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sábado, 20 de dezembro de 2014

EDITH PIAF – Um Rouxinol – Marcel Cerdan e as Cartas – O aniversário em 19 de Dezembro

A despeito das dúvidas, se 15 ou 19 de Dezembro, nasceu no dia 19 de Dezembro de 1915, um rouxinol que faria 98 anos se não houvesse falecida em 11 de Outubro de 1963. Sua vida foi sempre uma grande batalha. Nascida Édith Giovanna Gassion ou, segundo diz-se Marion Cottilard, também conhecida como La Môme Piaf (A Pequena Parda) em Belleville, Paris.  

Diz a lenda que ela nasceu na calçada da Rue de Belleville 72, mas sua certidão de nascimento cita o Hospital Tenon, tendo sido nomeada Édith após a Primeira Guerra Mundial pela enfermeira britânica Edith Cavell, que foi executada por ajudar soldados franceses a  escapar do cativeiro alemão. Piaf – um jargão oriundo do coloquialismo para “pardal" - foi um apelido que recebeu 20 anos mais tarde.

Sua mãe, Annetta Giovanna Maillard (1895-1945), era de ascendência francesa ao lado de seu pai e de italiano e berbere, origem em sua mãe.  Ela era natural de Livorno, cidade portuária na margem ocidental da Toscana, na Itália. Como cantora de café, abandonou-a no nascimento, sendo certo que Piaf ficou cega aos três anos, como resultado de meningite, mas recuperou a visão, quatro anos depois, próximo dos sete anos, milagrosamente.

Seu pai, Louis-Alphonse Gassion (1881-1944), um artista de rua acrobata de circo da Normandia com um passado no teatro, levando-a a longos passeios, encorajou-a a cantar.  Ela cantou durante anos nas ruas de Paris até ser descoberta por um dono de cabaré, que lhe deu seu primeiro emprego, em cuja discoteca e sugeriu que ela mudasse seu nome para Piaf.

Piaf, cuja história de vida é muito maior e mais significativa do que qualquer filme possa representar, tornou-se considerada diva nacional, bem como sendo um dos maiores astros internacionais da França. A vida sofrida foi coroada com o sucesso. Fama, dinheiro, amizades, mas também a constante vigilância da opinião publica resultaram implacáveis.

Seu canto reflete sua vida, assim com o seu especial ser através de canções e baladas, cantando perdas e tristezas, especialmente de amor, como em, "Hymne à l’amour" (1949). Entre suas canções temos ainda "La Vie em Rose” (1946), "Non, je ne regrette rien" (1960,"Milord"(1959),"La Foule"(1957 ), "l'accordeoniste" (1955), e "Padam Padam" 1951).

Inúmeras canções de Piaf são usadas ​​em filmes e outras mídias.  Filmes como O Resgate do Soldado Ryan, Inception, Bull Durham, La Haine, The Dreamers e do filme de animação, Madagascar 3, todos têm canções de Piaf. Love Me Se você ousa presta homenagem a sua canção La Vie En Rose, incluindo várias versões de a música em sua trilha sonora.

Na visão personalista, ser completo como pessoa é levar a sério suas necessidades pessoais satisfeitas, ou pelo menos, percebidas e trabalhadas. Levando isso a sério, a filosofia personalista, destacando o valor da pessoa, coloca a questão pessoal sobre as demais questões, por entender que todas as questões importantes da existência estão contidas nas questões pessoais. Nada, jamais, deve diminuir o valor e a primazia de uma existência personalista.

O personalismo coloca a pessoa acima de quaisquer instituições ou coletividade, pois o ser humano com sua pessoalidade é único e peculiar, e essa peculiaridade impossibilita que todo o seu querer e as suas ânsias, estejam totalmente em harmonia ou satisfeitos com as vontades, aspirações ou conquistas.

Tendo esse pensamento como princípio ideológico, o sujeito que se percebe como pessoa, percebe a importância de sua pessoalidade e se desperta para ação vocacional, dando lugar a expectativas pessoalizadas. Piaf não era assim. Fluiu naturalmente, voou como a um pássaro! E sua voz gutural, expressiva, combinado com sua aparência frágil diante de um holofote, e suas mãos apertando dramaticamente um microfone próximo de seu rosto, fez seus shows memoráveis e encantou!

Propriedade do Museu dos Amigos de Edith Piaf de Paris, diversas cartas foram reunidas pelos amigos de Marcel Cerdan e de Edith Piaf. Depois da trágica morte do boxeador, que desapareceu num acidente do avião nos Açores em outubro de 1949, seu irmão Armand entregou a Edith as cartas que ela lhe enviou.

Tais cartas de amor trocadas por ambos, e Cerdan foi o grande amor de sua vida, foram publicadas em 2002 pela editora Cherche-Midi, uma vez escritas nos seis últimos meses de vida do boxeador.

"Nada pode substituir a palavras dos amantes que viveram às escondidas sua louca paixão. O romance entre Piaf e Cerdan não pode se resumir a uma história de amor qualquer: escritas várias vezes por dia, suas cartas ilustram, de fato, até que ponto seus corpos, palavras e destinos estavam ligados ao do outro", acrescenta a editora no prefácio.

"Eu te amo de forma irracional, anormalmente, loucamente, e nada posso fazer para evitá-lo. A culpa é sua, és maravilhoso. Abraça-me com o pensamento entre seus braços e pensa que nada importa no mundo além de mim e você", escreveu Edith Piaf a Cerdan no dia 20 de maio de 1949.

Hoje, no Cemitério Père-Lachaise (homenagem de François d’Aix de La Chaise, 1624-1709, confessor de Luís XIV) descansam personalidades históricas como Augusto Comte, Champollion, Chopin, Alan Kardec, Honoré de Balzac e Edith Piaf, junto ao muro dos Federados (Comuna de Paris).






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