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sexta-feira, 30 de abril de 2021

Anthony Hopkins, o vencedor do Oscar mais velho de todos os tempos!

 


Philip Anthony Hopkins, nascido em 31 de Dezembro de 1937, (83 anos), ator galês, produtor e compositor, bateu o recorde de idade como vencedor da categoria de melhor ator do Oscar por “Meu pai - The Father”!

Aparentemente, nem o próprio acreditava em sua vitória no Oscar 2021. O agente do ator revelou que ele estava dormindo quando seu Oscar foi anunciado na premiação. Ele que narrou em várias ocasiões a sua luta contra o alcoolismo, a depressão e os ataques de ira. E o remorso por ter abandonado uma filha recém-nascida. Ainda disse de seu ódio a Shakespeare e a tudo que é britânico. Que tentou apaziguar seu caráter mediante a sobriedade, mas seus demônios continuavam por trás dele. Ainda que, por vezes, chegou a entrar no seu carro e dirigir durante semanas; outras vezes a passar dias sem dirigir a palavra a ninguém.

Mais que em 1981, quando já tinha ganhado dois Emmys seu pai morreu. E que nas últimas horas dele, Anthony aproveitou para lhe dizer que o amava (era a primeira vez que dizia isso a alguém na vida), mas só se atreveu a beijá-lo depois de morto. E que sobre suas primeiras lembranças em Port Talbot, a localidade siderúrgica do sul de Gales onde cresceu, os professores, colegas e mesmo seus pais lhe “repetiam que era tonto demais para qualquer trabalho”. E que nunca teve nenhum amigo e passava as tardes desenhando ou tocando piano.

Ainda, por vezes, não ia nem à própria festa de aniversário, declarou:

“Eu me sentia o mais idiota da classe, talvez tivesse problemas de aprendizagem, mas o fato é que eu não conseguia entender nada. Minha infância foi inútil e inteiramente confusa. Todo mundo me ridicularizava”.

E que, portanto, em determinado momento entendeu que precisava sair de lá - onde nascera, Inglaterra - e deixar de ser quem era. Ser rico e famoso! “Só então comecei a sonhar em morar nos Estados Unidos”, referiu.

Em 1968, deixou a primeira mulher, com quem tinha um bebê de quatro meses, porque percebeu que era “egoísta demais” para criar uma família. Profissionalmente, sofria ataques de ira durante as filmagens, chegava a sair no braço com os diretores, ou sumia sem dar explicações. Anos depois, ele mesmo admitiria que, como não queria beber durante a jornada de trabalho, sua agressividade aflorava porque sempre estava de ressaca.

Em dezembro de 1975, lembrou, confessando à The New Yorker no curso do mês passado que:

“... amanheceu num motel de Phoenix sem ter a menor ideia de como tinha chegado lá. Nunca mais voltou a beber. Admiti que tinha medo, o que me deu uma liberdade maravilhosa. Eu me sentia inseguro, paranoico, aterrorizado. Temia não servir para nada, e que não me encaixava em nenhum lugar”.

Esteve ausente numa premiação que envolve, antes de tudo, o desempenho, a competência e performance profissional... E que sua ausência na premiação envolveu algumas ponderações. O que ocorreu e aconteceu é que o ator teve seu pedido negado para estar presente na premiação virtual, já que a organização preferiu realizar o evento de maneira presencial, com normas adequadas e o astro, de 83 anos, preferiu não viajar por conta da pandemia do coronavírus. E mais que, essa regra também se aplicou a Anthony Hopkins, o vencedor do Oscar mais velho de todos os tempos, tido em repouso, estava dormindo em sua casa no País de Gales na oportunidade. Isso porque, segundo seus representantes, ele não demonstrou desejo de viajar para centros que estariam próximos como em Dublin ou Londres.

Seus agentes ainda afirmaram que imploraram para que ele tivesse permissão para usar o zoom, sem sucesso. Não se rende e não é afeito à tais conveniências e oportunidades. Hoje, tem consciência do que faz, vez que, consagrado um grande e significativo ator, inclusive nas superações constantes e pessoais!

Roberto Costa Ferreira, 27 de Abril de 2021.

Professor,  Psicanalista,  Pesquisador e

Membro CEP Unifesp – Universidade

Federal de São Paulo 


Exceto imagem, publicação por mim
realizada em 27 de Abril de 2021,
21:54h., no Facebook, minha página.

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