as
últimas!
Hoje, minha amiga Sonia Felipone
cutucou-me como a uma psicanalista, fazendo ressurgir das minhas memórias
prensadas este mesmo personagem, agora vestido de outra roupagem e permitindo
que a "noticia Extra" surgisse partindo de sua redação, numa
plataforma de WhatsApp de um grupo ligado ao Meio Ambiente - 2030 - CADES
Santo Amaro, dizendo da última e derradeira edição da Revista em Sintonia,
assim:
"Gente,
infelizmente essa é uma edição de despedida do Em Sintonia "
Confesso que diante de minha
dimensão existencial, já somando 70 anos, balancei como poucos balanços suportados
em vida... Demorei para entender aquele texto... Triste pela sensação de perda,
tive essa angustia logo ao início da leitura e não soube direito o motivo,
depois entendi que perdi, perdemos o que chamamos de habitualidade, quer no
convívio com aquele magnífico e cuidadoso conteúdo entregue através da Revista
em Sintonia, quer com os objetos da comunicação de seus colunistas!
Bem... Eu acho que sou uma
mistura de alegrias e tristezas, acredito que o que faz a nossa essência, é o
conjunto de tudo que vivemos, todas as emoções vividas até então. E sou uma
grande parte dos sonhos que realizei, outros não, como o que ora confesso,
momento que sempre desejei ter uma coluna posta nesta revista de desfecho
impactante, restando “um tantão de otimismo” com alegria pela reservada amizade
de Deborah Copic.
Assim, em integra, reproduzo o
texto então postado:
"Sonia Felipone,
cotizo-me nesta triste e sofrida mensagem que traz da memória momentos e
eventos marcantes materializados, primeiro pelos acontecimentos selecionados,
pelas capacidades dos envolvidos na materialização das ocorrências e fatos,
transitando pelo olhar acurado de Deborah Copic que palpita por sobre as
seleções e as publica, noticia e forma opiniões, sempre sensível e fiel aos
primórdios de sua juventude, oportunidade de estada e frequência na Faculdade
de Comunicação Social Casper Libero. Exímia e muito competente profissional
mulher, contagiante sempre, de olhar vivo, estimulante e esperançoso.
Significativa personagem de Santo Amaro que, a meu exemplo e da noticianda
Sonia, estamos em sofrimento!
De sorte que, em minha
experiência de vida conheci, vivi a oportunidade do contato, pude "correr
atrás da publicação quando faltava na minha coleção, não sendo entregue no
Condomínio onde habitava". Que ia correndo até a Esmalteria resgatar o
número "gentilmente reservado". Que pude "homenageá-la
merecidamente", estando no CADES Sto. Amaro e tendo organizado a Edição
Anual do Fórum Regional Ambiental, o primeiro em praça pública em Santo
Amaro, oportunidade que seu filho e esposo magnificamente a representaram
devido sua ausência para cuidar de sua mãe!
Que personagem esta, tal Deborah
Copic que, à imagem real de sua “Revista em Sintonia" insere
nos nossos corações, na alma, nas memórias, agora, este sentimento doce e
sofrido de saudades! Não há tristeza, pois que, entendo como a "um tempo
de suas realizações", foi muito competente, honesta e fiel a seus
propósitos cuidando desta geração "como a uma filha querida", agora
inspiradora para novas gerações. Cumpriu com o "seu querer" mas, como
"a grande mãe" que cedeu às circunstâncias e promoveu sua geração
para as benesses do coletivo, como a quem oferece e deixa algo de seu amor, e
voluntariamente ao próximo, a alguém, como à semente depositada na terra sem
esperar nada em troca. Que qualidade de produção, que Revista em Sintonia,
que conteúdos... Que mulher!”
Por oportuno, rendo minhas
possíveis, devidas e muito dignas homenagens à tal criatura mulher, bem às
vésperas do "Dia Internacional da Mulher", que viveremos
brevemente. Está, portanto, segundo os registros da Revista, igual e
merecidamente registrado e muito guardado em meu coração!”
Roberto Costa Ferreira, 27Fev2021.
https://issuu.com/emsintoniaunindoelos/docs/sintonia_fevereiro_2021
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