Philip Anthony Hopkins,
nascido em 31 de Dezembro de 1937, (83 anos), ator galês, produtor e
compositor, bateu o recorde de idade como vencedor da categoria de melhor ator
do Oscar por “Meu pai - The Father”!
Aparentemente, nem o próprio
acreditava em sua vitória no Oscar 2021. O agente do ator revelou que ele
estava dormindo quando seu Oscar foi anunciado na premiação. Ele que narrou em
várias ocasiões a sua luta contra o alcoolismo, a depressão e os ataques de
ira. E o remorso por ter abandonado uma filha recém-nascida. Ainda disse de
seu ódio a Shakespeare e a tudo que é britânico. Que tentou apaziguar seu
caráter mediante a sobriedade, mas seus demônios continuavam por trás dele.
Ainda que, por vezes, chegou a entrar no seu carro e dirigir durante semanas;
outras vezes a passar dias sem dirigir a palavra a ninguém.
Mais que em 1981, quando já
tinha ganhado dois Emmys seu pai morreu. E que nas últimas horas dele,
Anthony aproveitou para lhe dizer que o amava (era a primeira vez que dizia
isso a alguém na vida), mas só se atreveu a beijá-lo depois de morto.
E que sobre suas primeiras lembranças em Port Talbot, a localidade
siderúrgica do sul de Gales onde cresceu, os professores, colegas e mesmo seus
pais lhe “repetiam que era tonto demais para qualquer trabalho”. E que
nunca teve nenhum amigo e passava as tardes desenhando ou tocando piano.
Ainda, por vezes, não ia nem à
própria festa de aniversário, declarou:
“Eu me
sentia o mais idiota da classe, talvez tivesse problemas de aprendizagem, mas o
fato é que eu não conseguia entender nada. Minha infância foi inútil e
inteiramente confusa. Todo mundo me ridicularizava”.
E que, portanto, em determinado
momento entendeu que precisava sair de lá - onde nascera, Inglaterra - e
deixar de ser quem era. Ser rico e famoso! “Só então comecei a sonhar em morar
nos Estados Unidos”, referiu.
Em 1968, deixou a primeira
mulher, com quem tinha um bebê de quatro meses, porque percebeu que era “egoísta
demais” para criar uma família. Profissionalmente, sofria ataques de ira
durante as filmagens, chegava a sair no braço com os diretores, ou sumia sem
dar explicações. Anos depois, ele mesmo admitiria que, como não queria
beber durante a jornada de trabalho, sua agressividade aflorava porque sempre
estava de ressaca.
Em dezembro de 1975, lembrou, confessando à The New Yorker no curso do mês passado que:
“... amanheceu num motel de Phoenix sem ter a menor ideia de como tinha chegado lá. Nunca mais voltou a beber. Admiti que tinha medo, o que me deu uma liberdade maravilhosa. Eu me sentia inseguro, paranoico, aterrorizado. Temia não servir para nada, e que não me encaixava em nenhum lugar”.
Esteve ausente numa premiação que
envolve, antes de tudo, o desempenho, a competência e performance
profissional... E que sua ausência na premiação envolveu algumas ponderações. O
que ocorreu e aconteceu é que o ator teve seu pedido negado para estar presente
na premiação virtual, já que a organização preferiu realizar o evento de
maneira presencial, com normas adequadas e o astro, de 83 anos, preferiu
não viajar por conta da pandemia do coronavírus. E mais que, essa regra
também se aplicou a Anthony Hopkins, o vencedor do Oscar mais velho de todos
os tempos, tido em repouso, estava dormindo em sua casa no País de Gales
na oportunidade. Isso porque, segundo seus representantes, ele não
demonstrou desejo de viajar para centros que estariam próximos como em Dublin
ou Londres.
Seus agentes ainda afirmaram
que imploraram para que ele tivesse permissão para usar o zoom, sem sucesso.
Não se rende e não é afeito à tais conveniências e oportunidades. Hoje, tem
consciência do que faz, vez que, consagrado um grande e significativo ator,
inclusive nas superações constantes e pessoais!
Roberto Costa Ferreira,
27 de Abril de 2021.
Professor, Psicanalista, Pesquisador e
Membro CEP Unifesp – Universidade
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Exceto imagem, publicação por mim realizada em 27 de Abril de 2021, 21:54h., no Facebook, minha página. |
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