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Maya, minha neta ... |
Adi
Shankaracharya, alma excelsa tal qual Shiva, nos dá um exemplo, pois que,
“o mundo é considerado MAYA no Sistema Advaita”. Logo, os objetivos cotidianos
sofrem mudanças e, portanto, não são reais. Minha Maya é real, embora Maya seja
irreal do ponto de vista de Shiva. Melhor orientando, Maya é real para alguém
que está dentro de Maya, parecendo ser muito real. Porém, do ponto de vista
mais alto, do ponto de vista Absoluto do Despertar, Maya é irreal! Maya não
existe... Diriam!
Explicando
isso, o Dr. S. Radhakrishnan diz: “Brahman e o mundo não são diferentes,
então a questão da relação entre os dois é admissível. Qual seja, o mundo tem
sua base em Brahman. Mas o Brahman é e não é idêntico ao mundo. É porque o
mundo não está separado de Brahman; não é porque Brahman não está sujeito às
mutações do mundo. Ou seja: a mente percebe o mundo como realidade, mas assim
que a realidade de Brahman é percebida, o mundo desaparece”.
Ainda,
Adi Shankaracharya disse em determinado tempo: “Brahman satya Jagat Mithya”. Comparativamente,
temos que “Brahman sozinho é irreal e Brahman sozinho existe. Todo o resto é
irreal, ilusão”. Desse modo, “o Mayar”, o parecer irreal, o marcar, formar,
construir, além do mérito da ilusão... Tudo que arremete àquilo dito feito à
irrealidade do Universo Manifesto. De um significado complexo, envolvente,
presente, talvez não possa ser irreal... Mas absoluto!
Quando
estou caminhando na escuridão, de repente vejo uma cobra e entro em pânico e
fico imóvel por causa do medo. Alguém indo para aquele lado, liga sua tocha e
mostra que é uma corda, não uma cobra. Maya é assim... Viva na minha
existência! Experimente você conhecê-la, se aproximar, ouvi-la, investigar,
mais que tudo parecerá “muito real” ... Muito mais! Assim como a cobra antes
referida, tal cobra é sobreposta à corda, este mundo, incluindo meu corpo,
minha vida, é sobreposta a Brahman/Consciência Pura.
Maya
me é real... Linda e bela, para ela que em mim habita... É um caso de
coexistência eternizando sentido temporal! E Maya me mostra uma lacuna em meu
saber...
“Todo indivíduo deve entender sua verdadeira natureza e ser, que não é a mudança e a mortalidade, mas sim a beatitude eterna. Para compreendermos o verdadeiro móvel de nossos atos e pensamentos devemos despertar para a unidade do ser." Nem que, para tal, se viaje muito além!
Roberto Costa Ferreira, psicanalista
– Pesquisador
UNIFESP – UNIVERSIDADE FEDERAL DDE SÃO PAULO
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